CARMO VASCONCELOS
Maria do Carmo Fernandes de Vasconcellos Figueiredo. Natural de Lisboa, Portugal.
Carmo Vasconcelos desde sempre cultivou a paixão pela leitura e pela escrita.
É autora de um livro de poemas intitulado "Geometrias Intemporais", publicado no
ano 2000. (Vega – Editora – Lisboa – Portugal). E-books:
Participante em vários Jogos Florais teve o privilégio de ganhar numerosos prêmios
e menções honrosas. É membro da Associação Portuguesa de Poetas (onde já
integrou os Corpos Directivos) e do Cenáculo Literário Marquesa de Valverde, nos
quais já colaborou como júri de concursos literários. Participante assídua dos
encontros da Associação Fernando Pessoa, em Lisboa, aí foi distinguida com um
trabalho de sua autoria, intitulado "A Fase Mística de Fernando Pessoa".
Amante da Filosofia e da Psicologia, eterna buscadora, estudante de esoterismo e
misticismo, é membro da Ordem Rosacruz-AMORC (Grande Loja do Brasil), onde teve
a honra de ser nomeada “Mestre Auxiliar” e, mais tarde, indigitada para “Mestre”
(cargo que não aceitou) do Capítulo de Lisboa, que ajudou a inaugurar em 1979.
A
par da sua escrita tem-se dedicado à tradução e revisão de obras literárias
portuguesas e estrangeiras.
Participante de várias antologias, as mais recentes:"A Nossa Antologia" Associação
Portuguesa de Poetas/Lisboa-Portugal/2005); O Futuro Feito Presente" (Ecos da
Poesia/Abrali - S.Paulo-Brasil, Abril/2005; "Terra Lusíada" (Projecto Cultural/Abrali)-
S.Paulo-Brasil/Julho2005; “Dois Povos Um Destino” (Ecos da Poesia/Abrali-S.Paulo-
Brasil, Abril/2006
Alguns Sítios da Autora (na Net):
ESFÉRICO
Redondo é o ventre
que gera a vida
Redondo é o seio
que amamenta a cria
Redonda é a Lua
da imaginação
Redondo é o Sol
que germina o grão
Redondo é o Mundo
onde tudo vibra
Redondos os sonhos
bolas de sabão…
Redonda a existência
de ciclos sem fim
Redondo o abraço
que te cola a mim
Redondo o falo
da fecundidade
Redondos teus lábios
de sensualidade
Redondo teu corpo
de apelos carnais
Redondas as formas
que eu amo demais!
In “Geometrias Intemporais”, publicado em Lisboa no ano 2000Agora no e-Book
“Rompendo Amarras”
ESFINGE TATUADA
Olho-me no espelho…
Sou esfinge tatuada
Altiva a fronte
olhar oblíquo
furando a distância
narinas de vento
à pedra coladas
promessas de Vénus
no mármore castradas
Penetro mais fundo
a figura espelhada
e oiço os queixumes
da pedra magoada
são forças telúricas
de voz esvaída
tentando evadir-se
da veste gelada
São tigres e corças
de patas atadas
rios de paixão
aspirando levadas
é sangue em busca
da veia perdida
lavas sufocadas
São pássaros loucos
de asas quebradas
hienas com cio
gemendo aluadas
são unhas rasgando
a parede fria
mãos rompendo estrelas
na noite vazia!
A BUSCA
No denso bosque do meu pensamento
Procuro o verso genial, profundo
Que jaz adormecido em esquecimento
Como uma pedra nobre em poço fundo
Anseio aquela ideia preciosa
Que há-de tecer poema de cetim
Qual leve e subtil colcha sedosa
Urdida em tear de oiro e marfim
Mas busco-a a sós comigo e silente
Pois sei que se atrapalha receosa
Se encontra plo caminho sons e gente
E é na calma noite misteriosa
Que ela vem possuir-me amorosa
Despindo-se de versos lentamente
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