Fuente:
http://www.geocities.com/marcas1pr/Mario_R_Cancel.html
MARIO R. CANCEL
Nació en Hormigueros, Puerto Rico, en 1960. Ha sido profesor de historia, ciencias sociales y humanidades en diversos centros universitarios de su país. Ha publicado libros de historia, crítica literaria, ensayo, poesía y cuento. marcas@caribe.net
Extraidos de FRANCACHELA – REVISTA INTERNACIONAL DE LITERATURA Y ARTE. Ano I, n. 2, Buenos Aires, julio 2005.
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TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS
I
Acomodo
mis cosas
cada una en su sitio.
Son poquísimas, sí.
son suficientes
para un joven poeta
solísimo
atrapado
entre el zumbido
de la gente.
II
Basta ser
un poeta:
persona
pusilámine
pedante,
para darse cuenta
de que la
universidad,
sus pasillos
sus profesores
sus reuniones,
no son
el mejor
caldo de cultivo
para la literatura…
Poema
Debiera decir,
que no en papel
sino en pantalla líquida
o cristal
o agua perdida
o tecla negra o crema.
O en memoria olvidada,
mientras salgo del baño
o trato de dormirme
o juego a la adultez
y a la persecución
y a ralo patriotismo
para que digan, oye
las cosas que comenta
el poeta.
Debiera concluir
que el poema
no duele.
No,
no duele
en la garganta,
ni en el decir
que digo,
ni en la ausencia,
nadie canta al olvido.
Debiera concluir.
He concluido.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
I
Arrumo
minhas coisas
cada um em seu lugar.
São pouquíssimas, sim.
são suficientes
para um jovem poeta
tão sozinho
capturado
entre o zumbido
da gente.
II
Basta ser
um poeta
pessoa
pusilâmine
pedante,
para perceber
de que a
universidade,
seus corredores,
seus professores
suas reuniões,
não são
o melhor
caldo de cultivo
para a literatura...
Poema
Deveria dizer,
que não em papel
senão em tela líquida
ou cristal
ou água perdida
ou tecla preta ou creme.
Ou em memória esquecida,
enquanto saio do banho
ou tento dormir
ou jogo à maturidade
e à perseguição
e ao ralo patriotismo
para que digam, ouça
as coisas que comenta
o poeta.
Deve concluir
que o poema
não dói.
Não,
não dói
na garganta,
nem ao dizer
que digo,
nem em ausência,
ninguém canta o olvido.
Deveria concluir.
Concluo.
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