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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto y biografia: http://centroweb.hunter.cuny.edu/

 

LUIS A. CARTAGENA

(1937-2013)

Foi um educador e administrador amante das arte, cultura e literatura. Em Porto Rico serviu como professor da Universidade Católica de Caguas e em Nova Iorque foi professor bilíngue em South Bronx.
Publicou os livros de poesia: “Noventa Descelos y um Larga Amanecer” e “Mirada al Silencio”.

 

TEXTO EN ESPAÑOL  - TEXTO EM PORTUGUÊS

 


JUEGOS FLORALES / JOGOS FLORAIS.  Montevideo: aBrace editora, 2011.  253 p.   13 x 18,5 cm.  ISBN 978-9974-673-21-2   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

                Silencio remojado

Un galopar de silencios
recorre tu ausencia.
— se vuelca en el lecho abandonado
querendo hacer altura los recuerdos
raídos por la sombra de esperarte.
Saborea el espacio de mi silencio.
Ven, alcanzaa la comunión que
labora esta espera.
— no habrá párpados lentos,
— ni vigilia de rumores.
Será un silencio de caminos sonrientes
y de murmullos en aliento.
Silencio
que te sostiene. Que se tensa
en torno tuyo como trigal maduro.
Como cuando eras la gota
detrás de mi llovizna.

 

 

Senectud

 

Vamos a descubrir

nuestros longevos años juntos.

Tu llevas, de brisa matutina,

tu sien florida.

Yo llevo, de plata regada

mi ondulado cabello.

Tu eres palabra

en el dintel del cielo.

Yo soy verbo

en el ancho mar.

Tu eres gota de ámbar

encerrada en el cáliz

de una flor.

Yo soy tronco de árbol

barnizado por los años.

Tu eres mariposa que

que desnuda su alma al amor.

Yo soy el lobo que

golpea el silencio del tiempo.

Ahora que nuestros años mozos

bostezan cada atardecer,

abre tus noches a mis desvelos

y llena de él tu nostalgia.

Juntos los dos,

caminando sobre la piel

de nuestros años;

llegándonos al templo

que reclama nuestra unión.

 

 

 

Amantes de consuelo

 

El sentimiento
dulce
y triste

que provocas en mi
enciende

las brasas dormidas
de mi espíritu.
Se clava
como cuña
en el silencio
de mi alma suelta,
y le echa raíces
a mi angustia.

¡Somos amantes de consuelo!

dándole la vuelta al dolor,

trastornando el clima escandaloso

donde finaliza la confusión

de antiguas hogueras.

Sentimientos dulces,

sentimientos tristes.

Somos la dulzura del sueño

que se despierta

para reconstruir

el descalabro de palabras

de la noche anterior.

Eres

la tristeza

que cruza el otro lado

de la aflicción

para secar el sudor

de mi camisa color ternura.

 

(Del libro NOVENTA DESVELOS Y UN LARGO AMANECE)

 

 


TEXTO EM PORTUGUÊS



       Silêncio de molho

Um galopar de silêncios
percorre tua ausência
— cai no leito abandonado
querendo elevar as recordações
carcomidos pela sombra de te esperar.
Saboreia o espaço de meu silêncio.
Vem, alcança a comunhão que
trabalha esta espera.
— não haverá pálpebras lentas,
— nem vigília de rumores.
Será um silêncio de caminhos sorridentes
e de murmúrios em hálito.
Silêncio
que te sustenta. Que se estira
ao seu redor como trigal maduro.
Como quando eras a gota
detrás de minha garoa.

 

 

                Senilidade

 

Vamos descobrir
nossos longevos anos juntos.
Tu levas, de brisa matutina,
tua têmpora florida,
levo, regado de prata
meu ondulado cabelo.

És palavra
na cumeeira do céu.
Eu sou verbo
na largura do mar.
Tu gota de âmbar
fechada no cálice
de uma flor.
Eu sou tronco de árvore
envernizado pelos anos.

Tu borboleta
que desnuda sua alma ao amor.

Eu sou o lobo que
fere o silêncio do tempo.
Agora que nossos anos juvenis
bocejam cada entardecer,
abre tuas noites aos meus desvelos
e enche com ele tua nostalgia.

Juntos os dois,
caminhando sobre a pele
de nossos anos;
para chegar ao templo
que reclama nossa união.

 

 

 

        Amantes de consolo

 

O sentimento
doce e
triste

que provocas em mim
acende
as brasas dormidas
de meu espírito.

Crava
como cunha
no silêncio
de minha alma livre,
e coloca raízes
a minha angústia.
Somos amantes de consolo!
Dando a volta na dor,
transtornando o clima escandaloso
donde finaliza a confusão
de antigas fogueiras.
Sentimentos doces,
sentimentos tristes.
Somos a doçura dos sonhos
que se desperta
para reconstruir
o descalabro de palavras
da noite anterior.

És

a tristeza
que cruza o outro lado
da aflição
para secar o suor
de minha camisa cor de ternura

 

 

 

(Del libro NOVENTA DESVELOS Y UN LARGO AMANECER)

 

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2020

 

 

 
 
 
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