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JOAN VIVA

 

(Lima, 1975)  Poeta y promotor cultural. Egresado de la Universidad de San Marcos.  Es directivo de la Casa del Poeta Peruano y ejerce la Dirección Nacional de Informática.

 

VIVA, Joan.  Poemas faunos. Lima: Marbelina; Casa del Poeta Peruano, 2009.  62 p. 

 

POEMA I

Hoy el día me golpea
como si tuviera cemento en los puños
me azota con su clima fiero imbatible
carcome cada una de mis letras
que forman parte de mis notas

Me toma con sus garras ácidas
retorciendo cada una de mis células
arrojándome como paño usado
cuando soy inútil a sus caprichos

El día que nos agota
absorbiéndonos hasta el último segundo
sin perdonar errores

El día
que dura la mitad de un tempo
que avanza por entre pastos
                                                     olas
                                                              concretos
no conoce de los millones que lo odian

El día
queriendo ser noche
para esconder su careta de asesino
ladrón del tiempo de los incautos
acompañado casi siempre de su cómplice

El sol
astro luminoso que roba el sudor
de nuestras frentes   acabándonos
evaporando los últimos rezagos de placer.

 

POEMA I

Hoje o dia me golpeia
como se levasse cimento nos punhos
me açoita com seu clima fero imbatível
carcome cada uma de minhas letras
que formam parte de minhas anotações

Com suas garras ácida me alcança
retorcendo cada uma de minhas células
lançando-me como tecido usado
quando sou inútil por seus caprichos

O dia que dura a metade do tempo
que avança pelos pastos
                                ondas
                                       concretos
não conhece os milhões que o odeiam

O dia
querendo ser noite
para esconder sua careta de assassino
ladrão do tempo dos incautos
acompanhado quase sempre de seu cúmplice

O sol
astro luminoso que rouba o suor
de nossas faces aniquilando-nos
evaporando os últimos regaços de prazer.

 

POEMA IV

Hoy no quiero cantar
a las ventanas muertas que me miran
quiero observar a través de sus ojos
compartir el veneno
que día a día me asesina.

Las cortinas arrancaría con delirio
destrozando los vidrios con mi puño
observando mí mano enrojecer
sería como romper los barrotes de esta celda
          cómplice
que me abrasa
que de a pocos me mata

Hoy no quiero cantar
a las ventanas muertas que me miran
hoy quiero
vivir entre las sombras
y morir día a día.

 

POEMA IV

Hoje não quero cantar
às janelas mortas que me miram
quero observar por seus olhos
compartilhar o veneno
que dia a dia me mata.

As cortinas arrancaria no delírio
destruindo os vidros com meu punho
observando minha mão enrubescer
seria como romper as barras desta cela
          cúmplice
que me abrasa
que pouco a pouco me mata

Hoje não quero cantar
as janelas mortas que me miram
hoje quero
viver entre as sombras
e morrer a cada dia.

 

Página publicada em maio de 2012


 

 

 
 
 
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