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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

NICOLÁS NAVAS

 

 

nacido en Masaya, formado literariamente en Granada y con hogar en Chinandega, Nicaragua.

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  - TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

 

 

XII FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, NICARAGUA 2016. Memória Poética. 105 poetas / 50 países. 14 al 20 de Febrero de 2016.  Managua: 2017.  186 p. 17,523,5 cm.   ISBN 978-99964-47-07-5.  1

 

 

AQUELLA QUE NO SABIA AMAR

 

A aquella que no sabía

amar, el viento,

con un susurro de abejón

pasó murmurándole

al oído:

!Mujer, los años

te pedirán cuenta!

En el jardín crecen ahora

cardos y malezas.

El limonero sin azahares.

El rosal en abandono.

!Mujer! !Mujer!. el amor!

gritó el Tiempo.

Y con el viento huracanado

se levantó el polvo

del olvido.

 

 

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda 

 


         AQUELA QUE NÃO SABIA AMAR

 

Para aquele que não sabia
amar, o vento,
com um sussurro de abelhão

            passou murando-lhe
ao ouvido:
Mulher, os anos
vão te a apresentar a conta!
No jardim crescem agora
       cardo-selvagem e ervas daninhas.
                    O limoeiro sem flor de laranjeira.
A roseira abandonada.
Mulher!  Mulher!,  o amor!,
gritou o Tempo

                   E com o vento violento
levantou-se a poeira
do Olvido.

 

NAVAS, Nicolás.  Sonetos y Poemas. [Managua, Nicaragua] : 2006.  36 p. Edición: 200 ejemplares.     Ex. biblioteca de Antonio Miranda


TRIUNFO DE PEDRO

En la muerte de
Pedro Joaquín Chamorro

Amigo, triste digo aquí mi canto.
Vientos de lucha llegan con la tarde.
Desde el acero de tus manos cierra
El puño: ¡Ya no es hora para el llanto!

Porque Pedro fue piedra, el molde recto.
Crisol para el hermano que lloraba.
Su palabra quitábales el sueño
Al servil, al verdugo y al tirano

Va muerto Pedro en brazos de su pueblo
Que al hermano se da en la despedida.
Lega montañas de libertos fieros.

Y como en la batalla del Cid, ya muerto,
No sobre su caballo sin en hombros,
Triunfa sobre los bárbaros por siempre.



LA VIDA ES ASI

La vida es así:
O la llevas tranquila
O con bronco frenesí.

Eso sí:
Cuando la vida es blanca
apasible y si lujurias,
Verdes amagos de espanto
Siempre encontrarás.
Ve, y lo sabrás.

Pero haz así:
Vuélvete loco un negro día.
Esconde tus viejos libros
Con inusual porfía
E invita a fiestas locas
A las palomas de la alegría.

Abre caminos rojos
Hasta encontrarte con tu signo.
Busca al viento que renquea.
Y en la vendimia
De tu empeño,
Déjame gozar tu-sueño
Hermosa mía.

                                  Chinandega,
3 / Junio / 2001.


 

VOY A LLEVAR LA MISMA VIDA

Voy a llevar la misma vida
La mismísima vida misma
Que he llevado,
Plagada de errores y aciertos;
A ratos aburrida
Y a ratos bien vivida.

Porque la vida que vivimos
Es una vida atrevida y desabrida,
Desnuda de vergüenzas
En el pillaje del día.

De niño nunca la concebía,
Solo la vivía;
De joven vivía una vida desvivida
Y ahora, ya de viejo,
La busco como pendejo, con porfía
Como si se tratara
De la hermosa mujer mía.

Por eso vivo la mismísima vida
Que seguiré viviendo.
Porque vivir la vida
Es como morir la muerte.
Que todo te venga con suerte
Aunque lo que te llegue
Sea la muerte.

                                  León,
27/Octubre, 98.

 

                 Traduções de ANTONIO MIRANDA



TRIUNFO DE PEDRO

Na morte de
Pedro Joaquín Chamorro

Amigo, triste digo aqui meu canto.
Ventos de luta chegam com a tarde.
Desde o aço de tuas mãos fecha
O punho: Já não é mais hora para o pranto!

Porque Pedro era pedra, o molde reto.
Caldeirão para o irmão que chorava.
Sua palavra remove-lhes o sonho
Ao servil, ao verdugo e ao tirano

Vai morto Pedro nos braços de sua gente
Que ao irmão se dá na despedida.
Leva montanhas de libertos ferozes.

E como na batalha de El Cid, já morto,
Não sobre seu cavalo mas nos ombros,
Triunfa sobre os bárbaros para sempre.

 

 

A VIDA É ASSIM

A vida é assim:
Ou a levas tranquila
Ou com bruto frenesi.

Isso se:
Quando a vida é branca
pacífica e sem luxúria,
Verdes âmagos de espanto
Sempre encontrarás.
Veja, e saberás.

Mas faça assim:
Regressa louco um negro dia.
Esconde teus velhos livros
Com inusual obstinação
E convida para festas doidas
Aos pombos da alegria.

Abra caminhos rubros
Até encontrar-te com teu signo.
Busca o vento que manca.
E na vintage*
De teu empenho,
Deixa-me gozar teu-sonho
Formosa minha.

                                  Chinandega,
3 / Junio / 2001.

! Vintage: ano de colheita de um vinho.

 

        

VOY A VIVER A MISMA VIDA

Vou levar a mesma vida
A mesmíssima vida mesma
Que sempre vivi,
Atormentada de erros e acertos;
Em momentos entediada
E em outros momentos bem vivida.

Porque a vida que vivemos
É uma vida atrevida e desabrida,
Desnuda de vergonha
Na pilhagem do dia.

Quando menino nunca a concebia,
Apenas eu a vivia;
Quando jovem vivia uma vida desvivida
E agora, já um velho,
Busco-a como um estúpido, com obstinação
Como si se tratasse
Da formosa mulher minha.

Por isso vivo a mesmíssima vida
Que seguirei vivendo.
Porque viver a vida
É como morrer a morte.
Que tudo te venha com sorte
Embora o que te chega
Seja a morte.

                                  León,
27/Octubre, 98.

 

*

Página ampliada e republicada em janeiro de 2024.

 

Página publicada em março de 2017

 

 


 
 
 
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