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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto y biografia: www.ecured.cu

 

MARTA LEONOR GONZALEZ

 

Nació en BoacoNicaragua1973.

 

Poeta, narradora y periodista nicaraguense. Forma parte del Centro Nicaragüense de Escritores (CNE), es cofundadora de la Asociación Nicaragüense de Escritoras (ANIDE), y ha sido Vicepresidenta de la misma (2007-2009)

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  - 

 

ENTRE ESTAS AGUAS - POETAS DEL MUNDO LATINO 2009Edición: Mario Meléndez y           Margarito Cuéllar.  Monterrey, México: Universidad Autónoma de Nuevo León; Secretaría de Cultura de Michoacán, 2010.  
253 p.  16 X 23 cm   ISBN 978-607-433-458-6   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

        EL ANTÓNIMO DEL PADRE

La escamosa página espera
Lo que pude ser el antónimo del padre,
Único en hierba y aire queda,
Sinónimos que acechan la caligrafia imprecisa,
Inteligible legado,
Todo heredado, pedernales y fuego.
Vil calendario reclama lo bisiesto.



1985. DIEZ AÑOS DESPUÉS

El corazón que está en mis manos
dice: lentitud de vida que corre por la sangre,
los restos de esta tarde se irán conmigo,
mi mañana la guardarás entre tus ojos
como dos lágrimas puras de invierno,
las venas se enfriarán como vigas de cemento
opacas de naturaliza.
Y recogerás ese corazón que una vez dijo:
hija, madre, niño taxi, avión, caballo
rosas negras y blancas en un jardín
que nunca recordarásss.
Y como días en tu bolso lieno de alfileres
se guardarán la risa, las manos, tu silencio.
Y aquella barba que afeitabas muy bien los días de
mis cumpleaños.

 

 

        SI VES UN GATO NEGRO, DECÍA MI ABUELA

Manadas de gatos merodean la noche de mis tejados,
manosean el secreto de los amantes,
y con sus garras afiladas corcovean sobre la hembra
herida,
lloran porque están solos,
recorren las calles abandonadas,
con el temor que una mano los condene,
olfatean un olor a pollo asado, a pan recién horneado
y en el solar, macho y hembra,
aislados, perteneciéndose en cada marejada.
Si ves un gato negro, decía mi abuela,
te abrumará de noches,
y con las uñas te sacará los ojos.
Como autênticos cuervos de la existencia,
arrimados a la puerta con aire de perdón,
no sabrán que esa misma noche,
serán gatos en la ventanilla de un bus azul.
 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

        O ANTÔNIMO DO PAI

A escamosa página espera
O que pode ser o antônimo de pai
Único em erva e ar resta,
Sinônimos que espreitam a caligrafia imprecisa,
Inteligível legado,
Tudo herdado, quartzo e fogo,
Vil calendário reclama o bissexto.



       1985.  DEZ ANOS DEPOIS

O coração que está em minhas mãos
disse: lentidão de vida que corre pelo sangue,
os restos desta tarde vão-se comigo,
minha manhã a guardarás em teus olhos
como as lágrimas puras do inverno,
as veias vão esfriar-se como vigas de cimento
opacas de natureza.
E recolherás esse coração que uma vez disse:
filha, mãe, menino, taxi, avião, cavalo
rosas pretas e brancas em um jardim
que nunca recordarás.
E como dias em teu bolsos cheio de alfinetes
guardarão o riso, as mãos, teu silêncio.
E aquela barba que tosquiavas muito bem nos dias de
teu aniversário.

Se vês um gato, dizia a minha avó

Manadas de gatos pilham a noite de meus telhados,
manuseiam o segredo dos amantes,
e com suas garras afiadas se curvam sobre a fêmea
ferida,
choram por estar sozinhas,
percorrem as ruas abandonadas,
com o temor de que uma mão as condene,
olfateiam um odor a frango assado, a pão saído do
forno
e no solar, macho e fêmea,
isoladas, pertencendo-se em cada maré.
Se vês um gato negro, dizia a minha avó,
te incomodará de noite,
e com as unhas arrancará os teus olhos.
Como autênticos corvos da existência,
abandonados na porta com ar de perdão,
não saberão que nessa mesma noite,
serão gatos na janela de um ônibus azul.

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

 

IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, Nicaragua 2013.  Memoria Poética. 121 Poetas / 56 países.  Managua, Nicaragua:  Fundación Festival Internacional de la Poesía de Granada, 2014.  220 p.  ISBN 978-99964-896-2-4

 

Na capa: reprodução do cartaz do evento.  Inclui poemas dos convidados e uma foto coletiva. Inclui os poemas brasileiros: Thiago de Mello e Floriano Martins. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 Tijera

No sólo repta.
En el pozo está,
presa por aldabas.
La mano confirma el orificio húmedo
ojal oscuro de la infancia,
vaginal caverna
que la atrapa.
La atrapa.
El tacto pulula rodea el albergue,
vacuo
van ova sobre el veneno.
Recorre la mano la hornacina,
esponjoso el sitio y frío mullido en lo oscuro
el vestido blanco es almácigo
como torga.

 

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

 Tesoura

Não desafia apenas.
No poço está,
presa por batentes.
A mão confirma o orifício úmido
lapela escura da infância,
vaginal caverna
que a aprisiona.
Aprisiona-a.
O tato pulula rodeia o albergue,
vácuo
vã ova sobre o veneno.
Recorre a mão o nicho,
esponjoso o lugar e frio fofo no escuro
o vestido branco e almácigo
como torga*.

      

 

*Raizgeralmente de urzede que se faz carvão ou que se usa para lenha. = CEP

 

*

 

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http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/nicaragua/nicaragua.html

 

 

Página publicada em abril de 2021

 

         Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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