POESÍA NEOBARROCA
KAREN ROJAS KAUFFMAN
(Puebla, 1979)
TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS
De tu muerte: El derrumbe
Bajo las arenas claras suspendido
lento bramido de sol
enraizado en sales y peces
(infatigable juego de honduras
vÍtreas)
tu estertor de calamar se reblandece
Grave muerte de animal que me derrumba
Muerte en Pirovano
A Pizarnik
Repten pájaros tu muerte en Pirovano,
viren cuervos que aleteen al norte de tu pelvis
entre la canícula del mediodia
y la jaula malva de tus aguas.
Aunque animal de tierra en soliloquio
tu cadera,
redobles profundos acompasaron tus huesos
el tango de la luna.
Te aferraste árbol de Diana en las costillas
engendrao el cosmos.
Tus ubres proveyeron de azúcares la vïa láctea
entumiéndole la lengua
con tragos de veneno.
¡Qué ansia de perfumes emanaban tus pendientes
Alejandra!
(Qué presentimiento de gitana te habitó el ombligo
errandote el desdno
volcando en polvo
todo el oro que tocabas?
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TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
De tua morte: desmoronamento
Debaixo as areias claras suspenso
lento bramido de sol
enraizado em sais e peixes
(infatigável jogo de funduras
vítreas)
teu estertor de calamar se abranda
Grave morte de animal que me desmorona
Morte em Pirovano
A Pizarnik
Reptem pássaros tua morte em Pirovano<
virem corvos que esvoaçam ao norte de tua pelve
entre a canícula do meio-dia
e a janela malva de tuas águas.
Embora animal de terra em solilóquio
tu cadeira,
ruflos profundos acompassem teus ossos
o tango da lual.
Te aferraste árvore de Diana nas costeals
engendrando o cosmo.
Tuas úberes provieram de acúcares a vida láctea
entumescendo a língua
com sorrisos de veneno.
Que ânsia de perfumes emanavam teus pingentes
Alexandra!
Que pressentimento de cigana habitou o umbigo
errando teu destino
transformando em pó
todo o ouro que tocavas?
Página publicada em setembro de 2009
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