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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JORGE A. SANCHEZ


Ciudad de México, 1974

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

CALDERÓN,  Ali, dirección.  La luz que va dando nombre.  Veinte años de poesía en México 1965-1985. Selección de José Antonio Escobar, Jorge Mendonza y Alvaro Solís.  Prólogo de Jorge Mendonza y Ali Calderón.  Puebnla, México: Gobierno del Estado de Puebla, Secretaría de Cultura, 2007.  208 p.  13 x 21 cm   ISBN 978-968-5122-90-0   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

        Consejo

Con el corazón hay que ser congruente
ponerle una cadena
y sacarlo a pasear
dos o tres veces por semana
para que no olvide
que tiene que olvidar

 

        Condimento

       La poesia ocorre


e
s
c
u
r
r
e


y es curry.

       

        Donde no hay no hubo, donde no hubo no habrá

La vi de reojo,
como quien sin querer apreende el instante
en el que se da cuenta de que se da cuenta
y logra atisbar
quien mueve los hilos;
como quien llega a desear,
sin querer querendo,
a la mujer del prójimo
(siempre mejor que la de uno);
como quien quiere esperar
y no se pregunta  ¿qué esperar
?
Sí, la vi,
como quien no quiere la cosa,
y no la que uno
quiere que sea.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

       Conselho

Com o coração temos que ser hay que ser congruente
colocar-lhe uma corrente
e levá-lo para passear
duas ou três vezes por semana
para que no esqueça
que tem que esquecer

 

       Temper

A poesia ocorre


e
s
c
o
r
r
e

e é curry.

 

       

Onde não há não houve, onde não houve não
haverá

Eu a vi de soslaio,
como quem sem querer apreende o instante
em que se dá conta de que se dá conta
e logra espiar
quem move os fios;
como quem chega a desejar,
sem querer querendo,
a mulher do próximo
(sempre melhor que a nossa);
como quem quer esperar
e não se pregunta  esperar o quê
?
Sim, eu a vi,
como quem quer a coisa,
e não a que n´~os
queremos que seja.

 

 

 

Página  publicada em novembro de 2019

 

 


 

 

 
 
 
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