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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



JAIME TORRES BODET

(1902 -1974) 

 

Nació en la ciudad de México. Estudió en la Universidad Nacional de México la carrera de filosofía y letras. Dirigió la revista Falange (1922-1923).

 

Torres Bodet entró muy joven en la literatura con un libro de versos: Fervor, (1918), y siete libros precedente en su antología personal Poesías (1926) y Sin tregua (1957)

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  /  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

DÉDALO

 

Enterrado vivo

en un infinito

dédalo de espejos,

me oigo, me sigo,

me busco en el liso

muro del silencio.

 

Pero no me encuentro.

 

Palpo, escucho, miro.

Por todos los ecos

de este laberinto,

un acento mío

está pretendiendo

llegar a mi oído.

 

Pero no lo advierto.

 

Alguien está preso

aquí, en este frío

lúcido recinto,

dédalo de espejos...

Alguien, al que imito.

Si se va, me alejo.

Si regresa, vuelvo.

Si se duerme, sueño.

"¿Eres tú?", me digo...

 

Pero no contesto.

 

Perseguido, herido

por el mismo acento

-que no sé si es mío-

contra el eco mismo

del mismo recuerdo

en este infinito

dédalo de espejos

enterrado vivo.

 

 

HUESO

        Shall I compare thee to a Summer´s day?
                                         
W. SHAKESPEARE

         La toque — entre la rubia
        y delicada pulpa — ¿de qué fruta? —

        
el hueso negro y áspero al verano.

        Y me sentí de pronto, ante la muda
        sinceridade cruel de la semilla,
        como quien halla en una tumba el nombre
        de la mujer que nunca
        imaginara, en vida, sustentada
        por el recóndito esqueleto
        — de miseria, de cólera y de tedio

                que todavia, muerta, la desnuda.

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de Manuel Bandeira

 

 

DÉDALO

 

Enterrado, vivo

Em um infinito

Dédalo de espelhos

E me ouço, me sigo,

Me busco no liso

Muro do silêncio.

 

Porém não me encontro.

 

Olho, escuto, apalpo.

Por todos os ecos

O meu próprio acento

Está pretendendo

Chegar-me ao ouvido...

 

Porém não o advirto.

 

Alguém está preso

Aqui neste frio,

Lúcido recinto,

Dédalo de espelhos...

Alguém que eu imito.

Se parte, me afasto;

Se torna, regresso;

E se dorme, sonho...

 

Porém não respondo...

 

Cerrado, ferido

Pelo mesmo acento

— Meu?  Não sei dizê-lo —

Contra o eco mesmo

Da mesma lembrança,

Eu nesta lembrança,

Eu neste infinito

Dédalo de espelhos

Enterrado vivo.

 

 

 

 

 

       TRADUÇÃO DE OSVALDO ORICO

 

 

PRIMAVERA

 

Primavera! Primavera!

A primavera não tarda!

Já uma rosa temporã

rompeu a armadura tarda.

Já me encontrei com a leiteira

montada na mula parda...

Ah! já vem a primavera!

 

O campo está luminoso

como incendiado por dentro,

e a alma contempla do centro

um claro prisma de gozo

nesse campo luminoso

que está brilhando por dentro.

 

Primavera, primavera!

Amanheceu nos telhados.

Uma flor de primavera

está sôfrega de espera

nos tecidos esgarçados

de rosais ainda nevados

de neve suave e ligeira.

Meninos levam seus arcos

e divertem-se entre as rosas

que lhes dão matizes claros;

até o brinquedo dos arcos

é beijado pelas rosas...

Os dias despertam claros

e cheios de mariposas...

 

A orvalhada rosa do ano

tem colorido na rama.

Florido está o castanheiro!

A primavera é uma flama.

É tão sutil seu engano!...

Amemos enquanto este ano

conserva uma flor na rama!

 

Primavera, primavera!

A primavera não tarda!

Já uma rosa têmpora

rompeu a armadura tarda.

Já me encontrei com a leiteira

Montada na mula parda...

Ah! já vem a primavera...

 

 

 

 

Tradução de Antonio Miranda

OSSO

 

         Shall I compare thee to a Summer´s day?
                                         
W. SHAKESPEARE

 

         Eu a toquei  — entre a loura
        e delicada fruta — de que fruta? —
        o osso negro e áspero ao verão.

        E me senti, de repente, ante a muda
        sinceridade cruel da semente,
        como quem encontra na tumba o nome
        da mulher que nunca
        imaginara, em vida, sustentada
        pelo recôndito esqueleto
        — de miséria, de cólera e de tédio —
        que mesmo morta, a desnuda.     

 

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2008; ampliada em maio de 2017..

 


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