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ALINE PETTERSON

 

Aline Pettersson es una escritora, narradora y poeta mexicana con raíces suecas, nacida el 11 de mayo de 1938 en la Ciudad de México, México. Ha colaborado en distintas publicaciones como periódicos, revistas y libros.2 A su vez, ha sido galardonada con algunos premios, entre ellos el Premio Gabriela Mistral de 1998.

 

TEXTO EN ESPAÑOL   -   TEXTO EM PORTUGUÊS

 

LA OTRA –7 -  REVISTA DE POESIA – ARTES VISUAIS – OTRAS LETRAS – ano 2 – abril – junio 2000. México – DF, 2000. ISSN 1305-5143  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

        SOÑAR

         El jardin es eternidade para los ojos,
el olfato, el oído,
en la exaltación de sus facetas
al ritmo de los pasos,
al leve agitarse de la fronda
con el viajar de los aires.

         Ahí todo sucede en una cadena
tan cambiante y continua como el tiempo
para permanecer igual mas diferente.
Sutil metamorfoses
en sólida atadura vegetal.

         El mañana es el presente del verde afable
de los brotes, la lujuria de las flores,
las flamas que incendian
el follaje, la desnudez essencial
de la corteza.

         Se transforma el panorama
por sobre la mirada, incapaz
de apreender el movimento.
Y la matéria prosigue su mudanza
de permanencia.

         El tiempo del jardin atempera
la maligna irrupción de sobressaltos
en un renacimiento que transita
por el sueño
soñando etenidades.

        

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

         SONHAR

         O jardim é eternidade para os olhos,
o olfato, o ouvido,
na exaltação de suas facetas
no ritmo dos passos,
no suave agitar-se da folhagem
com o viajar dos ares.

         Aí tudo acontece numa cadeia
tão mutante e contínua como o tempo
para permanecer igual mas diferente.
Sutil metamorfose
na sólida atadura vegetal.

         A manhã é o presente do verde afável
dos galhos, a luxúria das flores,
as chamas que incendeiam
a folhagem, a desnudez essencial
da cortiça.

         Transforma-se o panorama
por cima da mirada, incapaz
de apreender o movimento.
E a matéria continua sua mudança
com íntima vontade
de permanência.

         O tempo do jardim concilia
a maligna irrupção de sobressaltos
em um renascimento que transita
pelo sonho
sonhando eternidades.

 

 

Página publicada em maio de 2019

 


 

 

 
 
 
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