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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

LIVIO RAMÍREZ

 

 

(Olanchito, Honduras, 1943) ES Autor de varios poemarios: SANGRE Y ESTRELLAS, DESCENDIENTES DEL FUEGO, Yo NOSOTROS, ARDE COMO FIERA, ESCRITO SOBRE EL AMANECER. .. Los temas de Livio Ramírez son recurrentes: El oficio de poeta, el encuentro con los otros, el héroe, la patria, el amor. En algunos de sus versos escribe: "Escribo, no sé Si hago una autopsia".

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

De

Descendientes del Fuego

Extraído de 

Revista de la Academia Hondureña de la Lengua

N.14 Enero-Junio de 2006

 

 

LOS AMANTES

 

I

 

Descendientes del fuego

         los amantes son niños salvajes

ferocísimos seres

         que no atacan a nadie

descendientes del fuego

         no miran

no tienen sentido de la distancia

         se precipitan en si mismos:

de ceguera y fulgor están armados.

 

 

II

 

Estás desnuda

         La tierra olvida su ballet

nada se mueve

         nada existe:

solamente tu cuerpo

         ante mi ojo de ciclope hechizado:

eres

una sed extendida de los pies a la frente

         desde ti

una primavera furiosa nos reclama:

 

 

III

 

Iluminas la noche con tus senos

cuerpo como la vida.

 

A fuego lento

                   ardes

para que yo te encuentre.

 

         Tendida

                   extendida

eres la tierra abierta.

 

 

VII

 

         ANTE TI

 

Se detiene el verano

su verdor hechizado:

Para que resplandezcas

se há retirado el sol.

 

Erguida.

         Transparente.

Estatua de lo vivo.

 

Más real,

         más desnuda:

a ti misma te creas

         en el fondo del día.

 

 

X

 

Los ojos lluviosísimos

fuego manso en los senos.

Huellas de astro en tu cuerpo.

Entre tus muslos se hace la tempestad.

 

 

SALTO

 

Para seguir viviendo

los amantes

han destrozado todo

han arrancado el cielo

han dado el salto hacia la luz prohibida.

 

 

MONÓLOGO

 

Vestida de puñales,

ya inhumana,

la soledad:

su imán abominable.

Qué espanto,

es como si un caballo

agonizara entre mis manos.

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Traducción de Antonio Miranda

 

 

OS AMANTES

 

I

 

Descendentes do fogo

         os amantes são meninos selvagens

seres enfurecidos

         que não atacam ninguém

descendentes do fogo

         não miram

não têm sentido da distância

         precipitam-se em si mesmos:

de cegueira e fulgor estão armados.

 

 

II

 

Estás desnuda

         A terra olvida seu ballet

nada se move

         nada existe

somente teu corpo

         ante meu olho de cíclpe enfeitiçado:

és

uma sede extendida dos pés adiante

         desde ti

uma primavera furiosa nos reclama.

 

 

 

III

 

Iluminas a noite com teus seios

corpo como a vida.

 

A fogo lento

                   Ardes

para que eu te encontre.

 

         Suspensa

                   estendida

és a terra fendida.

 

 

VII

 

         ANTE TI

 

Se detém o verão

seu verdor enfeitiçado:

Para que resplandeças

o sol se retirou.

 

Suspensa.

         Transparente.

Estátua do que é vivo.

 

Mais real,

         mais desnuda:

crias a ti mesma

         no fundo do dia.

 

 

X

 

Os olhos copiosos

fogo manso nos seios.

Vestígios de astro em teu corpo.

Entre teus músculos à luz da tempestade.

 

 

SALTO

 

Para seguir vivendo

os amantes

destruíram tudo

arrancaram o céu

deram o salto para a luz proibida.

 

 

MONÓLOGO

 

Vestida de punhais

já inumana

a solidão:

sei imã abominável.

Que espanto,

é como se um cavalo

agonizasse entre minhas mãos.

 

 

 

Página publicada em abril de 2008



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