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JERÓNIMO J. REINA

 Tegucigalpa, 7.10.1876 - 7.12.1918. Entre suas obras figuram La Visión del Opresor (comédia dramática), de 1899, e Copos de Humo (poesia), de 1903.

TEXTO EN ESPAÑOL y/e TEXTO EM PORTUGUÊS 
Traduzido por Anderson Braga Horta


MARINA

Del fondo del ocaso ennegrecido,
surge indecisa una lejana vela:
como si huyese de su propia estela
el barco avanza por el mar dormido.

Cae la noche rápida: y sin ruido
sobre el piélago enorme se revela
y el ábside del cielo se constela
como um prado de lirios florecido.

Vivaz me asalta tu recuerdo. El agua
que al soplo de las brisas se estremece
su cadencioso ritornelo fragua.

La honda se irisa de ópalos argentos...
Y mi alma, en tanto que el ensueño crece,
Vuela hacia ti sobre los mansos vientos!

 

MARINHA

Lá do fundo do ocaso enegrecido,
surge indecisa uma longínqua tela;
como a fugir da própria esteira, a vela
o barco avança pelo mar dormido.

Cai a noite veloz, e sem ruído
sobre o pélago enorme se revela,
e a celestial abside se constela
como um prado de lírios florescido.

Vivaz assalta-me a saudade. E é a água,
que ao hálito das brisas estremece,
de cadencioso ritornelo a frágua.

Irisa-se a onda em opalino argento...
Canta... E minha alma, enquanto o sonho cresce,
voa rumo de ti no manso vento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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