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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: https://en.wikipedia.org

 

 

FRANKETIENNE

 

 

Frankétienne (nascido Franck Étienne em 12 de abril de 1936 em Ravine-Sèche , Haiti ) é um escritor, poeta, dramaturgo, pintor, músico, ativista e intelectual haitiano.  Ele é reconhecido como um dos principais escritores e dramaturgos do Haiti , tanto do crioulo francês quanto do haitiano ,  e é "conhecido como o pai das cartas haitianas".  Como pintor, ele é conhecido por suas obras abstratas coloridas, enfatizando frequentemente as cores azul e vermelho. Ele foi candidato ao Prêmio Nobel de Literatura em 2009, assumiu o comando da Ordem das Artes e Letras (Ordem das Artes e Letras) e foi nomeado Artista da UNESCO pela Paz em 2010.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL – TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

FESTIVAL MUNDIAL DE POESIA  4to.  - ÁFRICA / AMÉRICA / ASIA / EUROPA / OCEANIA. Antologia 2007.  Caracas: Casa Nacional de las Letras Andrés Bello, 2008.   355 p. 

ISBN 9789802142163    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

        SOY UN MAGO

Infatigable aventureiro
me engancho
a mi rueda viajera
me agarro
a mis nidos invisibles.

He recebido mis garras
y apacible mis llagas.

Rauda claridad sin límites
mi eternidad se agita
en su fuego de locura.

Sano y salvo
atravieso mis utopias nocturnas
al revés de la noche
un suplicio de cabezas
al amparo del viento.

Barrendero de tinieblas
soy un mago.

 

 

             LA ESFINGE

 

              El viaje se prolonga
a través de mi memoria
tachada de violências.

Mi boca se rasga
y todo calla.

La ópera del silencio
como una gangrena amarga
en la sida de la lengua.

                Ebriedad y vértigo de mi ciudad
en el péndulo de la muerte.

A falta de pulmones
aprendo a respirar
por el corazón
y las tripas.

Incendio mi caída
interminablemente.

En los ecos de mis riñones
mis paradojas indisolubles.

En las quemaduras de mi voz
mi vida y mi superviencia.

En la inflexión de mis heridas
resplandecen mis gritos intensos.

¡ Un huevo de luz azul
en las aletas de mis sueños.

¡ Soy la esfinge!

 

 

 

        YO MISMO

Yo mismo un arcoiris
yo mismo en blanco y negro
yo mismo en paradoja
yo mismo en dissidencia
yo mismo en mestizaje
yo mismo inagarragle
en canon de erotismo
yo mismo de carne y hueso
otra vez yo mismo
de nieve mezclada con sangre.

Maduro bajo la máscara
en mi alma tan frágil
entre las garras del tiempo
donde se agria mi angustia.

Subterránea es mi luz
cavando mis amnesias
en el insomnio de mis raíces
y el incendio de mis tinieblas

Hago malabarismos
con mi soledad
en el interior del circo
y danzo mi locura
en un trapecio imaginario.

 

       Y yo sigo siendo
el dueño de mis palabras insólitas
yo mismo rebelde incorregible
tan violentamente yo mismo
que oscilo y deliro
en el estropício de los vocales
y de las sílabas en llamas.

 

       Cada noche hablo en silencio
a mis abejas efímeras
y adivinho la miel del alba.  

 

TEXTOS  EM  PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

        SOU UM MAGO

Aventureiro infatigável
me agarro
à minha roda viajante
seguro
meus nós invisíveis.

Recebi as minhas garras
e apaziguei as minhas chagas.

Célere claridade sem limites
minha eternidade se agita
em um fogo de loucura.

São e salvo
atravesso minhas utopias noturnas
ao contrário da noite
um suplício de cabeças
no amparo do vento.

Varredor de trevas
sou um mago.

 

 

 

                A ESFINGE

 

 

              A viagem se prolonga
através de minha memória
riscada pela  violência.

Mina boca se rasga
e tudo emudece.

A ópera do silêncio
como uma gangrena amarga
do lado da língua.

                Ebriedade e vertigem de minha cidade
no pêndulo da morte.

Na ausência de pulmões
aprendo a respirar
pelo coração
e as tripas.

Incendio mi queda
interminavelmente.

Nos ecos de meus rins
meus paradoxos indissolúveis.

Nas queimaduras de minha voz
minha vida e minha sobrevivência.

Na inflexão de minhas feridas
resplandecem meus gritos intensos.

 

Um ovo de luz azul
nas aletas de meus sonhos.

Sou a esfinge!

 

 

       

 

        EU MESMO

 

       Eu mesmo um arco-íris
eu mesmo em pretos e branco
eu mesmo um pardoxo
eu mesmo em dissidência
eu mesmo na mestiçagem
eu mesmo inalcançável
o cânone do erotismo
eu mesmo de carne e osso
outra vez eu mesmo
de neve mesclada com sangue.

Maduro com a máscara
em minha alma tão frágil
nas garras do tempo
onde azeda minha angústia.

Subterrânea é minha luz
cavando minha amnesia
na insônia de minhas raízes
e o incêndio de minhas trevas

Faço malabarismos
com minha soledade
dentro do circo
e danço minha loucura
em um trapézio imaginário.

 

        E sigo sendo
o dono de minhas palavras insólitas
eu mesmo rebelde incorrigível
tão violentamente seu mesmo
que oscilo e deliro
no estropício das vogais
e das sílabas em chamas.

 

        Cada noite falo em silêncio
às minhas abelhas efêmeras
e adivinho o mel da alvorada.              

                                                                                 

Página publicada em março de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 


 

 

 
 
 
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