Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ESPAÑOLA / POESIA ESPANHOLA
Coordinación/coordenação de AURORA CUEVAS CERVERÓ


 

SÉRGIO RODRÍGUEZ


Nació en Madrid el 29 de agosto de 1976. Ha publicado los poemarios El escarabajo boca arriba (Madridd, Vitruvio, 1995) y Sal (Madrid, Vitruvio, 2001.
 

TEXTOS EM ESPAÑOL     /   TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda 

EL PÉNDULO

Até el mundo a mi lengua.
Y en todos los rincones del amor puse saliva,
y el cauce desbordado se hizo voz y luego nombre
y por fin um solo grito de placer domesticado
como unas bragas blancas colgando de la silla.
Me hice hereje como quien pide uma disculpa,
regando com palabras el mistério, renegando,
pidiendo causas donde sólo había huellas,
hablando de las cruces como de uma mercancía.
E impuse a los amigos la verdad de mis encías,
creyendo que la vida me avalaba y me bastaba,
que mi deuda con los hombres era acaso una falacia.
Entonces el péndulo se detuvo. Y tanto me pesaron
el orgullo y sus soledades que mi lengua se rompió
y el mundo echó a rodar conmigo encima.
Tal vez mañana pueda por fin encontrar el lugar.

 

 O PÊNDULO

Liguei o mundo a minha língua.
E em todos os rincões do amor verti saliva,
e o curso transbordado fez-se voz e então nomeie
e por fim um só grito de prazer domesticado
com uns calções brancos pendurados do sofá.
Tornei-me herege como quem pede desculpa,
regando com palavras o mistério, renegando
pedindo causas onde existem vestígios,
falando das cruzes como se fossem mercadorias.
E impus aos amigos a verdade de minhas gengivas,
acreditando que a vida avaliza e me basta,
que minha dívida com os homens seria uma falácia.
Então o pêndulo parou. E tanto me pesaram
o orgulho e a solidão que minha língua rompeu-se
e o mundo começou a rodar comigo em cima.
Talvez amanhã afinal possa achar o lugar.

================================================


terapia de grupo para depresivos

Considerando que todos
hemos llegado
por uma vía u outra
a la misma conclusión:
La vida no tiene sentido — y juraría
que yo he leído esto en outra parte ,
realizaremos el siguiente ejercicio:
Nuestro admirado especialista
en reanimación, el señor Smith,
subirá al estrado con un hacha
bendecida y, por supuesto, esterilizada,
e irá, uno a uno, cortándoles la garganta.
Señor Rodríguez Prieto,
ya que usted ha obtenido
a mejor nota
en depresión oral y escrita,
¿ quiere ser el primero?
—“Lo más seguro es que no lo sé.”


terapia de grupo para deprimidos

Considerando que todos
nós chegamos
por uma via ou outra
à mesma conclusão:
A vida não tem sentido — e juraria
que já ouvi isso em outro lugar —,
faremos o seguinte exercício:
Nosso admirado especialista
em reanimação, o senhor Smith,
subirá ao estrado com um machado
bento e, é lógico, esterilizado,
e irá, um a um, cortando-lhes o pescoço.
Senhor Rodríguez Prieto,
já que o senhor obteve
a melhor pontuação
em depressão oral e escrita,
quer ser o primeiro?
—“O mais seguro é que duvide.”

===============================================

(el amor rapaz)

Yo soy de esos tipos que se sientan
en la parte trasera del autobús
y miran a las mujeres como si fueran
un pedazo de carne que se tambalea
sin saber donde agarrars, ni donde
no mirar, sin saber dónde esconder
la vergüenza que mis ojos adivinan
y remueven bajo sus bragas. Las miro
tragándome toda la saliva y sudando
tanto deseo que el tiempo se resbala
formando un charco bajo mi asiento,
y luego las venas se me enredan
sin lograr salir de mi cuerpo como
cuerdas con las que intento en vano
amarrar mi vértigo a sus caderas.
Las puertas del autobús se abren
y se cierran y ellas vienen y se van
sin mirarme siquiera, y no puedo evitar
insultarlas, en voz baja, como sé que les gusta<
mientras sigo sus pasos a travaés del cristal
otra vez solo rumbo a la última parada.

(o amor sagaz)

Eu sou desses caras que se sentam
na parte traseira do ônibus
e olham as mulheres como se fossem
um pedaço de carne que se agita
sem saber onde agarrar-se, nem onde
não olhar, sem saber onde esconder
a vergonha que meus olhos advinham
e rompem debaixo de suas calcinhas. Olho-as
tragando toda a saliva e suando
tanto desejo que o tempo resvala
formando uma poça debaixo do banco,
e depois as veias que se enredam
sem conseguir sair de meu corpo como
cordas com que em vão eu tento
amarrar minha vertigem em suas ancas.
As portas do ônibus se abrem
e se fecham e elas vêm e se vão
sem fitar-me jamais, e não posso evitar
insultá-las, em voz baixa, como sei que apreciam<
enquanto sigo seus passos atrás da janela
outra vez na direção da última parada.


Página publicada em dezembro de 2009

Voltar para a  página da España Topo da Página Click aqui

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar