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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

LUIS E. PRIETO

 

Poeta espanhol muito ativo na web, com uma página bastante visitada em que apresenta sua obra e de muitos outros autores hispano-americanos. Diretor, também, da Revista literaria plurinacional Palabras Diversas:  http://www.palabrasdiversas.com

 

Sirva esta página apenas como um convite e encaminhamento para conhecer a vasta obra do autor: http://www.escribidor.com/

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS  /   TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

NOSOTROS, LAS MINORÍAS

 

Acaso existamos de prestado

en un mundo introvertido y técnico...

 

Acaso nuestro testimonio

no sirva en el cómputo absoluto

de la historia...

 

Acaso no nos dejan un sitio

para ubicarnos dignamente

en el devenir sociológico del milenio...

 

Pero aquí estamos:

con nuestra voz abierta y nuestras diferencias

declarando que somos herida abierta,

aguijón y contraste,

seco lecho de río y cuenca

de sentimientos diferentes y tercos.

 

Aquí estamos los agnósticos a contrapelo,

los poetas y los kurdos,

los indios blanqui-negros y los anacoretas,

los teosóficos, los esquimales, los ácratas

de corazón partido y los ascetas.

Aquí estamos los rebeldes del tiempo

sin saber ajustar nuestro ritmo a la mayoría

no silenciosa, montaraz y provocante.

Aquí los ingenuos pertinaces y los ilusos,

los heterodoxos convictos, los no-luchadores,

y los objetores de conciencia.

Aquí estamos con nuestra voz pequeña

silenciada en el murmullo imponente

del devenir profundo de la historia.

Aquí los abstemios rechazados,

los inválidos y los tercos pacifistas.

Aquí la amazonía de los indígenas

y las mayorías hambrientas del tercer mundo.

Aquí los científicos puros y los filósofos

con sus cargamentos de sueños y de agobios.

 

Miradnos:

no queremos alzar la voz ni cerrar los puños

sino seguir creyendo en nuestros sueños

para que vosotros, mayoría vociferante y cuerda,

podáis simplemente seguir respirando a gusto.

 

Miradnos:

Somos los más débiles pero acaso los más fuertes

porque tenemos la fuerza de lo adverso

y el corazón duro

de tanto aguantar los golpes enemigos.

 

Miradnos:

os aseguro que también,

          desde luego, existimos...

 

 

LUISERÍAS

 

I –

Los espejos cóncavos

van deformando mis miradas

entre crepúsculos diversos.

 

Atenazados claro-oscuros imprecisos

se me pegan al costado

de los dioses de la vida.

 

Vivir es todo un ejercicio de mentiras

para confabular ausencias

y hacernos mercaderes del progreso.

 

Porque no hay hambres extrañas:

las hambres son de tierra y carne

y llevan etiquetas numeradas.

 

Etiquetas de dolores bien abiertos,

manejados y contados,

en el patio de todos los olvidos.

 

Se olvidan las manos sementeras

que no cotizan en la Bolsa

ni producen divisas ni poderes.

 

Solo el poder dignifica:

la muerte, sin embargo,

se va de retirada a los suburbios.

 

Este largo poema y otros mas del autor, inclusive visuales y audiovisuais, puedem (y deben) ser acesados en la página del autor: http://www.escribidor.com/Luiserias/LUISERIAS.htm

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

NOS, AS MINORIAS

 

Acaso existamos alugados

em um mundo introvertido e técnico...

 

Acaso nosso testemunho

Nada valha na contagem absoluta

da historia...

 

Acaso não nos permitam um lugar

para instalar-nos dignamente

no devir sociológico do milênio...

 

Mas aqui estamos:

con nossa voz aberta e nossas diferenças

declarando que somos ferida aberta,

ferrão e contraste,

leito seco de rio e vale

de sentimentos diferentes e teimosos.

 

Aqui estamos os agnósticos a contragosto,

os poetas e os curdos,

os indios branco-negros e os anacoretas,

os teosóficos, os esquimós, os ácratas

de coração partido e os ascetas.

Aqui estamos os rebeldes do tempo

sem saber ajustar nosso ritmo ao da maioria

não silenciosa, montiça e provocante.

Aqui os ingênuos pertinazes e os ilusos,

os heterodoxos convictos, os não-lutadores,

e os opositores de consciência.

Aqui estamos com nossa voz pequena

silenciada no murmúrio imponente

do devenir profundo da historia.

Aqui os abstêmios rechaçados,

os inválidos e os obstinados pacifistas.

Aqui a amazônia dos indígenas

e as maiorias famintas do terceiro mundo.

Aqui os cientistas puros e os filósofos

com seus carregamentos de sonhos e humilhações.

 

Observai-nos:

não queremos alçar a voz nem cerrar os punhos

apenas seguir acreditando em nossos sonhos

para que vos otros, maioria vociferante e atenta,

possais simplemente seguir respirando a contento.

 

Observai-nos:

Somos os mais débeis mas talvez os mais fortes

porque temos a fuerza da adversidades 

e o coração endurecido

de tanto agüentar os golpes inimigos.

 

Observai-nos:

Garanto que também,

          Sem dúvida, existimos...

 

 

LUISERIAS

 

I –

Os espelhos côncavos

vão deformando meus olhares

entre crepúsculos diversos.

 

Supliciados claro-escuros imprecisos

me surpreendem pelas costas

dos deuses da vida.

 

Viver é todo um exercício de mentiras

para confabular ausências

e tornar-nos mercadores do progresso.

 

Porque não existem fomes estranhas:

as fomes são de terra e carne

a ostentam etiquetas numeradas.

 

Etiquetas de dores bem abiertas,

manejados e contados,

no pátio de todos ls olvidos.

 

Esquecem as mãos sementeiras

que não cotizam na Bolsa

nem produzem divisas nem poderes.

 

Somente o poder dignifica:

a morte, no entanto,

vai de retirada aos subúrbios.

 

Este longo poema e outros mais do autor, inclusive visuais e audiovisuais,  podem (e devem) ser acessados na página do autor: http://www.escribidor.com/Luiserias/LUISERIAS.htm

 


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