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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Foto propriedad Biblioteca Encarta

Fonte: www.artepoetica.net

 

JORGE GUILLÉN

(1893-1984)

 

Poeta, professor e crítico espanhol, nsxceu em 1893, Valladolid e morreu em 1984, em Málaga. Nos anos vinte, trabalhou como corresponde estrangeiro do jornal La LIbertad, em Paris, e colaborou com artigos e resenhas literárias, além de crônicas, em vários jornais. Expatriou-se ao começar a guerra civil na Espanha. Trabalhou muitos anos como professor de literatura no Wellesley College, em Massachussetts, EUA, no período de 1940 a 1958, onde viveu com sua família e escreveu boa parte de sua obra, tendo sido também tradutor de Valéry. Dentre seus livros destacam-se Cántico (1950), Clamor (1963) e Y Otros Poemas (1973).
 

TEXTOS EN ESPAÑOL   /   TEXTOS EM PORTUGUÊS
 

ESTATUA ECUESTRE

 

Permanece el trote aqui,

Entre su arranque y mi mano.

Bien ceñida queda así

Su intención de ser lejano.

Porque voy en un corcel

A la maravill fiel:

Inmóvil com todo brío.

!Y a fuerza de cuánta calma

Tengo en bronce toda el alma,

Clara em el cielo del frio!

 

 

GALLO9 DEL AMANECER

 

(Sombras aún. Poca escena.)

Arrogante irrumpe el gallo.

— Yo.

      Yo.

         Yo.

            !No, no me callo!

 

Y alumbrándose resuena,

Guirigay

De una súbita verbena:

— Sí.

      Sí.

        Sí.

          !Quiquiriquí!

 

— !Ay!

Voz o color carmesí,

Álzate a más luz por mi,

Canta, brilla,

Arrincóname la pena.

 

Y ante la aurora amarilla

La cresta se yergue: !Sí!

(Hay cielo. Todo es escena.)

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Henriqueta Lisboa

 

        

ESTÁTUA EQÜESTRE

 

Permanece o trote aqui

entre o arranque e minha mão.

Bem seguro fica assim

seu desejo de evasão.

Porque vou sobre o corcel

esplendidamente fiel:

imóvel com todo o brio.

E à força de quanta calma

Tenho do bronze toda a alma

Clara neste céu de frio.

 

 

GALO DO AMANHECER

 

Meia sombra. Pouca cena.

Arrogante irrompe o galo.

— Eu.

      Eu.

        Eu.

Não, não me calo!

 

E resplendendo ressoa,

tartamelo

de uma véspera festiva:

— Sim.

        Sim.

            Sim.

Quiquiriqui!

 

— Ai!

Voz ou cor de carmim,

eleva-te à luz por mim,

canta, brilha,

desafoga-me esta pena.

 

E diante da aurora pálida

levanta-se a crista: — Sim!

(Aberto o céu. Tudo é cena.)

 

 

 

Extraído de

 

POESIA SEMPRE – Revista Semestral de Poesia.  ANO 4 – NÚMERO 7 – JULHO 1996.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 1996.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

               

Traduções de Antonio Miranda:

 

Aquel jardín

Para mis amigos de aquel Alcázar.

Muros.
         Jardin bien gozado
por los pocos.
                   ¡No hay pecado!

Perfección ya natural.
Jardín: el bien sin el mal.

Buen sosiego. No hay descanso.
Tiembla el agua en su remanso.

Tan blanca está esa pared
Que se redobla mi sed.

En más agua la blancura
De la cal se tranfigura.

Fresquísima perfección.
La fuente es mármol y son.

Animal que fuese planta,
El surtidor se levanta.

¡Sílfide del surtidor.
Malicia más que temblor!

Canto en el sussurro suena
Si em mi soledad no hay pena.

¿Pena tal vez? A un secreto
De penumbra me someto.

Huele en secreto y me embarga
Con su olor la hoja amarga.

¡Ay! Las dichas me darán
Siempre este olor de arrayán.

Tengo y alo que no tuve:
Mucho azul con poca nube.

El sol quiere esa calma
Sea la suprema palma.

Muros.
          Jardin.
                   Bien ceñido.
Pide a los más el olvido.

 

 

Aquele jardim

 Para meus amigos daquele Alcazar.

 

Muros.
          Jardim bem aproveitado
Por poucos.
          Pecado não existe!

Perfeição já natural.
Jardim: o bem sem o mal.

Bom sossego. Não tem descanso.
Treme a água em seu remanso.

Tão branca está essa parede
Que duplicou minha sede.

Em mais água a brancura
Do cal se transfigura.

Fresquíssima perfeição.
A fonte é mármore e canção.

Animal que fosse planta,
O fornecedor se levanta.

Sílfide do fornecedor,
Malícia mais que tremor.

Soa no sussurro cantor
Se minha solidão não há dor.

Dor talvez? A um secreto
escuro eu me submeto.

Cheira em segredo e me embarga
Com seu odor de folha amarga.

Ai! As venturas me darão
Sempre esta cor de açafrão.

Tenho já o que não tinha:
Azul pleno em céu caminha.

O sol quer que esta calma
Seja a suprema palma.

Muros.
                Jardim.
                      Bem cingido.
Pede aos demais o olvido.


Quiero dormir

 

Más fuerte, más claro, más puro,
Seré quien fui.

Venga la dulce invasión del olvido.
Quiero dormir.

 

¡Si me olvidase de mí, si fuese un árbol
Tranquilo,

Ramas que tienden silencio,
Tronco benigno!

 

La gran oscuridad ya maternal,
Poco a poco profunda.
Cobije este cuerpo que al alma
— Una pausa — renuncia.

 

Salga ya del mundo infinito,
De sus accidentes,
Y al final del reposo estrellado
Seré el que amanece.

 

Abandonándome a la cómplice
Barca

Llegaré por mis ondas y nieblas
Al alba.

 

No quiero soñar con fantasmas inútiles,

No quiero caverna.

Que el gran espacio sin luna

Me aisle y defienda.

 

Goce yo así de tanta armonía
Gracias a la ignorancia
De este ser tan seguro que se finge
Su nada.

 

Noche con su tiniebla, soledad con su paz,

Todo favorece

Mi delicia de anulación

Inminente.

 

¡Anulación, oh paraíso
Murmurado,

Dormir, dormir y sólo ser
Y muy despacio!

 

Oscuréceme y bórrame,
Santo sueño,

Mientras me guarda y vela bajo su potestad
l firmamento.

 

Con sus gravitaciones más umbrías
Reténgame la tierra,
Húndase mi ser en mi ser:
Duerma, duerma.

 

 

Quero dormir

Mais forte, mais claro, mais puro,
Serei quem eu fui.
Venha a doce invasão do olvido.
Quero dormir.

Se eu esquecesse de mim, se fosse uma árvore
Tranquila,
Ramos que sustentam silêncio,
Tronco benigno!

A grande escuridão já maternal,
Pouco a pouco aprofunda,
Cubra este corpo que à alma
— Uma pausa — renuncia.

Saia já do mundo infinito,
De seus acidentes,
E no final do repouso estrelado
Serei o que amanhece.

Abandonando-me à cúmplice
Barca
Chegarei por minhas ondas e névoas
Á alvorada.

Não quero sonhar com fantasmas inúteis,
Não quero caverna.
Que o grande espaço sem lua
Me isole e defenda.

Que eu goze tanta harmonia
Graças à ignorância.
Deste ser tão seguro que finge
o seu nada.

Noite com suas trevas, solidão com sua paz.
Tudo favorece
Meu prazer de anulação
Iminente.

Anulação, ó paraíso
Murmurante,
Dormir, dormir e apenas ser
E bem devagar!

Ensombrece-me e apague-me,
Santo sonho,
Enquanto me protege e vela sua potestade
O firmamento.

Com suas gravitações mais sombrias
Retenha-me a terra.
Afunde meu ser em meu ser:
Durma, durma.
 

 

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2008; ampliada e republicada em janeiro de 2018



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