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Foto y biografia : wikipedia

 

ALICIA LARDE DE VENTURINO

 

Alice Lardé de Venturino (29 de junho de 1895 – 14 de outubro de 1983) foi uma poeta e escritora salvadorenha. Reconhecida internacionalmente por seus poemas líricos, Lardé também publicou trabalhos científicos. Ela foi reconhecida pela Assembléia Legislativa de El Salvador e pelo governo do Chile, que deram seu nome a ruas e edifícios públicos.

Alice Lardé Arthés nasceu em 29 de junho de 1895, em San Salvador, El Salvador, a filha de Amalia Arthés Echeverría e Jorge Lardé Bourdon. Seu pai era de origem francesa, nasceu em Baton Rouge, Louisiana, chegando a El Salvador, com a idade de onze anos, em 1869. Seu pai era um engenheiro químico e sua mãe era professora. Lardé foi uma de oito irmãos: Jorge, Coralie, Luis, Alice, Maria, Carlos, Enrique e Zélie, e cresceu em uma fazenda perto de Lago Ilopango. A família era rica e as crianças tiveram uma educação privilegiada. Seu irmão Jorge iria se tornar um renomado geólogo e sismólogo, seu irmão Enrique foi um escritor e editor e sua irmã Zélie iria se tornar uma renomada pintora. Carlos tornou-se um cirurgião e se mudou para os Estados Unidos, onde sua filha, Alicia tornou-se a esposa do prêmio Nobel John Forbes Nash Jr.

As primeiras publicações de Lardé saíram na revista Espiral em 1919. A revista era editada por Miguel Ángel Chacón e seu irmão, Enrique, e ela colaborou com eles até 1922. Em 1921, publicou o seu primeiro livro de poesia, Pétalos del alma (Pétalas da Alma), em San Salvador.[8] Em 16 de julho de 1924, casou-se com o sociólogo chileno Agustín Venturino. Publicou mais livros de poesia, como Alma viril (1925), Sangre del trópico (Sangue dos Trópicos, 1925), que foram ambos publicados em Santiago. O casal logo se mudou para Buenos Aires, onde ela continuou a escrever e publicar para o jornal Patria. Enquanto ela estava na Argentina, ela serviu como uma representante de El Salvador para o Encontro Feminista, realizado em 1925. Ela também colaborou com jornais mexicanos, publicando em El Heraldo, Excélsior e La Revista de Yucatán, entre outros. Em 1927, Lardé foi delegada para o Congresso Internacional Feminista em Favor da Paz, realizado no Brasil. Cinquenta e seis de seus poemas foram incluídos no volume 53 da antologia Poesías: colección las melhores poesías (líricas) de los melhores poetas (Poesia: coleção do melhor da poesia (lírica) das melhores poetisas, 1926). Publicou ainda Belleza salvaje (Beleza Selvagem, 1927) e El nuevo mundo polar (O Novo Mundo Polar, 1929) na Espanha. O poeta e membro da Academia Mexicana da Língua comparou-a a Gabriela Mistral e Alfonsina Storni.

Lardé morreu em 13 de outubro de 1983[2] deixando cerca de trinta manuscritos não publicados. Em 1998, um carimbo de postagem com sua imagem foi emitido em uma série sobre personalidades femininas de destaque.[15] Em 2003, ela foi escolhida com um grupo de salvadorenhas notáveis para estar no nome de ruas.[16] A Biblioteca Nacional de El Salvador sediou uma exposição El legado literario de mujeres escritoras em 2016. O evento contou com as obras das três principais poetisas do país de sua época: Lardé, juntamente com Ayala Prudencia e Josefina Peñate y Hernández.

Em 1939, Lardé foi reconhecida no Chile, quando uma biblioteca e uma escola pública foram nomeadas em sua honra. A partir da década de 1940, muitas de suas publicações incluíram produções científicas: La dinámica terrestre y sus fenómenos inherentes (1943), ¿Es la electricidad el origen de la vida y de la muerte? (1943), Mi América: Odisea de un Colegial Salvadoreño a través de Centro y Sudamérica (1946), Fórmulas gráficas prácticas del vitaoculiscopio y oculivita (1950), Electricidad: Alma Mater Universal, Fenómenos Cosmológicos y Biopsicológicos (1954), La frigidez sexual de la mujer (1967), El Volumen Poético Antológico Grito al Sol (1983).

Em novembro de 1976, Lardé foi homenageada pela Assembleia Legislativa de El Salvador e, em 1979, ela foi homenageada pela Unión de Mujeres Americanas como a Mulher do Ano

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

¡OH, ESTA SED ... !

 

 

¡Oh, esta sed de ternura que me seca la bóca,

y que pone en mi alma esa fiebre tan loca!

¡Oh, este ardiente deseo de sentirme querida,

Sin pensar en el hondo amargor de la vida!.. ..

¡Oh, este anhelo infinito de sentirme arrullada

Con la suave caricia de una dulce mirada!.. ..

¡Oh, esta amarga tristeza de saber que los cardos

De mi ruta, no puedo convertirlos en nardos!.. ..

¡Y llevar en el alma la blancura del lirio!

¡Y vivir con la. llama que consume a los cirios!

Y ser astro, ser ave, ser perfume, ser trino,

¡Y tener que cruzar, ignorada, el camino!. ...

 

 

 

 

¡TODO EN VANO!

 

 

Desesperada hui para olvidarte

y llegué enton.ces junto al ancho mar,

Más escuché tu nombre que armoniosas

Las olas repetían sin cesar.

y me alejé de allí con raudo paso

Para ya no escuchar ese rumor,

y hallé una roca que se alzaba adusta,

¡ y vi a tu corazón!

y huí también, y de amargura llena

Mis lágrimas brotaban sin cesar,

Para olvidarte, presta me a!eja¡ba

Caminando al azar.

Mas, ¡Oh dolor"! Al paso hallé un riachuelo

y oí el trinar de un dudce ruiseñor,

y en ellos escuché desesperada

El eco idolatrado de tu voz.

 

 

 

CREPUSCULO

 

Mientras envuelta en velos de trágica belleza

la tarde se desmaya en los brazos del sol,

en el sublime ternura de la naturaleza

el alma mia eleva su plegaria de amor ... !

y mis frases henchidas de ternura y tristeza

se alejan cual ¡palomas hasta donde estás tu .

para posarme en tu alma y besar tu cabeza

llenándote la Vida de serena quietud... !

Todo es silencio y calma en el santo paraje.

¡Nada turba esas horas de poesía y unción ...

El mar, el río, el árbol, el pájaro, el paisaje.

y cuanto hay en la tierra musitan su oración ... !

jY en tanto que el crepúsculo se muere de tristeza

te llama dulcemente todo mi corazón ... !

 

 

 

                            TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

Ó! ESTA SEDE!...

 

Ó! esta sede de afeto que me seca a boca,
e que me põe na alma esta febre tão louca!

 

Ó! este ardente anseio de me sentir querida,
sem pensar no profundo de um olhar inspirador!...

 

Ó!, esta amarga tristeza de saber que os cardos
não posso, em meu caminho, converter em nardos!

 

E levar na alma toda a brancura dos lírios!
E viver com a chama que consomo os círios!

 

E ser astro, ser ave, ser perfume, carinho,
E ter que atravessar, ignorada, o caminho!...

 

        (Tradução:SOLON BORGES DOS REIS)

 

 

 

 

TODO EM VÃO!

 

 

Desesperada fugi para olvidar-te

e cheguei então junto ao amplo mar,
Mas escutei teu nome que harmoniosas
as ondas repetiam sem cessar

e me afastei dali com passo rápido
Para então não escutar esse rumor,
e achei uma rocha que se elevava adusta,
e vi o teu coração!
e fugi também, e de amargura cheia
Minhas lágrimas brotavam sem cessar,
Para olvidar-te, logo me afastava
Caminhando sem parar.
Mas, Ó dor! Logo achei um riacho
e ouvi o trinar de um doce rouxinol,
e deles escutei desesperada
O eco idolatrado de tua voz.

 

.   (Tradução: ANTONIO MIRANDA)

 

 

 

CREPUSCÚLO

 


Enquanto envolta em véus de trágica beleza
a tarde se desmaia nos braços do sol,
na sublime ternura da natureza
a minh´alma elevas sua prece de amor...!

e minhas frases cheias de ternura e tristeza
afastam-se como pombas até onde tu estás
para pousar-me em tua alma e beijar tua cabeça
preenchendo tua Vida de serena quietude...!

Tudo é silêncio e calma na santa paragem.
Nada turva essas horas de poesia e de unção...

O mar, o rio, a árvore, o pássaro, a paisagem
e quanto haja na terra sussurram sua  oração...!
E enquanto o crepúsculo morre de tristeza
te chama docemente todo o meu coração...!

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019

 

 

 


 

 

 
 
 
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