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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://www.uneac.org.cu

 

LUIZ CARLOS SUAREZ REYES

 

(1955 - Manzanillo, Granma)

Diplomado em Letras e Língua Espanhola. Professor de Teoria Literária na Universidade de Oriente, onde também trabalhou como editor da revista Santiago. Foi diretor do Centro Provincial do Livro e de Literatura, en Granma. Reside na histórica cidade de Bayamo. Seu principal livro de poesia é El Regreso del Guerrero (1996), tendo já publicado outras três obras. Em Abril de 1999 recebeu em Cuba o Prémio Nacional Abril por uma história para crianças. Sua poesia transmite serenidade e harmonia, mesmo quando capta aspectos contraditórios do mundo e dos seres humanos.

 

 

LITERATURA.  Revista do Escritor Brasileiro.  No. 17. Ano 1999. Publicação semestral da Editora Códice. Brasília, DF: 1999.   Diretor: Nilto Maciel.  Editor: José Carlos Taveira.     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Tradução ao Português por ARICY CURVELLO:

 

 

CONFISSÃO I

 

Não se movem com descuido minhas mãos .

Mesmo em noites de chuva perguntam,

me buscam em portais,

sítios impensados como sonhos.

Quando quero emudecer,

o raio irrompe na noite

e canto.

 

 

 

OS MENINOS NA TARDE

 

        Para Lúcia Mercedes

 

Que rumor de lonjuras,
sussurram garças na tarde,
partem o tempo com suas asas,
estilhaçam a memória.
Indiferentes, cruzam

o contorno que o sol faz morrer no horizonte,

sem ver os meninos que saúdam

e despedem o voo sem rumo,

que ninguém toca.

Uma casa, longe, arde,

uns papéis, uma noiva - a primeira,

de vestido com flores —,

 

um elefante amarelo,

sua tromba de tempestades.

Os meninos saúdam,

à sua maneira selvagem e pura

vão-se.

As vozes arrastam pedras

como mananciais

e se confundem

no abismo do tempo.

 

 

AS PALAVRAS

 

Empoçam-se detidas,
decapitadas e mudas
não voam mais.
Suas asas pesam,
não sobem

até onde a águia coroa alturas.
De que valem palavras sem amor:

não sonham;

são trechos de sons que se afogam.
Órfãs,

andam nuas,

e povoadas de silêncio

murcham.

 

 

 

INCONGRUÊNCIA

 

A moça que me olha detrás do cristal

desconhece que o morro Pão de Açúcar

desmoronou-se na Colômbia.

Enquanto passa a sua mão coquete e distraída

sobre o jardim de seus cabelos,

um menino pergunta por seus pais,

que dormem soterrados.

A moça é bela,

terrivelmente bela.

Eu, um homem ingrato com os seus,

esqueço-me dos jovens queimando em plena rua,

apago com um sopro de desejo

as mães que na Argentina

perguntam por seus filhos,

e a visto e desvisto sobre o mundo.

 

Aroma de Infância

Entre a casca do limão

e o sumo ardente

dorme aroma de infância,

verde perfumado a lembrança,

todo acre, um pouco tímido.

O rosto do menino olha desde ali.

 

 

 

Página publicada em agosto de 2019


 

 

 
 
 
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