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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fonte: www.cubaliteraria.com/

 

EFRAÍN RODRÍGUEZ SANTANA

 

 

Poeta, prosador e crítico  literário cubano, nasceu em Palma Soriano, em 1953. É autor dos seguintes livros de poesia: El hacha de miel                    (Havana, Ministério da Cultura de Cuba, 1980), Otro ía va a comenzar (S.l.,Verbum, 2000), Arqueros (Havana, Unión, 2000),  Un país de agua (Havana, Letras Cubanas, 2003), entre outros. Editou uma antologia de Gastón Baquero, intitulada La patria sonora de los frutos (Havana, Letras Cubanas, 200?), e é também autor da novela La mujer sentada (Havana, Letras Cubanas, 2002). No momento, alterna residência entre Havana  e São Paulo. 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

POEMAS CURTOS

 

Inéditos, extraídos da revista SIBILA 12, ano 7, 2007.

 Para ler outros textos da excelente revista SIBILA entre em

http://www.sibila.com.br/Home.html

 

 

 

Alambrada

 

    Alguien espera en la noche,

    dos almohadas sucias

    y unos papeles escritos y invocados.

    Alguien espera una noticia,

    una noticia para todos,

    que darán las emisoras al amanecer.

    El amanecer, el amanecer, el amanecer.

 

 

Mudos

 

    Pueblo de mudos

    mientras más se habla

    más se enmudece

    un pueblo de mudos

    unas banderas de papel.

 

 

Un no decir

 

    Yo no diré nada públicamente,

    ese parece ser un problema de conciencia,

    repito que no diré nada,

    y es mi decisión a pesar de las evidencias

    no es que me quede callado por falta de argumentos,

    es que no diré nada a nadie.

 

 

El dedo indica

 

    Subir es el pánico de los recién llegados a la Isla,

    allí em las alturas tendrán que demostrar su destreza,

    a cambio recibirán como cada uno de los participantes

    la famélica sonrisa, la mano fría, una invitación de los perros.

 

    En la Isla hay una corte de perros y un coro de ladridos.

 

    Se trata de subir y de llegar a la cúspide,

    al azul de Mitilene, a la balaustrada de yeso impoluto.

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Traduções: Régis Bonvicino

 

Cerca de arame

 

    Alguém espera durante a noite,

    dois travesseiros sujos

    e uns papéis escritos e invocados.

    Alguém espera uma notícia,

    uma notícia para todos,

    que as emissoras darão ao amanhecer.

    O amanhecer, o amanhecer, o amanhecer.

 

 

Mudos

 

    Povo de mudos

    quanto mais se fala

    mais se cala

    um povo de mudos

    umas bandeiras de papel.

 

 

Um não dizer

 

    Não direi nada publicamente,

    esse parece ser um problema de consciência,

    repito que não direi nada,

    é minha decisão final apesar das evidências,

    não é que fique calado por falta de argumentos,

    é que não direi nada a ninguém.

 

 

O dedo indica

 

    Subir é o pânico dos recém-chegados à Ilha,

    lá nas alturas terão que demonstrar sua destreza,

    em troca receberão como cada um dos participantes

    o sorriso famélico, a mão fria, um convite dos cachorros.

 

    Na Ilha há uma corte de cachorros e um coro de latidos.

    Trata-se de subir e de chegar ao cúmulo,

    ao azul de Metilena, à balaustrada de gesso impoluto.




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