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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

CINTIO VITIER

(1921 )

 

Poeta, ensayista, narrador y crítico cubano nacido en Cayo Hueso, Florida, en 1921.
Doctorado en Leyes, ha ocupado importantes cátedras en la Escuela Normal para Maestros de La Habana y en la Universidad Central de Las Villas. Es Doctor Honoris Causa de la Universidad de La Habana, de la Universidad Central de Las Villas y de la Universidad Soka de Japón.


Su poesía descrita por él mismo como "el testimonio de un silencio que ha querido expresarse", constituye un valioso aporte a las letras hispanas. «La voz arrasadora», «Examen del maniqueo» «Compromiso» y «Torre de marfil, son algunas de sus mejores piezas poéticas.


Ha obtenido numerosas distinciones entre las que sobresalen: el Premio Nacional de Literatura en 1988, el Premio Juan Rulfo en el año 2002, el título de Oficial de Artes y Letras de  Francia  y la medalla de la Academia de Ciencias de Cuba.

 

Fuente: http://amediavoz.com/vitier.htm

 

Iniciou suas publicações em 1938 com Poemas, cujo prefácio é de Juan Ramón Jiménez. Depois reuniu-se ao grupo Orígenes, como um de seus princi­pais integrantes e publicou Sedienta cita (1943). Após a edição de vários cader­nos, apresentou seu grosso volume Vísperas (1953), e a partir desse livro toda sua obra lírica foi reunida em Testimonios (1968). Outras de suas obras são La fecha al pie (1981). Viaje a Nicaragua (1987) e sua Antología poética (1981). Vitier é um dos mais notáveis ensaístas cubanos. Seu livro Lo cubano en la poesía (1958) já é um clássico do gênero. Sua poesia se distingue por sua conceptualização e pela precisão da linguagem. Em 1989 lhe foi outorgado o Prêmio Nacional de Literatura.

VIRGILIO LOPEZ LEMUS

 

TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

LA VOZ ARRASADORA

 

Esta es la voz de un contemplativo, no de un hombre de acción.

Ambas razas, las únicas que realmente existen, se miran con recelo.

Es verdad que ha habido gloriosas excepciones, aunque bien

mirados los rostros, bien oídas las voces,

la sagrada diferencia se mantiene, y aún se torna trágica.

Pero el contemplativo entiende y muchas veces ama el rayo de la

acción. Casi nunca lo contrario ocurre.

Esta es la voz absorta de un oscuro, de un oculto, que ha tenido

peregrinas ambiciones.

Enumerarlas sería realizar un inventario del delirio.

Baste decir que ha querido romper los límites del fuego en las

palabras

y ha vuelto al círculo del hogar con un puñado de cenizas.

No, sin duda no lo comprenderéis, salvo los que sois del indecible oficio.

Se entiende a un pescador, a un viajante, a un maestro, a un asesino.

Estos hombres se alimentan de lo que hacen; hasta sus sueños y

sus fantasmagorías son quehaceres, hechos.

¿Cómo entender a uno que no ha poseído nunca nada; que no ha

tocado una cosa desnuda de alusión;

que sólo vive y muere en el mundo de lo otro, en el inalcanzable

reino de las transposiciones:

a uno que, de pronto, necesita escribir, como se necesita la

comida o la mujer?

Su suerte es dura, extraña también, irrenunciable. Y sin embargo

o por lo mismo, ya no me preguntéis,

cada vez que oye la voz arrasadora de la vida, arroja su fantástico tesoro

y sale cantando y llorando y resplandeciendo, y va silencioso

a ocupar el puesto que le asignan.

 

Marzo de 1960.

 

(De: Testimonios, 1968)

 

 

EXAMEN DEL MANIQUEO

 

Cuántas veces ha sido humillada tu soberbia:

la soberbia del maniqueo.

Cuántas veces has tenido que beberte las lágrimas de hiel

de no ser puro como un ángel.

 

¿De qué vale sutilizar los argumentos?

— Sí, has colaborado con todo lo que odias,

 con la múltiple, infinita cara del mal.

¿En mínima medida? ¿Sólo por omisión? ¿Sólo para ganar el pan?

Nada puede consolarte.

— Nada: porque mientras menos o más irrechazable haya sido tu

complicidad,

 más esencial es tu miseria,

y mientras creías estar amparando en tu casa a los dioses siempre

derrotados,

no eras más que un oscuro obrero de la monstruosa construcción.

 

 

 

Y así, cuando llegues a la presencia de tu Señor, no podrás decirle:

fui puro, no pacté, no mezclé mi alma con las tinieblas,

sino tendrás que confesarle: soy

esta mezcla deleznable,

me fue impuesto el insulto de la promiscuidad,

tuve que dar al César lo que es del César.

y al cuerpo lo que es del cuerpo,

soy uno más, perdido y manchado, en el rebaño,

— quise salvar la luz, pero no pude.

 

 

18 de Septiembre de 1963

(De: Testimonios) 1968)

 

 

COMPROMISO

 

¿Comprometido? iA fondo, nupcialmente!

iDeseo: to real que se ilumina!

Si no rompe el futuro no hay presente.

Si no quiere el minero, ¿a qué la mina?

 

¿Militante? iSin duda, de la frente

al corazón la aurora me domina!

iAmargo, como el mar, abiertamente

me entrego a la pelea cristalina!

 

La dedico a la luz, la doy al viento.

Nada me pertenece, ni un instante

que no sea de todos pensamiento.

 

La justicia es mi ser desesperante,

el que no alcanzo nunca. iA muerte siento

que vivo enamorado, hacia adelante!

 

20 de julio de 1967

 

 

TORRE DE MARFIL

 

La política está llegando a la raíz del mundo,

a los átomos,

a los electrones.

 

El cielo parece libre,

los árboles, ajenos a la historia,

la mariposa, ausente del periódico.

 

Todavía

podemos ir al mar

y pensar en los griegos,

o, tal vez, sumergirnos

en la feroz frescura del olvido.

 

Naturaleza, en suma

(aquí donde no caen bombas,

todavía)

es una torre de marfil inesperada.

 

Mas no hay que preocuparse, pues ya será la última.

Los dispositivos están situados en el centro de la flor.

 

Enero de 1967

(De: Testimonios, 1968)  

 

Extraídos de VINTE POETAS CUBANOS DO SÉCULO XX; seleção, prefácio e notas de Virgilio López Lemus. Trad. Alai Garcia Diniz, Luizete Guimarães Barros.  Florianópolis:Editora de UFSC, 1995. 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Trad. Alai Garcia Diniz, Luizete Guimarães Barros.  

 

 

Cintio Vitier en foto exclusiva del poeta y fotógrafo
Enriquye Hernández de D´Jesús.

 

A VOZ ARRASADORA

 

Esta é a voz de um contemplativo, não de um homem de ação.

Ambas as raças, as únicas que realmente existem, se olham com receio.

É verdade que houve gloriosas exceções, embora bem vistos os rostos,

bem ouvidas as vozes,

a sagrada diferença se mantém e mais ainda se toma trágica.

Mas o contemplativo entende e muitas vezes ama o raio da ação.

Quase nunca ocorre o contrário.

Esta é a voz absorta de um obscuro, de um oculto, que teve peregrinas

ambições.

Enumerá-las seria realizar um inventário do delírio.

Baste com dizer que quis romper os limites do fogo nas palavras

e voltou ao círculo do lar com um punhado de cinzas.

Não, sem dúvida não o compreendereis, salvo os que sois do indizível ofício.

Entende-se um pescador, um viajante, um mestre, um assassino.

Estes homens se alimentam do que fazem; até seus sonhos e suas

fantasmagorias são afazeres, fatos.

Como entender alguém que não possuiu nunca nada; que não tocou

uma coisa despida de evasão;

que só vive e morre no mundo do outro, no inatingível reino das

transposições:

alguém que, de repente, necessita escrever, como necessita comida ou mulher?

Sua sorte é dura, estranha, também irrenunciável. E no entanto

ou por isso mesmo, não me pergunteis mais,

cada vez que ouve a voz arrasadora da vida, lança seu fantástico tesouro

e sai cantando e chorando e resplandecendo, e vai silencioso ocupar

o posto que lhe cabe.

 

Março de 1960.

(De Testimonios, 1968)

 

 

ANALISE DO MANIQUEISMO

 

Quantas vezes foi humilhada sua soberba:

a soberba do maniqueísmo.

Quantas vezes você teve que beber suas lágrimas de fel

por não ser puro como um anjo.

De que te vale sutilizar os argumentos?

— É verdade, você colaborou com tudo que odeia,

com a múltipla, infinita cara do mal.

Em alguma medida? Só por omissão? Só pra ganhar o pão?

Nada pode te consolar.

— Nada: porque por mais ou menos irrecusável que tenha

sido sua cumplicidade o essencial é sua miséria,

e por mais que você achasse que estava amparando em sua

casa os deuses sempre derrotados,

você não era nada mais que um obscuro operário

da monstruosa construção.

E assim, quando chegue à presença de seu Senhor, não

poderá dizer-lhe:

fui puro, não conchavei, não misturei minha alma com as trevas,

mas você terá que lhe confessar: sou

esta mistura desprezível,

me impuseram o insulto da promiscuidade,

tive que dar a César o que é de César

e ao corpo o que é do corpo,

sou mais um, perdido e manchado, no rebanho,

— quis salvar a luz, mas não pude.

 

18 de setembro de 1963

(De: Testimonios, 1968)

 

 

COMPROMISSO

 

Engajado? Até O fundo, nupcialmente!

Desejo: o real que se ilumina!

Se não se rompe o futuro não há presente.

Se não me interessa o mineiro, por que a mina?

 

Militante? Sem dúvida, linha de frente

ao coração a aurora me domina!

Amargo, como o mar, abertamente

me entrego à peleja cristalina!

 

Dedico-a à luz, dou-a ao vento.

Nada me pertence, nem um instante

que não seja de todos pensamento.

 

A justiça é meu ser clamante,

o que não alcanço nunca. Apaixonado

resisto até a morte, sigo adiante!

 

20 de julho de 1967

 

 

TORRE DE MARFIM

 

A política está chegando ao cerne do mundo,

aos átomos,

aos elétrons.

 

O céu parece livre,

as árvores, alheias à história,

a borboleta, ausente do jornal.

 

Ainda

podemos ir ao mar

e pensar nos gregos,

ou talvez nos submergir

na feroz frescura do esquecimento.

 

Natureza, em suma

(aqui onde ainda não caem

bombas)

é uma torre de marfim inesperada.

 

Porém não há com que se preocupar, porque esta será a última.

Os dispositivos estão situados no centro da flor.

 

Janeiro de 1967

(De: Testimonios, 1968)

 

Extraídos de VINTE POETAS CUBANOS DO SÉCULO XX; seleção, prefácio e notas de Virgilio López Lemus. Trad. Alai Garcia Diniz, Luizete Guimarães Barros.  Florianópolis:Editora de UFSC, 1995. 

 

 



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