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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

ADRIÁN RAFAEL MORALES GONZÁLEZ


 

(Sancti Spíritus, Cuba, 1972). Licenciado en Filología de la Lengua Inglesa por  la Facultad de Lenguas Extranjeras de  la Universidad de La Habana; editor,  periodista  y  traductor. En  la  actualidad  funge  como  editor  de  la revista Refugios y redactor del periódico Dominican Today. Reside en Santo Domingo, República Dominicana, donde es corresponsal de Alhucema: Revista de Literatura y Teatro, que se publica en Granada, España. Sus poemas han visto la luz en revistas de Cuba, México, España, Estados Unidos, Reino Unido y Brasil. Su cuento “La familia Morgan” aparece en la antología bilingüe “Cuentos de amor y de abandono”, publicado por la Editora Abril (Cuba) y ARCI (Italia). Obtuvo en 2002 el Premio ESTI a  la Prensa por su artículo “El traductor: ¿ente anónimo o creador?”, que otorga la Unión de Periodistas de Cuba (UPEC) y el Equipo de Servicios de Traductores e Intérpretes (ESTI). 

 

 

Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía.  Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009.

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL    /     TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

A LA HABANA

 

Amo el trono interior de tu pobreza

tus dunas y circunvalaciones

inútil creer que no me escuchas

cuando superas

los límites anónimos

y te posas medio imperceptible

en mi selva intemporal fgurativa

ya sé

que vuelves derrotada

ya sé

que sueñas de rareza

hoy

orientaré mi brújula

hacia el desolado santuario

de tus cavilaciones.

 

 

PRIMERA MORADA: REVOLUCIÓN

 

La mole de gente se concentra

calva

ante el portón de cuencas

se han quitado las vendas y las espinas

se disponen a cruzar

se arriesgan

se irritan

sobre nuestras cabezas

los alquimistas de sueños intentan arreglar

los engranajes de la vida

restaurar la rueda del tiempo

para que épocas transparentes y vacías

partan ágiles en el tren de las cinco

buscamos en el veneno de la serpiente

la hoja estrellada de limbo roto

seguimos el hilo de la telaraña

hasta el centro del laberinto

el remolino ruge y nos persigue

se traga nuestro manantial de sonrisas

los vientos alisios se han dado a la fuga

a pesar de nosotros mismos

fundamos el océano

trajimos los peces y las algas

y cambiamos el sabor de la neblina

la complejidad se diluyó en mi camisa

y amé tu rostro de día gris

de otoño suspendido

en los ojos del destino.

 

 

NAUFRAGIO

 

         A Chiquita, un día de enero

 

Manos en desuso

roban tu fatiga

iluminan la madrugada

con pupilas sordomudas

alcanzo el límite

te beso

desgranas mi sexo

y no lo noto

ausente manera de avergonzarme

te bebes mis andanzas

mientras naufrago

en tus túneles sonámbulos.

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Gladys Mendía

 

ADRIÁN RAFAEL MORALES GONZÁLEZ

 

 

(Sancti Spíritus, Cuba, 1972). Licenciado em Filología da Língua Inglesa pela Faculdade de Línguas Estrangeiras da Universidade de Havana. Editor, jornalista e tradutor. Na actualidade funge como editor da revista Refúgios e redactor do jornal Dominican Today. Reside em Santo Domingo, República Dominicana, onde é corresponsal de Alhucema: Revista de Literatura e Teatro, que se publica em Granada, Espanha. Seus poemas viram a luz em revistas de Cuba, México, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. Seu conto “A família Morgan” aparece na antología bilingüe “Contos de amor e de abandono”, publicado pela Editora Abril (Cuba) e ARCI (Itália). Obteve em 2002 o Prêmio ESTI à Imprensa por seu artigo “O tradutor: ¿ente anónimo ou criador?”, que outorga a União de Jornalistas de Cuba (UPEC) e a Equipe de Serviços de Tradutores e Intérpretes (ESTI).

 

 

A HAVANA 

 

Amo o trono interior de tua pobreza

tuas dunas e périplos

inútil achar que não me escutas

quando superas

os limites anônimos

e te posas médio imperceptível

em minha selva intemporal figurativa

já sê

que voltas derrotada

já sê

que sonhas de rareza

hoje

orientarei minha bússola

para o desolado santuário

de teus cavilações.

 

 

PRIMEIRA MORADA: REVOLUÇÃO 

 

O bloco de gente concentra-se

careca

ante o portão de conchas

tiraram-se as vendas e as espinhas

dispõem-se a cruzar

arriscam-se

irritam-se

sobre nossas cabeças

os alquimistas de sonhos tentam arranjar

os engrenagens da vida

restaurar a roda do tempo

para que épocas transparentes e vazias

partam ágeis no comboio das cinco

procuramos no veneno da serpente

a folha estrelada de limbo rompido

seguimos o fio da teia de aranha

até o centro do labirinto

o redemoinho ruge e persegue-nos

engole-se nosso manancial de sorrisos

os ventos alísios deram-se à fuga

apesar de nós mesmos

fundamos o oceano

trouxemos os peixes e as algas

e mudamos o sabor da neblina

a complexidade se diluiu em minha camisa

e amei teu rosto de dia cinza

de outono suspendido

nos olhos do destino.

 

 

NAUFRÁGIO 

 

              A Chiquita, num dia de janeiro

 

Mãos em desuso

roubam tua fadiga

alumiam a madrugada

com pupilas surdo-mudas

atinjo o limite

te beijo

debulhas meu sexo

e não o noto

ausente maneira de me envergonhar

te bebes minhas andanças

enquanto naufrago

em teus túneis sonâmbulos.

 

 

 

Página publicada em abril de 2009

 


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