Usted no entendió nada
Yo quería dibujarte mí país,
anotar mi dirección con el revés de una fractura.
Que viéramos juntos el último amanecer,
verte recorrer, de espaldas el tramo hacia el avión.
Tal vez fue todo culpa de una hamaca,
por incómoda,
o la lluvia que te dejó atrapado en mi automóvil,
o porque soy muy guapa,
entonces te asustabas.
Pero
no hubo tiempo para memorizar tus manos,
la marca de jeans que usás,
ni la manera de articular tus labios cuando besan.
Hubiera querido tener una hamaca cómoda,
ver el último amanecer que nos quedaba,
peleamos,
preguntarte el segundo apellido.
Você não entendeu nada
Eu queria desenhar-te meu país
anotar meu endereço com o reverso de uma fratura.
Que víssemos juntos o último amanecer,
ver-te recorrer, de costas o percurso ao avião.
Talvez foi tudo culpa de uma rede
incômoda,
ou da chuva que te deixou encerrado em meu carro,
ou por eu ser muito atraente,
então te asustavas.
Mas
não houve tempo para memorizar tuas mãos,
a marca do jeans que usas,
nem a maneira de articular teus lábios quando beijam.
Quisera ter uma rede cômoda,
ver o último amanecer que nos restava,
brigamos,
indagar teu segundo sobrenome.
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