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Doce Poetas de Costa Rica –III
Selección y notas de Ana Wajszczuk

publicados originalmente en la revista VOX
Bahía Blanca, Argentina senda@criba.edu.ar 
Traduções ao português de Antonio Miranda
)

 

MARIA MONTERO
(1970-    )

 

Poeta, escritora y periodista. Em 1985 obtuvo el Premio Joven Creación de la Editorial Costa Rica por su poemario El jugo conquistado. Publicó además La mano suicida (Ed. Perro Azul /ICI, 2000). Ha participado de festivales internacionales de poesía en diversos países y sus poemas fueron compilados en numerosas antologías.


TEXTO EN ESPAÑOL y/e TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

La única luz del mundo

(De La mano suicida)

 

La única luz del cuarto

ilumina la mirada de Oscar Wilde

sentado hace un siglo al lado de su amante.

 

Mis palabras han muerto.

Nada puede salvarlas ya

de esa arquitectura que pone su

acento en las órbitas vacías.

Donde ellas estuvieron

sólo me queda una pared

iluminada por el tedio.

 

La única luz del cuarto

no me permite el mundo.



A única luz do mundo

(De La mano suicida)

 

A única luz do quarto

ilumina o olhar de Oscar Wilde

sentado há um século ao lado de seu amante.

 

Minhas palavras morreram.

Nada pode mais salvá-las

dessa arquitetura que põe seu

acento nas órbitas vazias.

Onde elas estiveram

só me resta uma parede

iluminada pelo tédio.

 

A única luz do quarto

não me garante o mundo.

 

 

 

 

 

 



 

 



Paisaje

(De La mano suicida)

 

Mientras camino por la ciudad

yo tampoco llevo zapato

y voy con la esperanza

de no ser la voz de nadie.

 

No quiero escuchar ni ver

ni ser el perfume que imprime las calles

de una nostalgia tan difícil.

 

Mi lengua arrastra el filo de otra latitud,

el sabor de una cicatriz,

y sabe que su gracia

sólo habita en la intimidad

de un dolor más grande.

 

Mientras camino por la ciudad

sé que no soy nada

y sólo lanzo mis palabras

como quien lanza una botella

al otro lado del muro.



Paisagem

(De La mano suicida)

 

Enquanto caminho pela cidade

eu nem calço sapatos

e vou com a esperança

de não ser a voz de ninguém.

 

Não quero escutar nem ver

nem ser o perfume que impregna as ruas

de uma saudade tão difícil.

 

Minha língua arrasta o fio de outra latitude,

o sabor de uma cicatriz,

e sabe que seu dom

só habita a intimidade

de uma dor ainda maior.

 

Enquanto caminho pela cidade

sei que nada sou

e só lanço minhas palavras

como quem lança uma garrafa

do outro do muro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 

 

 

Siglo pasado

(Inédito)

 

La palabra no puede ser algo tan fácil. Tiene que haber

algo menos que sangre para decir sangre, tal vez músculo

en la sombra, vientre liso y maldito.

No tan fácil como casa o serpiente. No tan anunciado

como mujer.

Algo menos que hijo para decir hijo. Tal vez lengua,

infamia, peste fraguada en la ceguera.

La palabra no puede ser algo.

No tan fácil a menos que hiera. No tan anunciado como la

Muerte. Tal vez piedra para decir tal vez.

 

La palabra no puede ser algo tan fácil. Tiene que haber

algo menos que odio para decir odio. Tal vez ruinas,

escombros en el cuerpo.

No tan fácil como sed o probeta. No tan anunciado como fiera.

Algo menos que amor para decir amor. Por lo que más

quieran. Tal vez foso, graznido, hierro lejano.

No puede ser algo la palabra.

No tan fácil delante de los otros. No tan anunciado a

menos que muerda. Tal vez silencio para no decir nada.

Una palabra menos obliga a más.

La palabra no puede ser. No si se desboca. No en su contra.


Século passado

(Inédito)

 

A palavra não pode ser algo tão fácil. Tem que haver

algo menos que sangue para dizer sangue, talvez músculo

na sombra, ventre liso e maldito.

Não tão fácil como casa ou serpente. Não tão anunciado

como mulher.

Algo menos que filho para dizer filho.Talvez língua,

Infâmia, peste forjada na cegueira.

A palavra não pode ser algo.

Não tão fácil a menos que fira. Não tão anunciado como a

morte. Talvez pedra para dizer talvez.

 

A palavra não pode ser algo tão fácil. Tem que haver

algo menos que ódio para dizer ódio. Talvez ruínas,

escombros no corpo.

Não tão fácil como sede ou proveta. Não tão anunciado como fera.

Algo menos que amor para dizer amor. Pelo que mais

queiram Talvez fosso, grasnido, ferro remoto.

Não pode ser algo a palavra.

Não tão fácil diante dos outros. Não tão anunciado

a menos que morda. Talvez silêncio para não dizer nada.

Uma palavra a menos obriga a mais.

A palavra não pode ser. Não sei se desemboca. Não em seu contra.


















 





 

 



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