ENCUENTRO

(De Estocada Final)

En el museo ya la miraba.

Y hacía intentonas por acercarme.

Afuera

la lluvia la llamaba desde un territorio

inexacto.

Ni la tumba de los antiguos.

Ni los retratos de los grandes gobernadores del país.

Su silueta se agitaba sobre el cañón del atrio.

Yo también hice mi esfuerzo

Sobre ese influjo que me trascendía.

Pero sus ojos no cayeron sobre mí.

Fue atraída, lánguidamente,

hasta la primera escalinata

                            y la segunda.

La lluvia y la mujer

Se atenazaron en un rápido encuentro.

Y escuché toda la tarde risas:

volantas entre los árboles derruídos.

Eu a olhava no museu.

E fazia tentativas para aproximar-me.

Lá fora

a chuva chamava-a desde um território

inexato.

Nem a tumba dos antigos.

Nem os retratos dos grandes governadores do país.

Sua silhueta se agitava sobre o canhão no átrio.

Eu também me esforcei

sobre esse influxo que me transcendia.

Mas seus olhos não pousaram em mim.

Foi atraída, languidamente,

Até à primeira escalinata

                               e à segunda.

A chuva e a mulher

se atenazaram num rápido encontro.

E escutei toda a tarde risos:

voantes entre as árvores derruídas.

Se dormes, que tipo de navio

poderia lançar-se à água?

Que pássaro haveria de pertencer à paisagem?

Nem ervas que flutuem.

Nem falsos méis que bem dos mortos.

Santo desnudo, um menino entra e sai pela madrugada.

JARDÍN

(De Estocada final)

Eres la criatura más triste que explora mi corazón.

Ojos de quejas ávidas

y manos que no toman el debido voltaje.

Epidermis contenida

en tu bello vaso de falsedad.

Sonrisa que diriges con cautela.

Como si alguien violara tu jardincillo generoso

y abrileño.

Me haces exclamar perdón, perdón

Sin que nadie lo exija de mi rostro embozado.

En el fondo no puedes dormir.

Siempre hay algo que hace falta. Rúnico.

Algo sin altura a nuestra propia puerta

Nada es más triste que verte fingir

que no eres de este reino

donde yo me visto de santo salvaje.

És a criatura mais triste que explora meu coração.

Olhos de queixas ávidas

e mãos que não elegem a devida voltagem.

Epiderme contida

em teu belo vaso de falsidade.

Sorriso que diriges com cautela.

Como se alguém violasse teu jardinzinho generoso

e abrilesco.

Me fazes exclamar perdão, perdão

Sem que ninguém o exija de meu rosto embuçado.

No fundo não podes dormir.

Sempre há algo que faz falta. Rúnico.

Algo sem altura em nossa própria porta.

Nada é mais triste que te ver fingir

que não és deste reino

onde eu me visto de santo selvagem.