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Foto: http://letralia.com/276/articulo03.htm

 

TOTO TREJOS

(1969-1999)

 

 

Hector Carlos Trejos

 

Obra poética: Poemas de amor y desamor (Manizales, 1994); Ahasverus (Manizales, 1995); Manos ineptas (Medellín, 1995).

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

TENORIO, Harold Alvarado.  Ajuste de cuentas.  La poesia colombiana del siglo XX.  Con un prólogo de Antonio Caballero.   Palma de Mallorca, España: Agatha, 2014.     662 p.   16,5x21,5 cm.  ISBN 978-980-6523-85-2   

 

Al filo de las palabras

 

Sé que vivo en medio de cuchillos,

que circundo hojas de navajas,

que debo caminar recto

y no volver a mirar para ningún lado.

 

En una palabra, donde quiera,

acecha el peligro, el abismo

que puede malograrme para siempre.

 

Pero, ¿quién me guiará para que elija

las palabras correctas?

¿Quién me advertirá a tiempo

cuál me hará sangrar,

cuál me traerá el bálsamo,

cuál el laurel?

¿Cuáles me harán cometer

menos errores y más aciertos?

¿Cuáles me atacarán por la espalda?

¿Cuáles, bienhechoras, servirán

para hablar con los Dioses?

¿Cuáles dirán que no quise

mis amigos se fueran,

y no otra cosa?

 

También quisiera conocer,

¿Quién asentirá lo que haga con ellas?

¿Quién me brindará, luego de saberlas,

un saludo, una sonrisa

y me quitará

el título —mal ganado— de ser su déspota

y no su indefenso empleado,

pues no sé cómo vine a poner mi cabeza

en estas latentes guillotinas?

 

¿Cómo es que estoy expuesto

—por voluntad propia—

al filo de las palabras?

 

 

Monólogo de Hölderlin

 

Inconsciente o no, emprendí el viaje

hacia los dioses de la inspiración

para robar el verbo divino

que no pusieron en nuestros labios.

Menesteroso, a falta de carro de fuego

fabriqué mi propio motor de palabras

(¡Qué mejor incendio para un alma atormentada!)

Subí con la mayor arrogancia que brindaba mi edad;

así que hube de abandonar

la familia y los amigos,

abandoné el pequeño mundo conocido,

abandóneme a mí mismo.

El reto lo asumí, sin advertir las consecuencias,

sin ni siquiera comprar el boleto de regreso,

y me aproximé, me aproximé tanto

que creí sentir en mis manos

el poder de escribir lo sublime,

pero Ellos,

que corrigen o rectifican el rumbo

hicieron lo último conmigo.

Castigaron mi osadía, devolviéndome abajo.

trastornando mi cabeza.

Perdido de la posibilidad de la luz,

Caí a lo más hondo,

haciendo reverencias a todo aquel

que se me pusiese al frente,

incluso hasta proclamarme

el más humilde de los seres.

Lo que intenté hurtar y me devastó,

algún día, con el tiempo —así no lo quieran

los Dioses— se reconocerá como Poesía.

 

 

 

Fábula del dragón

 

Mientras dormía,

soñaba con un vasto incendio

inducido y avivado por las lenguas

de humo y fuego que exhalaba.

No sabía que entre las llamas

estaba la humana doncella.

Enterado de su pesadilla

despertó, sobresaltado, buscando

agua para salvar la vida,

buscando agua para apagar su incendio.

Sólo al morir logró beber del río.

 

 

 

Noche sabática

 

Eros no quiso que yaciéramos

e impuso más trabajo a nuestros cuerpos,

a cada instante más sed y más deseos,

hasta perder el control

y la razón se fue a otra parte.

Obedecimos a nuestros instintos,

nos tragamos las palabras.

La dictadura del placer nos consentía,

esa noche de sábado.

Tu recuerdo tampoco descansa en la memoria.

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

 

          No gume das palavras

 

Sei que vivo cercado de facas,
que circundo folhas de navalhas,
que devo caminhar reto
e não mais olhar para os lados.

 

Numa palavra, em qualquer lugar,
espreita o perigo, o abismo
que pode prejudicar-me para sempre.

Mas, quem vai me guiar na escolha
das palavras certas?
Que vai me avisar a tempo
qual me fará sangrar,
qual me dará o bálsamo,
qual o laurel?
Quais me evitarão
os erros e levarão a mais acertos?
Quais me atacarão pelas costas?
Quais, benfazejas, servirão
para dialogar com os Deuses?
Quais vão me dizer que não quis
que meus amigos se fossem,
e não outra coisa?

 

Também quisera conhecer,
quem consentirá o que fizer com elas?
Quem me brindará, ao ouvi-las,
um cumprimento, um sorriso
e vai me tomar
o título — mal conquistado — de ser sei déspota
e não seu indefeso empregado,
pois não sei como vim instalar minha cabeça
nestas latentes guilhotinas?

 

Como será que estou exposto
— por vontade própria —
ao gume das palavras?

 


Monólogo de Hölderlin

 

Inconsciente ou não, empreendi a viagem
até os deuses da inspiração
para roubar o verbo divino
que não colocaram em nossos lábios.
Necessitados, na falta de um carro de fogo
fabriquei meu próprio motor de palavras
(Qual melhor incêndio para uma alma atormentada?!)
Subi com muita arrogância que minha idade permitia;
assim que tive que deixar
a família e os amigos,
abandonei o restrito mundo conhecido,
abandonei a mim mesmo.
O reto eu assumi, sem prever as consequências,
sem mesmo comprar a passagem de volta,
e me aproximei, me aproximei tanto
que acreditei sentir em minhas mãos
o poder escrever o sublime,
mas Eles,
que corrigem ou retificam o rumo
deram-me um final.
Castigaram minha ousadia, colocando-me no meu lugar.
transtornando minha cabeça.
Longe da possibilidade da luz,
fui ao mais fundo,
fazendo as reverências a todo aquele
que se apresentasse,
até mesmo para proclamar-me
o mais humilde dos seres.
O que tentei furtar e me devastou,
algum dia, com o tempo — assim não permitam
os Deuses — haverão de reconhecer como Poesia.

 

 

 

Fábula do dragão

 

Enquanto dormia,
sonhava com um vasto incêndio
induzido e animado pelas línguas
de fumaça e fogo que exalava.
Não sabia que entre as chamas
estava a humana donzela.
Inteirado de seu pesadelo
despertou, sobressaltado, buscando
água salvar-lhe a vida,
buscando água para apagar o incêndio.
Só ao morrer conseguiu beber do rio.

 

 

 

Noite sabática

 

Eros não queria que descansássemos
e impôs mais trabalho aos nossos corpos,
a cada instante mais sede e mais desejos,
até perdermos o controle
e a razão dispersou.
Obedecemos os nossos instintos,
engolimos as palavras.
A ditadura do prazer nos permitia,
nessa noite de sábado.
Tua lembrança tampouco descansa na memória.

 

 

 

Página publicada em julho de 2016.

 


 

 

 
 
 
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