JOHN JAIRO VERA
Médico veterinário, escritor e poeta. Finalista no Prêmio de Poesia “Ciudad de Salamanca” 2007. Publiou “ Tríptico sem idade” (Poemas, 1998).
PEREIRAN SQUARE
(Poema surrealista a la Plaza de Bolívar de Pereira)
Un elefante pasa volando
Tras el néctar jugoso
De las margaritas
Que enmarcan con su oro vegetal
El pedestal del Bolívar-desnudo,
Mientras un dinosaurio
Juega a las escondidas
En la esquina suroeste
De nuestra vivencial plaza.
Este año, como el pasado,
Como hace tres, cinco, dieciocho,
Y otros tantos que mi mente adolescente
Ya no recuerda,
Las margaritas del parque
Volvieron a florecer,
Y Bolívar pensó en apearse,
Pensó tomarse un tinto
Con cualquier transeúnte,
Pensó escaparse para Cartago
Montado en el elefante volador,
Montado en el dinosaurio juguetón. Pero el fantasma de Arenas Betancourt
Con su yarda cuadrada de soldadura metálica se lo impidió.
Este año, las margaritas del parque volvieron a florecer
Pero el elefante volador las destrozó.
VERA, John Jairo. La Lanza de Longinos. Poema. Chinchiná, Caldas, Colombia: Taller Gráfico Call 8 8-58, 2009. 23 p. 9,5x13,5 cm ISBN 978-958-44-5055-5
LA LANZA DE LONGINOS
(fragmento)
II
¡ Ah, mundo... que sanguinario eres!
Infames, los atroces déspotas
que humillan com hambre a sus hijos.
Miserables, em el mundo hay miserables,
dispuestos siempre a lacerar costados.
Empuñan
fieros la lanza de Longinos.
Uno, dos tres... Al mundo hay que acabar.
Ya no son nuestros paisajes amados
un rincón en nuestros sueños añorados.
Hambre, sed, desolación y muerte,
todo se confunde
en una sola palabra:
¡ Hombre !
Prefiero que reinen las fieras
de la selva en la faz de este mundo.
El hombre levantó la lanza de Longinos
y en la más atroz de las bestias
su corazón transformó.
Al amor vilmente codificó
y con el signo del dinero
en la balanza de los falsos valores
a sus congéneres enseñó;
y muchos lo adoraron
y en sus vidas empezaron a buscarlo.
Falsamente la lanza de Longinos los reclutó
como el ejército seguidor de falsos mesías.
¡ Ah... Ya caerá tu falso poder!
Y los humildes como las fieras
en el fondo de la selva
se harán fuertes
y regresarán para derrotarte un día,
mísera lanza de Longinos.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
PEREIRAN SQUARE
(Poema surrealista, homenagem à Praçe Bolívar, de Pereira)
Um elefante passa voando
Atrás do néctar suculento
Das margaridas
Que emolduram com seu ouro vegetal
O pedestal do Bolívar despido,
Enquanto um dinossauro
Joga às escondidas
Na esquina sudoeste
De nossa vívida praça.
Este ano, como no passado,
Como há três anos, cinco, dezoito,
E tantos outros que minha mente adolescente
Já não lembra,
As margaridas do parque
Voltaram a florescer,
E Bolívar pensou em apear,
Pensou em tomar um vinho
Com qualquer transeunte,
Pensou em ir-se para Cartago
Montado no elefante voador,
Montado no dinossauro brincalhão. Mas o fantasma de Arenas
Betancourt
Com sua extensão de solda metálica o impediu.
Este ano, as margaridas do parque voltaram a florescer
Mas o elefante voador as destruiu.
A LANÇA DE LONGINOS
Ah!, mundo... que sanguinário és!
Infames, os déspotas atrozes
que humilham pela fome seus filhos.
Miseráveis, no mundo há miseráveis,
dispostos sempre a golpear-se.
Empunham
ferozes a lança de Longinos.
Um, dois, três... Que o mundo se acabe.
Já não são amadas as nossas paisagens
um recanto em nossos sonhos recordados.
Fome, sede, desolação e morte,
tudo se confunde
numa única palavra:
Homem!
Prefiro que as feras reinem
desde a selva na face deste mundo.
O homem ergueu a lança de Longinos
E na mais atroz das bestas
seu coração se transformou.
O amor vilmente codificou
e com o signo do dinheiro
na balança dos falsos valores
aos congêneres ensinou;
e muitos o adoraram
e em suas começaram a busca-lo.
Falsamente a lança de Longinos os recrutou
como um exército seguidor de falsos messias.
Ah!.. Já desmoronará teu falso poder!
E os humildes, como as feras
nas profundezas da selva
tornar-se-ão fortes
e regressarão para derrotar-te um dia,
mísera lança de Longinos.
Página publicada em novembro de 2016.
|