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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


FERNANDO VARGAS VALENCIA

Fuente: www.mundoculturalhispano.com

 

 

FERNANDO VARGAS VALENCIA

 


 Poeta nacido en Bogotá, en 1984. Abogado de la Universidad Externado de Colombia. Auxiliar de  investigación en  sociología  jurídica en el Instituto de Estudios  Interdisciplinarios de dicha universidad. Estudios  en Literatura y Sociología. Tutor en programas de formación docente en el área de Cultura de la palabra y creación literaria. Ganador de varios concursos. Director de la revista poética Fata Morgana. Incluido en varias antologías de nueva poesía hispanoamericana en Perú, España y Cuba. Invitado a varios encuentros nacionales  e  internacionales de poesía  en Colombia, Brasil  y México. Coordinador del Primer Festival Internacional y Popular del Libro de Bogotá.

 

 Ha publicado: “El Espolio” (2000), “Cuentas del alma” (2001), “Cantos ígneos” (2004) y “Silencio transversal “ (2007).

 

Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía.  Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009.

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL    /     TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

Por-Venir

 

América toda

se estremece

en los ritmos previos,

en el lenguaje tartamudo

de las absolutas liberaciones,

en los dioses

que hicieron del cuerpo

una metamorfosis circular,

un misticismo gárrulo.

América desea profanar la muerte,

volver la mirada

a lo anterior:

Al tiempo propicio

de los hombres

capaces de descifrar los signos

de su voluntad.

 

 

Flatus dei

 

Estamos en la línea más delgada del tiempo,

nos inundamos de nuestra nube de asfxia,

reencontrados en la resurrección de los huesos sumergidos,

tras la Babilonia que se juega sus miembros

a cambio de un segundo más de guitarras y golpes,

de difuntos cuarteados,

de jueces oficiando como psiquiatras.

Estamos en el flo de las mariposas,

sus lenguas nos entregan el pasado en un tablón,

la madera en una totalidad rancia,

los óleos con los que nuestra sangre se va prefjando

como en un simulacro de guerra predilecta.

Las ciudades se enredan en sus asuntos más infames,

venden el humo a cambio de las prisiones,

sus caminos de piedra van oscureciendo

los silencios y las catástrofes,

se va ennegreciendo el árbol varado en los aluviones,

los fósiles se van agrietando bajo los promontorios de metal,

bajo las pulperías hipocondríacas.

Las ciudades se entregan al desplome como en una suerte de orgasmo,

el cadáver sensual de los siglos

se va galopando hacia las periferias

y tú estás esperándome en el Taller de Magia,

te refugias de estos huesos sumergidos con tus huesos en sombra,

con tu hálito delgado de mariposa sucia,

de lengua empolvada por las construcciones circulares,

por la desfachatez de los edifcios

más humanos que nuestras uñas postergadas,

que nuestros dedos agrietados,

que nuestros fusilamientos en las calles,

como anticipándonos al fósil,

a la línea delgada

del tiempo.

 

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Gladys Mendía

 

 

FERNANDO VARGAS VALENCIA

 

Poeta nascido em Bogotá, em 1984. Advogado da Universidade Externado de Colômbia. Auxiliar de investigação em sociologia jurídica no Instituto de Estudos Interdisciplinares de dita universidade. Estudos em Literatura e Sociologia. Tutor em programas de formação docente no área de Cultura da palavra e criação  literária. Ganhador de vários concursos. Diretor da revista poética Fata Morgana. Incluído em várias antologias de nova poesia hispanoamericana em Peru, Espanha e Cuba. Convidado a vários encontros nacionais e internacionais de poesia em Colômbia, Brasil e México. Coordenador do Primeiro Festival Internacional e Popular do Livro de Bogotá.

 

Publicou:  “O Espolio”  (2000),  “Contas  do Alma”  (2001),  “Cantos  Ígneos”

(2004) e “Silêncio Transversal “ (2007).

 

 

Por Por-Vir

 

América toda

se estremece

nos ritmos prévios,

na linguagem tartamudo

das absolutas libertações,

nos deuses

que fizeram do corpo

uma metamorfose circular,

um misticismo gárrulo.

América deseja profanar a morte,

voltar a mirada

ao anterior:

Ao tempo propício

dos homens

capazes de decifrar os signos

de sua vontade.

 

 

Flatus dei 

 

Estamos na linha mais delgada do tempo,

inundamo-nos de nossa nuvem de asfixia,

reencontrados na ressurreição dos ossos submergidos,

depois da Babilônia que se joga seus membros

a mudança de um segundo mais de guitarras e golpes,

de defuntos esquartejados,

de juízes oficiando de psiquiatras.

Estamos no fio das borboletas,

suas línguas entregam-nos o passado num tabuão,

a madeira numa totalidade rançosa,

os óleos com os que nosso sangue se vai prefixando

como num simulacro de guerra predileta.

As cidades se enredam em seus assuntos mais infames,

vendem a fumaça a mudança das prisões,

seus caminhos de pedra vão escurecendo

os silêncios e as catástrofes,

vai-se enegrecendo a árvore varado nos aluviões,

os fósseis vão-se gretando baixo os promontórios de metal,

baixo os mercados hipocondríacas.

As cidades entregam-se ao desaprume como numa sorte de orgasmo,

o cadáver sensual dos séculos

se vai galopando para as periferias

e tu me estás a esperar na Oficina de Magia,

refugias-te destes ossos submergidos com teus ossos em sombra,

com teu hálito fino de borboleta suja,

de língua empoada pelas construções circulares,

pela desfaçatez dos prédios

mais humanos que nossas unhas postergadas,

que nossos dedos gretados,

que nossos fuzilamentos nas ruas,

como nos antecipando ao fóssil,

à linha fina

do tempo.

 

 

Página publicada em abril de 2009

 



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