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ÁNGEL MARCEL

 

 

(Pompilio Iriarte Cadena) Nació en Neiva, en 1945. Es licenciado en Español en la Universidad Pedagógica Nacional, y Master of Arts en la Universidad del Norte de Iowa. Ha sido catedrático de Literatura Hispanoamericana en la Universidad Externado de Colombia y de Humanidades en la Universidad Central. Trasgresión y Anacronismo obtuvo la primera mención de honor en el primer concurso hispanoamericano de poesía "Octavio Paz" en 1988, y un año más tarde ganó el primer premio nacional de poesía "El Alférez Real" de la Universidad del Valle. Actualmente es profesor del Colegio Gimnasio Moderno.

 

(Pompilio Iriarte Cadena.) (1945.) Nasceu em Neiva. É licenciado em Espanhol pela Universidade Pedagógica Nacional, e Master of Arts pela Universidade do Norte de Iowa. Foi catedrático de Literatura Hispano-americana na Universidade Externado da Colômbia e de Humanidades na Universidade Central. Sua obra Trasgresión y Anacronismo obteve a primeira menção de honra no primeiro concurso hispano-americano de poesia “Octavio Paz” em 1988, e um ano mais tarde ganhou o primeiro prêmio nacional de poesia “El Alférez Real” da Universidade do Valle. Atualmente é professor do Colégio Ginásio Moderno.

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  /  TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de Fernando Mendes Vianna 

XV

 

Olvidamos que el mundo es el reflejo

de la palabra sombra en la memoria

y que los ciegos sueñan con la gloria

de contemplar su rostro en el espejo.

 

Olvidamos que fluye el tiempo viejo:

torrente de quietud, dolor de historia

que discurre feliz por la ilusoria

silueta de cristal del vino añejo.

 

Si en la embriaguez del beso no renuncio

a extraviarme en el riesgo más seguro,

mientras encuentro un nombre para el mundo,

 

con la palabra sombra te pronuncio

y en la forma del agua configuro

tu plenitud de cántaro profundo  

 

XV

 

Esquecemos que o mundo é o reflexo

de uma palavra —sombra— na memória

e que sonham os cegos com a glória

de contemplar seu rosto num espelho.

 

Esquecemos que o tempo flui complexo:

torrente de quietude, dor de história,

que discorre feliz pela ilusória

silhueta de cristal de um vinho velho.

 

Se na ebriez do amor não renuncio

a extraviar-me no risco mais seguro,

enquanto encontro um nome para o mundo,

 

com a palavra sombra pronuncio

a tua forma de água, e a configuro

plenitude de um cântaro profundo.

 


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