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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

JUAN CARLOS VERGARA

 

 

Juan Carlos Vergara Barahona nació en Santiago el 22 de diciembre de 1988. Integró la Banda de Rock “Soníbulo” con influencias Post Punk y rock ambiental. Su primer libro “Acida Ternura” será publicado próximamente por Ediciones La Pata de Liebre.

 

Estudia Licenciatura en Literatura, mención Hispanoamericana en la Universidad de Chile.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

ACIDA TERNURA

 

(Selección)

 

 

ACIDA TERNURA

 

Me miro las manos,

 sus arruguitas, pienso;

mis manos, niño antes,

lisas sin imaginar

pechos y nalgas…

    *

es tan tierno

un hombre con la mirada vacía

ipso facto parece que

ya desaparece.

    *

Hay en los cuerpos algo tierno,

        Fugaz.

Hay en los cuerpecitos algo lindo,

        veloz.

se secan, pasan de barro a tierra

de tierra a arena

y de arena a polvo

    y de polvo

       a nada.

    *

Despierta a veces uno algo diferente

con las mismas manos, dedos,

    con la misma mirada vacía,

mismas manos vacías

unos pies lentos,   

el corazón de trapo;

                sin querer uno

                Llora.

    *

De pronto uno se lleva una

sorpresa al verse pelos en la cabeza

piernas colgando en la cadera

caminos por andar, zapatos que calzar

y nombres que

llevar.

    *

Pronto, tiempo vacuo

me miro, ahora, rodillas

poster tempus, masa rígida

para los cementerios.

     *

No hay nada,

no nos queda nada y

a veces aparece un paquetito de galletas,

no sé ustedes,

yo me  pongo

a

Llorar.

 

    *

Cuando los perros se

rascan las orejitas es tan

tierno, no dejan de mirar

- sin mirar- el suelo.

    *

Mirada

avinagrada, cuerpo de

cucurucho, delgadas

lanilla las piernas,

sépase patético,

        de rodillas;

    rezando.

    *

Aquí, nada muy profundo,

epidérmico y vertical,

con piel escuálida,

y viva…

    *

Mirar un hombre dormir,

es tan tierno,

si sin querer por un

ladito se le cae la baba.

    *

Los perros muertos

son tan tiernos,

parece que ni la muerte

les perturba esos ojos

vacíos y hacia adentro.

    *   

Se acerca el gusano,

huraño,

lento por ras de tierra,

no pregunta, se abalanza,

duerme la siesta

sin ojos;

come…y no sabe.

    *

La guata se asoma,

Soberbia, es paciente,

Rota la mierda, se asoma,

Avergüenza soberbia,

    Se asoma.

    *

Que lindo una persona

que no quiere nada

no ansía nada,

se pasea como quien

duerme o despierta

y porque sí.

    *

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

ACIDA TERNURA

 

Vejo minhas mãos,

                            as pequeñas rugas, penso:

                            minhas mãos, menino, antes,

lisas sem imaginar

peitos e nádegas...

*

 

é tão terno

um homem com a mirada vazia

ipso facto parece que

já desaparece.

*

 

Há nos corpos algo terno,

         Fugaz.

Há nos corpinhos algo lindo,

         Veloz.

Se secam, passam de barro a terra

de terra à areia

e de areia a pó

  e de pó

     a nada.

*

 

Desperta às vezes um algo diferente

com as mesmas mãos, dedos,

   com a mesma mirada vazia,

mesmas mãos vazias

uns pés lentos,

o coração de trapo;

         sem querer a gente

         Chora.

*

 

De repente a gente fica

surpreso ao ver cabelos na cabeça

pernas dependuradas da cadeira

caminhos por andar, sapatos de calçar

e nomes que

chegar.

*

 

Pronto, tempo vácuo

me vejo, agora, joelhos

pôster tempus, massa rígida

para os cemitérios.

*

Não há nada,

não nos resta nada e

às vezes aparece um pacotinho de biscoitos,

não sei vocês,

eu me ponho

a

Chorar.

*

 

Quando os cães se

Coçam as orelhas é tão

Tenro, não deixam de mira

— sem mirar — o chão.

    *

Mirada

avinagrada, corpo de

saquinho, delgadas

felpas as pernas,

saiba-se patético,

         de joelhos;

   rezando.

*

Aqui, nada muito profundo,

epidérmico e vertical,

com pele esquálida,

e viva...

*

 

Olhar um homem dormir,

é tão terno,

se sem querer por

lado se lhe escapa a baba.

*

 

Os cães mortos

são tão ternos,

parece que nem a morte

perturba esses olhos

vazios e para dentro.

*

 

Se aproxima o verme,

Intratável,

lento rasteja a terra,

não pergunta, balança,

dorme a sesta

sem olhos;

come... e não sabe.

    *

 

A pança assoma,

soberba, é paciente,

rota a merda, assoma,

vergonha soberba,

         Assoma.

*

Que belo uma pessoa

que não quer nada

não anseia nada,

passeia como quem

dorme ou desperta

porque sim.

*

 




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