Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





JORGE LAGOS NILSSON

 

 

 Nació en Punta Arenas en 1941; salió de Chile en enero de 1974, regresó en septiembre de 2003. Ejerció la docencia y el periodismo en México (1974/75), Venezuela (1976/83) y Argentina (1984/2003).

 

Ha publicado ocho libros. El primero en Chile en 1959 – relatos en comandita con Patricio Guzmán–, los restantes en México –poesía–, Venezuela  –poesía– y Argentina –ensayo, investigación periodística y poesía–, el último en 2002. En 2001 su poemario Altamar/bajamar fue publicado por la revista Fronteras, del Instituto Tecnológico de Costa Rica. Algunos de sus trabajos se han traducido a otros idiomas.

 

Dirige la revista de cultura y política latinoamericana Piel de Leopardo (www.pieldeleopardo.com) y Ediciones del Leopardo.

 

Poemas extraídos de la revista chilena LA PATA DE LIEBRE, dirigida por el poeta Aristoteles España: www.lapatadeliebre.cl

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

POEMAS INEDITOS

 

 

ALTRI TEMPI

 

Aquí llueve / en otra parte una mujer

canta un corrido

(nada hay como la guitarra de México)

 

¿Me habrá perdonado ella la marea

desbordada en la tienda de lona

allá en la playa cerca de Maracay?

 

Dije que no en Buenos Aires hace tiempo

y es con este whisky

volver a abrazarte por los riñones

 

Ninguna historia se escribe para la eternidad

 

Tuve un perro que supo de hambre

una máquina de escribir color verde

y otra mujer que descubrió mi ausencia

 

La mejor manera de terminar es con un disparo

me decía, me digo

Disparé en la noche para no caer entre las flores de setiembre

 

Ciento treinta y ocho días cuento

y contaba no menos de doscientos veinte

sin escribir una línea

 

Me pregunto si éstas valen la pena.       

 

 (Mayo 2005)

 

 

ÁNGELES

 

No vino el ángel / me dejó encadenado

a otra historia que no escribiré

y a la sicología de la mediancohe

 

“Ven”, pedí al ángel. “No quiero los canales codificados

nunca me ha tentado el plástico”

 

Dije: puesto que no soy príncipe en esta vida

ni rey de voz ni de lenguaje / muéstrame

las ventanas que miran hacia la pampa helada

 

Era un ángel de ciencia-ficción

de carbono temporal  / huidizo, incierto, ansioso

 

(Junio, 2005)

 

 

ANTES DEL VINO

 

Contar historias después de comer

y después de contar historias / irse

a dormir con una mujer buena

—y tal vez despertar.

 

Sí, Wilde, se mata lo amado / primero

el filo de los sueños por soñar

luego los sueños soñados

y las aves que agreden antes de amanecer

 

(Es honda la mirada del gato / libre

como la primera llama del incendio).      

 

(Julio, 2005)

 

 

QUEMAR NAVES

 

Las incendias cuando todo lo demás

hase agotado

 

Arden con la facilidad de un cigarrillo

que tira contra el viento

mientras todo ha concluido

 

Los dioses no ciegan al elegido:

le conceden otra mirada

le extienden el invierno

 

Le acercan la montaña que estuvo allí

y que ahora al revés lleva consigo

 

Quemas tus naves –o tus alas–

nada más queda por hacer

La victoria es una derrota infinita

 

En la disyuntiva del fósforo

no es bueno pensar en los retornos imposibles

 

no es bueno convertirse en cartógrafo

de los continentes derruidos

Quedarse o partir es lo mismo

 

Pero las incendias cuando todo lo demás

hase agotado.                            

 (Outubro, 2005) 

 

 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Traduções de Antonio Miranda

 

 

POEMAS INÉDITOS

 

ALTRI TEMPI

 

Aqui chove / em outro lugar uma mulher

canta um corrido

(nada como um violão mexicano)

 

Será que ela perdoou a maré

desbordada na barraca de lona

naquela praia perto de Maracay?

 

Disse que não em Buenos Aires faz tempo

e é com este uísque

voltar a abraçar-te pelos rins

 

Nenhuma história se escreve para sempre

 

Tive um cachorro que conhecia a fome

uma máquina de escrever de cor verde

e outra mulher que descobriu minha ausência

 

A melhor maneira de terminar é com um disparo

me dizia, me digo

disparei na noite para não cair entre as flores de setembro

 

Cento trinta e oito dias conto

e contava não menos de duzentos e vinte

sem escrever uma linha

 

Me pergunto se estas valem a pena.

      

 (Maio 2005)

 

 

 

ANJOS

 

Não veio o anjo / me deixou encadeado

noutra história que não escreverei

e à psicologia da meia-noite

 

“Vem”, pedi ao anjo. “Não quero os canais codificados

nunca me atraiu o plástico”

 

Disse: já que não sou príncipe nesta vida

nem rei de voz nem de linguagem / mostra-me

as janelas que contemplam os pampas gelados

 

Era um anjo de ciência-ficcão

de carbono temporal / fugidio, incerto, ansioso

 

(Junho, 2005)

 

ANTES DO VINHO

 

Contar histórias depois de almoçar

e depois de contar histórias / ir

acostar com uma boa mulher

— e talvez despertar.

 

Sim, Wilde, se mata o amado / primeiro

o fio dos sonhos por sonhar

depois os sonhos sonhados

e as aves que agridem antes do amanhecer

 

(É funda a mirada do gato / livre

como a primeira chama do incêndio).

 

(Julho, 2005)

 

QUEIMAR NAVES

 

Incendeias quando tudo o mais

já se esgotou.

 

Ardem com a facilidade de um cigarro

que se lança contra o vento

enquanto tudo já terminou

 

Os deus não cegam o eleito:

concedem-lhe outra mirada

alongam seu inverno

 

Aproximam a montanha que esteve ali

e que agora, ao contrário, leva consigo

 

Queimas tuas naves — ou tuas asas —

nada mais esta por fazer

A vitória é uma derrota infinita

 

Na disjuntiva do fósforo

Não é bom pensar nos regressos impossíveis

 

não é bom converter-se em cartógrafo

dos continentes derruídos

Ficar ou partir dá no mesmo

 

Mas tu as incendeias quando tudo o mais

já se esgotou.

 (Outubro, 2005)

 



Voltar para a página do Chile Voltar para o topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar