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SIMONE HOMEM DE MELLO 

Fonte: http://festivaltordesilhas.com

SIMONE HOMEM DE MELLO 

Simone Homem de Mello, poeta e tradutora, nasceu em São Paulo (SP) e reside em Berlim, onde atua como libretista de ópera. Publicou o livro de poesia Périplos (Ateliê, 2005) e faz parte do conselho editorial da revista Zunái.

Simone Homem de Mello, poeta y traductora, nació en São Paulo y reside en Berlín, donde actúa como libretista de ópera. Publicó el libro de poesía Périplos (Ateliê, 2005) y hace parte del consejo editorial de la revista Zunái.  

TEXTO EM PORTUGUÊS  /  TEXTO EN ESPAÑOL
 

Kouros

De quem adia
com os olhos
(visionário)
o que acaba  de
se gravar à pele:

deitado ao chão,
o mármore
semilapidado,
dissimula-se às tantas
curvas do relevo,
esquecido do cinzel.

Divaga
(lisa malícia essa,
a que seus lábios
acabam de esboçar)
ainda ao alcance
das mãos, ainda
pouco depois de
a pedra romper,
quem o esculpia
se ausentou
a meio caminho:
e ele,
ele, tosco,
no descampado.

Do mármore, o grafismo
marca traços ausentes,
sua face, sempre outra,
à contraluz. sob um sol
eclipsado,
obscurece: repentino,
ele,
ofuscado pela sombra
interina
(que tanto se pensa
infinda quanto passa),
deslembrado
de cada réstia
de luz já vista.

Aquele instante era sem prazo:
lapso do restante,
não consentia
nenhum depois –
enquanto
o Kouros de Naxos
dorme em Melanes,
sob tamariscos.

Aquela sombra o cegou.
E a boca, entreaberta,
soletrou
(os lábios incharam)
que o êxtase
é um corte

 

Recomendamos:

 

 


Simone Homem de Mello. EXTRAVIO MARINHO. São Paulo: Ateliê Editorial, 2010.   88 p.  formato 15 x 25 cm.  ISBN  978-85-7480-500-9

À venda em livrarias ou diretamente com a editora:  www.atelie.com.br  /  atelie@atelie.com.br


Comentário:   Por detrás da superfície polida e eventualmente polidíssima deste Extravio Marinho, apercebe-se um mundo em explosão ou sempre prestes a explodir, como que em volição magmática, um mundo próprio para vulcanologistas, por assim dizer. Não

pense o leitor que nesse ambiente marinho encontrará apenas gaivotas e conchinhas e marolas, que si las hay; prepare-se, sobremodo, a surfar por empinadas crestas de ondas, e não se esqueça de que por debaixo do espelho do mar escondem-se as maiores fossas do globo, e que submersos são os maiores e mais letais vulcões. Tudo longe da vista,

mas, por verdadeiro, mais perto do coração. HORÁCIO COSTA


 

portal das noivas, catedral de bremen, e o weser nada longe

 

vulto poroso sorve o rio

de fluíres, desego cego

em sua lezíria sem leito:

 

lesa instante, extenua, insta

 

corredia por entre vestes, água de rega

esculpe em pedra intempéries: damas

- cinco em número, espécime sem par -

erodem

 

se cariátides, sob peso de nadas:

 

uma mão sega o que sustinha,

a outra seca ânfora, verte-se

 

sente uma, entre sábias e insensatas, qual?

tenta os céus a vazar entre pernas, ou ávida

 

correnteza:

 

o rio entre margens ciliares, sulco

sem fundo, sem

. 

TEXTO EM ESPAÑOL

Selección: Claudio Daniel
Traducción: Leo Lobos

 

Kouros

los ojos
(del visionario)
han visto lo que acaba de
grabarse en la piel:
 
acostado en el suelo
mármol
semilapidado,
se disimulan tantas
curvas del relieve,
olvidado por el cincel.

Divaga
(lisa malicia,
la que sus labios
acaban de esbozar)
al alcance
de las manos aún
poco después de
la piedra romper,
quien la esculpía
se ausentó
a medio camino:
y él,
tosco,
en el descampado.

Del mármol, grafía
marca trazos ausentes,
su cara, otra,
a contraluz. bajo un sol
eclipsado,
obscurece: de pronto,
él,
ofuscado por la sombra
interina
(que tanto se piensa
infinita cuanto pasa),
sin recuerdos
de cada haz de luz
visto ya.

Aquel instante siempre sin plazo:
lapso del resto,
no consentía
a nadie después –
en cuanto
el Houros de Naxos
duerme en Melanes,
bajo árboles tamariscos.

Aquella sombra lo cegó.
y la boca, entreabierta,
deletreó
(los labios hablarán)
que el éxtasis
es un corte.

* * *

Texto gentilmente enviado pelo poeta e tradutor Leo  Lobos. Página publicada em janeiro de 2008

 Página ampliada e republicada em agosto de 2010



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