SANDRA SANTOS
Sandra Santos (Río Grande do Sul, Brasil 1964). Es la ideóloga del Proyecto Instante Estante, del cual también es editora, conjuntamente con el poeta brasileño Alexandre Brito, iniciativa que promueve a poetas brasileños y latinoamericanos a través de e-books y ediciones en papel en las escuelas del estado. Es directora del Espacio Cultural Castelinho do Alto da Bronze, leyenda cultural urbana de la ciudad de Porto Alegre, donde se desarrollan periódicamente, exposiciones de artes plásticas y fotografía, además de lanzamientos y performances artísticas con entrada liberada. Realiza talleres de escultura, gratuitamente, a las comunidades indígenas y coordina el proyecto “Casa Naîf”, atelier de paisaje de Porto Alegre, en el Castelinho do Alto da Bronze, para hospedar e incentivar la producción artística de pintores primitivistas del interior del estado, del país y América Latina. Sandra Santos desde su infancia escribe versos, en aquella época en un dialecto italiano extinto que agrada a su abuelo Marco Antonio. Hoy lo hace en un dialecto tupi antiguo.
TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de LEO LOBOS (Chile, 2013)
EL DISFRAZ
El disfraz testimonio
de hablas no grabadas
actas no leídas
el disfraz vistiendo
una percha que escondía
un clavo oxidado
el disfraz en luto una sentencia
muda
lo general
poco a poco
olvidando todo
el disfraz y el agujero de la bala
en la solapa de la muerte
TEXTO EM PORTUGUÊS
O Capote
o capote testemunhava / falas não gravadas / atas não lidas // o capote vestia / um cabide que escondia / um prego enferrujado // o capote em luto sentenciava / mudo // e o general / pouco aos poucos / esquecia tudo // o capote e o furo da bala / na lapela da morte
SANTOS, Sandra. Instante estante. Porto Alegre,RS: Castelinho Edições, 2011. 36 p. 11 x 21 cm. Ex. bibl. Antonio Miranda
Doravante Dora
Na noite escura
A luz é Dora
Dourada Dora
Mulher não és
Rabit, Dora?
Entre os sinais
Sinaliza Dora
Entre os espelhos
Já é Senhora
Sem mãe,, sem pai
Sem história
Simplesmente Dora
Dourando ao sol
Dura luz
De Dezembro
É Dora
Café pequeno
No Café Concerto
Entre borboletas
Mariposa é Dora
DuraDoura
Contra a luz
No chafariz
Moeda morta
Meretriz
Menina insiste
Do fundo do fosso
Canção blue
Tema livre
Dora em declive
Teto Escarro Vão
Na noite escura
Luz difusa
Mariposa descontinua
Alguém chora
No beco escorre
Para sempre, Dora
alguém constata
en la hoja
o amor adoeceu
e eu trago
uma dieta de soja
não trago
rojas
mas dispo
nho
sobre a mesa
Métrica
meu verso não tem pé
não é prece nem lamento
não é tese nem testamento
nem tanca nem haicai
nem copla nem rubai
nem soneto nem barroco
nem balada nem barcarola
nem beira-mar
não é satírico nem dramático
não é heróico nem didátíco
não é sáfico não é silva
mas é dos santos:
batológico bestíalógico a brasileirar
Página pubicada em fevereiro de 2013; página ampliada em junho de 2019
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