Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

RUBENS ZÁRATE        

              

Santo André, SP, 1959.Produtor cultural na Secretaria Municipal de Cultura de Diadema, coordenador na Ponto de Cultura Laboratório de Poéticas, professor na rede estadual de ensino de SP. Formação acadêmica: Historiador e antropólogo, Universidade de São Paulo / USP. Publicou Pedra (1978), Barra (1978) e Medium coeli, Campus stellae (1980).

 

TEXTO EM PORTUGUÊS   -   TEXTO EN ESPAÑOL

ANTOLOGÍA DE POESÍA BRASILEÑA, edición de Jaime B. Rosa. Organización Floriano Martins y José Geraldo Neres.  Muestra gráfica y portada Hélio Rôla. Edición bilingüe  Português - Español.   Valencia, España: Huerga & Fierro editores, 2006.  247 p   13,5x21,5 cm.   Poetas: Lucila Nogueira, Glauco Mattoso, Adriano Espínola, Beth Brait Alvim, Contador Borges, Donizete Galvão, Floriano Martins, Nicolas Behr, Jorge Lúcio de Campos, Vera Lúcia de Oliveira, Rubens Zárate, Ademir Demarchi, Ademir Assunção, Leontino Filho, Marco Lucchesi, Weydson Barros Leal, António Moura, Maria Esther Maciel, Rodrigo Garcia Lopes, José Geraldo Neres, Viviane de Santana Paulo, Alberto Pucheu, Fabrício Carpinejar, Salgado Maranhão, Sérgio Cohn, Rodrigo Petronio, Konrad Zeller, Pedro Cesarino, Mariana lanelli. Traductores: Adalberto Arrunátegui, Alfonso Pena, Aníbal Cristobo, António Alfeca, Benjamin Valdivia, Carlos Osório, Eduardo Langagne, Floriano Martins, Gladis Basagoitia Dazza, Luciana di Leone, Margarito Cuéllar, Marta Spagnuolo, Paulo Octaviano Terra, Reynaldo Jiménez e Tomás Saraví. Ex. bibl. Antonio Miranda. 

 

 

[ELES ESCREVEM, ESSES RELÂMPAGOS]

 

Eles escrevem, esses relâmpagos

na carne. Eles escrevem na treva ofuscante da noite

da carne. Eles se escrevem a si mesmos.

Essas luzes,                  

                 esses coriscos se escrevem

na carne, na treva da noite da carne. Luzes
                                   [coriscantes, essas lâminas

na pele, na carne em treva do poema,

 

essas lâminas se escrevem a si mesmas.

Essas luzes fugidias,
                          essas facas,
                                         esses

dentes de cobra negra & sinuosa.
                          Essas adagas se escrevem na treva,

punhal subterrâneo.

 

Essas caudas de escorpião negro

que se escrevem a si mesmas, facas luzindo no breu,

esses gestos de relâmpago, para baixo & para dentro,

essas agulhas de aborto.

 

                             Essa carne sangrenta berrando

nos ganchos dos açougues. Essas luzes consoantes se

escrevem a si mesmas,

na treva ofuscante da noite
                                     de seu próprio poema. Coriscos

afiados, essas arestas elétricas sobre tuas curvas de gata,

 

essas adagas se escrevem na pele. Facão

enterrado no jardim, na treva da noite da terra,

no sangue das ameixeiras sob a carícia de um machado,

 

esses relâmpagos se escrevem. Borram-se

em sua própria seiva negra, escrevem-se

a si mesmos & se rasuram. Escrevem-se & nunca se
                                                                   [apagam:

 

a cicatriz de um clarão não sé fecha.

 

 

[ELLOS ESCRIBEN, ESOS RELÁMPAGOS]

 

Ellos escriben, esos relámpagos

en la carne. Ellos escriben en las tinieblas ofuscantes
                                                          [de la noche

de la carne. Ellos se escriben a sí mismos.

Esas luces,
            esos destellos se escriben

en la carne, en las tinieblas de la noche de la carne.

Luces destellantes, esas hojas

en la piel, en la carne en tinieblas del poema,

 

esas hojas se escriben a sí mismas.

Esas luces fugitivas,
                       esas cuchillas,
                                     esos

dientes de cobra negra & sinuosa.

 

                         Esas dagas se escriben en las tinieblas,

puñal subterráneo.

 

                         Esas colas de escorpión negro

que se escriben a sí mismas, cuchillas luciendo en la brea,

esos gestos de relámpago, para abajo & para adentro,

esas agujas de aborto.

 

                 Esa carne sangrienta gritando

en los ganchos de los mataderos. Esas luces

[centellantes se

escriben a sí mismas,

en las tinieblas ofuscantes de la noche

                                       de su propio poema. Centellas

afiladas, esas aristas eléctricas sobre tus curvas de gata,

 

esas dagas se escriben en la piel. Cuchillo

enterrado en el jardín, en las tinieblas de la noche de

                                                                     [la tierra,

en la sangre de los ciruelos bajo la caricia de un hacha,

esos relámpagos se escriben. Se diluyen

en su propia savia negra, escríbense

a sí mismos & se raspan. Escríbense & nunca se apagan:

 

la cicatriz de un resplandor nunca se cierra.

 

 

Página publicada em julho de 2014

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar