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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


GUILHERME DE ALMEIDA

Fonte: ABL

GUILHERME DE ALMEIDA
(1890- 1960)

Guilherme de Andrade e Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 — São Paulo, 11 de julho de 1969) foi advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro. Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês haikai no Brasil. 11 de julho de 1969.

Foi casado com Belkis(Baby) Barroso de Almeida, cuja união gerou um filho, Guy Sérgio Haroldo Estevão Zózimo Barroso de Almeida, que foi casado com Marina Queirós Aranha de Almeida.

Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema Nossa Bandeira. Ainda, o poema Moeda paulista.

Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.

Guilherme de Almeida pertenceu só episodicamente ao movimento de 1922. Não bastasse sua produção poética, suas atitudes comprovam essa afirmação : foi o primeiro "Modernista"a entrar para a Academia Brasileira de Letras (1930). Em 1958, foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros" (depois de Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano).

Encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, na capital de São Paulo.
Fonte da biografia (extrato): Wikipedia
 

TEXTOS EM PORTUGUÊS -  /  TEXTO EN ESPAÑOL
See also: TEXTS IN ENGLISH

TEXTS EN FRANÇAIS


Veja também: POEMA VISUAL de Guilherme de Almeida

Ver também abaixo: HAICAIS

MORMAÇO

Calor. E as ventarolas das palmeiras
e os leques das bananeiras
abanam devagar
inutilmente na luz perpendicular.
Todas as coisas são mais reais, são mais humanas:
não há borboletas azuis nem rolas líricas.
Apenas as taturanas
escorrem quase líquidas
na relva que estala como um esmalte.
E longe uma última romântica
— uma araponga metálica — bate
o bico de bronze na atmosfera timpânica.


XXXII

Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia, de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço, e hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...
— Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!

         (De Messidor, 1935)


ESSA QUE EU HEI DE AMAR...

Essa que eu hei de amar perdidamente um dia,
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a esta alma escura e fria.

E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração que vela...
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz... —  Tudo isso eu me dizia,

quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste...

E falou-me de longe: “Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!”

         (De Messidor, 1935)


AMOR, FELICIDADE

Infeliz de quem passa no mundo,
procurando no amor felicidade:
a mais linda ilusão dura um segundo,
e dura a vida inteira uma saudade.

Taça repleta, o amor, no mais profundo
íntimo, esconde a jóia da verdade:
só depois de vazia mostra o fundo,
só depois de embriagar a mocidade...

Ah! quanto namorado descontente,
escutando a palavra confidente
que o coração murmura e a voz diz<

percebe que, afinal, por seu pecado,
tanto lhe falta para ser amado,
quanto lhe basta para ser feliz!

         (De Messidor, 1935)

 

Repuxo

                    Fuste fino, frio, fútil,
(Debruçam-se as silhuetas longas, lentas, langues,
como colos de cisnes, na água bamba dos tanques...)

 

                    alvo, aluado, abrindo no alto
(E as silhuetas flexuosas têm elásticos modos
que flutuam no ar, vagarosos como lótus...)

                    folhas, brotos, bolas, bolhas,
(E as silhuetas, sobre a esteira áspera de rugas
crespas, desconjuntam-se em curvas ríspidas, bruscas...)

 

          ocos botões, bouquets loucos...
*E o colar de silhuetas esfarela-se em pérolas
pálidas, pondo na água trêmulas auréolas...)

 

Aos Pés da Cruz

 

Plorans, ploravit in nocte, et lacrymae ejus in

maxllis ejus; rum est qui consoletur eam ex omnibus

charís ejus...

(Lam.,I,Beth*)

 

Como um trapo de vida, aos pés da cruz sucumbo.

Soldou-me o amor de fogo as pálpebras de chumbo

para tudo de belo e bom que o mundo encerra,

para toda alegria esparsa sobre a terra.

Os fanados salões, onde a alma dos minuetes

desmaia no silêncio opaco dos tapetes;

e os leitos aromais como as bocas das umas,

quando o sol é um carvão sob as cinzas notumas,

e os jardins onde a terra, em noites misteriosas,

bebe a volúpia do ar pelos lábios das rosas;

e as fontes de cristal sob os bosques sagrados,

onde há frautas na sombra, e há sustos, e há pecados...

Tudo que é belo e bom eu perdi — triste monja!

E tive a lança, tive os cravos, tive a esponja

de sangue, e fel, e tive a coroa de espinhos.

E meus olhos, no entanto, amargos e sozinhos,

náo vêem ninguém chorando ao pé da minha mágoa:

têm sede — e em vão procuram olhos rasos de água...

 

Ah! se ao menos, ao fim dos meus passos incertos,

eu tivesse por cruz os teus braços abertos!

 

 

*A epígrafe é tirada das Lamentações de Jeremias: “Chorou sem cessar durante a noite, e as suas lágrimas correm pelas suas face; não há quem a console entre os seus amados”. 

 

 

 

ALMEIDA, Guilherme d´.  Nós. Illustrações de Correia Dias.  São Paulo: Officinas d´O Estado de S. Paulo, 1917.  S.p.  16x22 cm. “Lido em sessão pública na redação d´O Estado de S. Paulo, em 16.ix-1916” (...) Foram tirados 15 exemplares de luxo, fora do mercado.”

“Lido em sessão pública na redação d´O Estado de S. Paulo, em 16.ix-1916” (...) Foram tirados 15 exemplares de luxo, fora do mercado.”

               Xxi

Fico - deixas-me velho. Moça e bella,

partes. Estes geranios encarnados,

que na janella vivem debruçados,

vão morrer debruçados na janella.

 

E o piano, o teu canário tagarela,

a lâmpada, o divan, os cortinados:

- "Que é feito della?" - indagarão - coitados!

 

 

E os amigos dirão: - "Que é feito della?"

 

Parte! E se, olhando atraz, da extrema curva

da estrada, vires, esbatida e turva,

tremer a alvura dos cabellos meus;

 

irás pensando, pelo teu caminho,

que essa pobre cabeça de velhinho

é um lenço branco que te diz adeus!

 

 

          Xxxiii

             Xxxiii

          Outomno. As folhas tombam ao sol-poente...
          Num espreguiçamento de folhagem,
          maio boceja pensativamente
          na tristeza infinita da paizagem.

          Folhas soltas ao vento: solto á aragem,
          vae meu ultimo sonho á amiga ausente...
          Inutilmente as arvores reajem,
          e eu reajo tambem inutilmente.

          E sinto, arvore triste e abandonada,
          que já branqueja meu cabello preto,
          que amarelecem arvores na estrada...

          Que o vento vae levar, rumo diverso,
          do ultimo galho e do ultimo soneto,
          a ultima folha e o derradeiro verso!


Guilherme de Almeida

Imagem da folha de rosto da obra

De
Guilherme de Almeida
ACASO
VERSOS DE TODO TEMPO

São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1926.

ALGUÉM PASSOU*

ALGUÉM passou. E a sua sombra,
como um manto que tomba
de um gesto lânguido ficou no meu caminho.

Ora, o sol já se foi e a noite vem devarinho.
E no entanto
a sombra continua,
nítida e nua,
atirada na terra como um manto.

Faz frio.
Corre pelo meu corpo um áspero arrepio...
E um desejo me vem, tímido e louco,
de agasalhar-me um pouco
nesse manto de sombra morna...

                                      Mas alguém
volta na noite pálida:
volta para buscar sua sombra esquecida.

É dia. E, pela estrada melancólica e árida,
vai tremendo de frio a minha vida...

 

* Atualizamos a ortografia do texto.

 

 

ALMEIDA, Guilherme de.  Margem. Poesia. Apresentação Marcelo Tápia. Posfácio Carlos Vogt.  São Paulo: Annablume; Casa Guilherme de Almeida, 2010.  80 p. (Coleção Estudos & Fontes – Casa Guilherme de Almeida, vol. III – Fontes Poesia)  16x23 cm. capa dura. ISBN 978-85-391-0139-9  O livro Margem era inédito até esta primeira edição, póstuma.  Ao final desta edição aparecem imagens fac-similares de algumas das páginas datilografadas do livreto confeccionado pelo Autor.  Col. A.M.

 

Um livro inédito de Guilherme de Almeida. Incrível! Só agora, a Casa que cuida de sua obra e memória traz a público, pela Annablume, este poemário curto, de versos mínimos, no estilo palavra-puxa-palavra, combinados com o estilo dos aforismos, com o desenvolvimento de haikai, e com um lirismo sem retórica, lúdico.  Custou a vir, mas valeu.  ANTONIO MIRANDA

 

Sem
mim
em
mim?
Sim:
FIM

 

O POEMA-INSTANTE
O INSTANTE-FLOR
A FLOR DE ACASO
ACASO HAVIDA
HAVIDA À MARGEM
MARGEM DA VIDA.

 

               SINETE
       
        Álacre
              marca
             a lacre?

            Acre
            milagre:
            lágrima.

 

               CÁ E LÁ

        Aquém
              há além.
       

Além
há quem?

 

ALMEIDA, Guilherme de.  A Frauta que eu perdi ( Canções gregas ).  Rio de Janeiro: Edição do Annuário do Brasil, 1924.  158 p.   13x19 cm.  Col. A.M. 

 

ARTE DE AMAR

 

OLHA aquella fonte agitada:

      como ella é verde quando escorre sobre o musgo

e como ella é prateada

quando se encrespa sobre a areia e os seixos bruscos;

e como ella é de oiro quando deslisa sobre

as folhas mortas de que o outomno soube

fazer flores de fogo frio á flor da terra...

Pela bocca múltipla das aguas, aquella

fonte, um dia, falou-me assim: — «Modela

«por mim o teu amor! E que elle tome, como

«eu tomo,

«a cor do leito em que dorme;

«e seja vario e multiforme

«para que se amolde e caiba,

«como a agua cabe, em qualquer vaso; e que elle cante

«constantemente, como eu canto, um canto verde;

«e que elle mate qualquer sêde;

«e que elle saiba

«possuir a sua amante

«inteiramente, envolvendo-a como a agua envolve

«o corpo da deusa ligeira que se atreve

«a banhar-se, e que, em minha mão liquida e imóvel,

«ainda fica mais leve!»

 

 

SILENCIO

 

CANTOR descuidado das fontes e dos bosques,

     quebra a tua frauía de sete cannas!

Porque dizer o que soffres, o que amas,

o que esperas, o que evocas? Não toques

nunca mais aquellas aladas melodias

com que seguias

o rythmo liquido das fontes

e a dança alta e verde das frondes!

Cala-te! Em vez de uma frauta de canna,

leva um dedo ao teu lábio:

Silencio!

 

O silencio é prudente e sábio:

elle é o único amigo

que levarás comtigo

desta existência para a vida subterrânea.

 

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HAICAIS

HAICAI ou HAIKU – poesia japonesa de 17 sílabas em três versos:o primeiro de cinco, o segundo de sete e o terceiro de cinco.  Define-se o haicai: anotação poética e sincera de um momento de elite. Transpondo-o para o português, em 1936, o autor acrescentou-lhe a rima, fixando a seguinte fórmula:

— —  — —  X
—  0 — — — — 0
— —  — —  X


INTERIOR

Havia uma rosa
no vaso. Veio o ocaso
a hora silenciosa.


BOLHA DE SABÃO

Dirás, quando a vires:
“A bola de vidro rola
debaixo do arco-íris”.

 

PRESENÇA

Hora sem ninguém.
No manso ondear do balanço
de lona está alguém.


PUZZLE


A vida aos pedaços
nos brilhos destes ladrilhos
dos longos terraços.


HISTÓRIA DE ALGUMAS VIDAS

Noite. Uma silvo no ar.
Ninguém na estação. E o trem
passa sem parar.

O POETA

Caçador de estrelas.
Chorou: seu olhar voltou
com tantas! Vem vê-las.


FILOSOFIA

Lutar? Para quê?
De que vive a rosa? Em que
pensa? Faz o quê?


ROMANCE

E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas

 

DONATO, Hernâni.   Revolução de 32. São Paulo: Círculo do Livro; Livros Abril, 1982.   224 p.  capa dura.  Sobrecapa.  Capa: José Ramos Neto, com foto cedida pelo Museu da Imagem e do Som. Ex. bibl. Antonio Miranda

Excepcionalmente, a obra inclui dois poemas épicos  Guilherme de Almeida sobre o movimento militar:

 

                         CREDO

                         Creio em São Paulo todo poderoso,
                         criador, para mim, de um céu na terra;
                         e num Ideal Paulista, um só, glorioso,
                         nosso senhor da paz como na guerra,
                         o qual foi concebido nas "bandeiras",
                         nasceu da virgem alma das trincheiras,
                         padeceu sob o jugo dos invasores;
                         crucificado, morto e sepultado,
                         desceu ao vil inferno dos traidores,
                         mas, para um dia ressurgir dos mortos,
                         subir ao nosso céu e estar sentado
                         à direita do Apóstolo-Soldado,
                         julgando a todos nós, vivos ou mortos.
                         Creio no Pavilhão das Treze Listas,
                         na santa união de todos os Paulistas,
                         na comunhão da Terra adolescente,
                         na remissão da nossa pobre gente,
                         numa ressurreição do nosso bem,
                         na vida eterna de São Paulo — Amém!

 

ORAÇÃO ANTE A ÚLTIMA TRINCHEIRA

                Agora, é o silêncio.
 É o silêncio que faz a última chamada. É o silêncio que responde: 'Presente!'

Depois, será a grande asa tutelar de São Paulo — asa que é dia e noite e sangue e estrela e mapa — descendo, petrificada, sobre o sono que é vigília,
E aqui ficareis, Heróis Mártires, plantados, firmes, para sempre neste santificado torrão de chão paulista.
Para receber-vos, feriu-se ela da máxima de entre as únicas feridas, na terra, [que nunca se cicatrizam,
Porque delas uma imensa coisa emerge e impõe-se, que as eterniza,
Só para o alicerce, a lavra, a sepultura e a trincheira se tem o direito de ferir a terra.
E, mais legítima que a ferida do alicerce, que se eterniza na casa, a dar teto para o amor,
          a família, a honra, a paz;
mais legítima que a ferida da lavra, que se eterniza na árvore, a dar lenho para o leito,
                         a mesa, o cabo da enxada, a coronha do fuzil;
mais legítima que a ferida da sepultura, que se eterniza no mármore, a dar  
                         imagem para a saudade, o consolo, a bênção, a inspiração; mais legítima que essas feridas é a ferida da trincheira, que se eterniza na Pátria,
         a dar toda a pura razão de ser da casa, da árvore e do mármore,
Este cavado trapo de terra — corpo místico de São Paulo, em que ora existis, consubstanciados —
          mais do que corte de alicerce, sulco de lavra, cova de sepultura, é rasgão de trincheira.
                         E esta, perene, que povoais, é a nossa última trincheira.

                         Esta é a trincheira que não se rendeu:
                              a que deu à terra o seu suor,
                            a que deu à, terra a sua lágrima,
                            a que deu à terra o seu sangue!
                             Esta é a trincheira que não se rendeu:
                             a que é nossa bandeira gravada no chão

                   pelo branco do nosso Ideal,
                  pelo negro do nosso Luto,
                  pelo vermelho do nosso Coração!
                      a que, atenta, nos vigia;
                      a que, invicta, nos defende;
                      a que, eterna, nos glorifica!

                         Esta é a trincheira que não se rendeu:
                                          a que não transigiu,
                                         a que não esqueceu,
                                         a que não perdoou!

                Esta é a trincheira que não se rendeu:
                a que a vossa presença, que é relíquia,
                            transfigura e consagra num altar
                            para o voo até Deus da nossa Fé!
                            E, pois, até ante este altar, de joelhos,
                                  a vós rogamos:
                             — Soldados santos de 32,

      sem armas em vossos ombros, velai por nós;
      sem balas na cartucheira, velai por nós;
      sem pão em vosso bornal, velai por nós;
      sem água em vosso cantil, velai por nós;
      sem galões de ouro no braço, velai por nós;
      sem medalhas sobre o cáqui, velai por nós;
      sem mancha no pensamento, velai por nós;
             sem medo no coração, velai por nós;
             sem sangue já nas veias, velai por nós;
      sem lágrimas ainda nos olhos, velai por nós;
      sem sopro mais entre os lábios, velai por nós;
      sem nada a não ser vós mesmos, velai por nós;
             sem nada senão São Paulo, velai por nós!"

Guilherme de Almeida.

 

Imagem extraída  de

DIAS-PINO, Wlademir.  A lisa escolha do carinho (Rio de Janeiro: Edição Europa, s.d.  
20,5x20,5 cm.  33 f. ilustradas  (Coleção Enciclopédia Visual).   Inclui versos de 
poetas brasileiros

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TEXTO EN ESPAÑOL

Traducción de Renato de Mendonça

GUILHERME DE ALMEIDA
(1890- 1960)

Poeta, traductor y periodista. Nació en Campinas, Estado de São Paulo, em 1890. Abogado, sin ejercer la profesión, sino la de periodista.  Empieza su producción poéticos en Le marco del parnasianismo simbolista  (de transición entre las dos escuelas) y luego abraza el modernismo brasileño, con domínio de la forma y técnica poéticas.


RAZA
(fragmentos)


Nosotros. Blanco-verde-negro:
simplicidades-indolencias-supersticiones.

El cuarto del huésped y la posada — la hamaca y el cigarrillo de paja —
         el San Benito y las apariciones.

Nosotros. El clán estanciero. Sombra densa de los manglares en el suelo;
nítido recortarse de los plataneros en el aire;

hamacas fláccidas suspendidas en la terraza de las haciendas,
         com acordeones que narran leyendas a la luz de la luna;

amas de casa diligentes haciendo la merienda — pastelillos, dulces —,
         altos mástiles de San Juan;

y la vaca Estrella, el perro Jolí, la yegua Sultana; y el bajo, el alazán, el berrendo,
         el tordillo — espantadizos —; y,a la luz pura de las mañanas límpias,

litigantes echando humo y discutiendo, correa en mano, servidumbres y parcelas;

cosechas pendienes, caballadas, heladas, caminos perdederos, invernadas;

y las carretas de bueyes gimiendo, y los batentes tosiendo, y las azadas tropezando
          al desherbar las tierras de labor;

y la tierra tostada, la tierra torrezmo, la tierra achicharrada en el horno 
         crepuscular de las fogatas

para ver renacer simétriico de los cafetales, en alejandrinos alienados en las cabezas
         parnasianas de las colinas peinadas com lendrera...

estancias de todos los santos; letanías agrícolas salmodiadas por las ruedas
         de las tartanas

con toldos al viento, restralar de látigos, perras gordas a los golfillos, chirriar
         somnoliento de destatalados portones

y galopas por los senderos de la paramera y el retamar hasta subir a lo alto;

y, de las ruinas del viejo caserío de barro y adobes, la ciudad que surje blanca
         de cales como una aparición.

Y ahí, en las tardes pintadas del color rosa de los baúles ingenuos — azul celeste,
         rosa y verde mar —, la procesión.

La procesión! ¡Raza procesional! ¡San Buen Jesús de Pirapora! ¡Nuestra Señora
         de la Aparecida!

Vendedoras ambulantes con tableros, vírgenes, ángeles, hermanos romeros,
         promesas, milagros, subida y bajada

por calvarios de tierra roja, donde la iglesia agazapada se arrodilla crucificada
         entre dos farolas;

ladrones de besos en las esquinas, donde viven las muchachas morenas,
         detrás de las celosías bajo los aleros de los caserones,

con azulejos y florones de loza, siempre vivas en los jardines y jazmineros
         em los pabellones,

conchas y caracolas en las cascadas tristes que cantan coplas en las
         veladas brasileñas...

Huertas del arrabal — casa de tierra amasada, casas agachadas bajo
         la sombra apacible de los pomares en flor,

y abriéndose al bochorno, tras los portones de hierro com perros y
         leones de cemento, claraboyas de vidrios de colores...

Guitarras en los cerros mulatos — machichas, toses, pitos y aguardientes
         a la luz de los velones;

cohetes, cervezas electorales — la protesta indolente — y el soñar
         com la loteria em las noches inquietas...

                            (De Raza, 1925)

 

De

9 POETAS DEL BRASIIL
una antología de Enrique Bustamante y Ballivian.
Lima: Centro de Estudios Brasileños,  1978
109 p.


 

TARDE

 

Tarde gran tarde

verdadera

sin estrella vespertina ni ponientes color de ojeras

ni Angelus ni juritis pero con palmeras

donde nunca canto ningún sabiá.

Tarde auténtica en que hay

apenas el calor, la humareda pesada

y el estruendo hueco de los troncos verdes en la quemada grande,

teatral

como un crepúsculo artificial.

 

 

NOCTURNO

 

Los últimos vientos del dia

sacuden las ramas como una horda holgazana

de malhechores sutiles errantes

al acaso.

             Y la noche monstruosa cae

de los árboles como un fruto de sombra

pesado y blando que se achata sobre la tierra.

 

 

HUMORISMO


Sosiego dócil de la tarde.
                                     Um sol cansado
pasa por su rostro sudado
una nubecita blanca como un pañuelo
para enjugar las primeras estrellas.
                                                     Silencio.
Y el sol va caminando sobre los montes tranquilos,
va dormitando.  Y de repente
tropieza y cae redondamente
bajo el pateo de los sapos y la silbatina de los grillos.

 

 

 

FIGUEIRA, Gaston.  Poesía brasileña contemporânea (1920-1946)  Crítica y antologia.   Montevideo: Instituto de Cultura Uruguayo-Brasileño, 1947.  142 p.   18x23 cm.  Col. A.M.

 

LOS  LAGOS

 

Amo los grandes lagos de albas aguas tranquilas.

Con pestañas .de juncos, ellos son las pupilas

de la tierra, mirando el cielo, allá, a lo' alto:

alas, astros, la clara amplitud de cobalto.

 

Si el cielo se entristece, triste está el lago. CuanDo

se alegra el cielo, el lago se alegra y, espejando

la vida azul del aire, sorbe luz y colores.

Y sus aguas postradas de penas interiores

son un trozo de cielo exilado en la tierra.

Pero en la órbita —liqúenes y arena— que lo encierra,

en su seno en que vive tanto ser singular,

bajo blancos nenúfares de tranquilo bogar,

sin reflejos de cielo, sin temblores de insecto,

el lago es siempre el mismo, tan impasible y quieto.

 

Bajo un cielo de amor, alto, inconstante y vago,

una noche soñé que mi alma era un lago.

 

 

ESTANCIA V

Sobre la pureza

 

"Sé igual al espejo calmo e indiferente

que, reflejando lodo y flor,

es siempre el mismo, inalterablemente!

Sé pura" —díjome el Señor.

 

Pero si yo dijese a mi espejo, algún día:

"Sé siempre puro" — al decir tal

mi hálito de fuego empañaría

la superficie del cristal...

 

CUATRO SIGLOS DE POESÍA BRASILEÑA.  Introd., traducción y notas de Jaime Tello.         Caracas: Centro Abreu e Lima de Estudios Brasileños; Instituto de Altos Estudios de        América Latina; Universidad Simón Bolívar, 1983.   254 p     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Traducción de Jaime Tello: 


       VELOCIDAD


        

        ¿No se acuerdan del gigante de botas de siete leguas?
        Allá va: cruzando, en su vuelo de alas ciegas,
        las distancias…
                     y dispara
                         y no para
                              ni repara
        hacia los lados
                 hacia el frente
                       hacia atrás…
                           va como un paria…
        Y va llevando una bola enredada de cintas:
        cintas
             azules,
                  blancas,
                       verdes,
                           amarillas…
                                imprevistas…
        Va cruzando el viento: — y el viento, soplando cada vez más
         desenreda la bola, peinando con dedos de aire
        la fina cabellera de tiras
                 cintas,
                    fajas,
                       listas…
        Y las estira,
                    las empuja,
                          las tensa,
                               las tira bien para atrás:
        y los colores retensos suben, baja, SIN-PRISA,
        paralelamente,
                 paralelamente,
                       horizontales,
        sobre la espantada cabeza del Pulgarcito.



       
EPÍGRAFE

       
Yo perdí mi flauta salvaje
        entre los cañizos del lago de vidrio.

        Juncos inquietos de la orilla;
        peces de plata y cobre bruñido
        que vivis en la vida móvil del agua;

        cigarras de los altos árboles;
        hojas muertas que despertais al paso alípedo
              de las ninfas algas,
        lindas algas limpias :
        —si encontrareis
        la flauta que perdí, ¡ venid, todas las tardes,
        a inclinaros sobre ella ! y oiréis los secretos
        sonoros que mis labios y mis dedos
        dejaron olvidados entre
        los silencios ariscos de su vientre.                      
      

 

 

 

TEXTS EN FRANÇAIS

 

GUILHERME DE ALMEIDA

 

Né à Campinas (Sâo Paulo) en 1890.

Ses premiers livres le firent connaître dans tout le Brésil par la finesse de son style et le naturel de son lyrisme. Il se trouva à la tête du mouvement mo¬derniste de Sâo Paulo et, depuis la revue Klaxon jusqu'à l'apparition de ses poèmes de Meu et Raça, il va de hardiesse en hardiesse. Mais son sens épuré de la mesure, du goût et de l'équilibre, présent dans toutes ses œuvres, le préserva d'une certaine ivresse révolutionnaire où la plupart de ses contemporains puisèrent leur élan. Guilherme de Almeida entra à l'Académie brésilienne d'une façon d'autant plus attendue que ses livres y avaient été déjà couronnés. Bref, sa poésie devient classique, faisant prévoir sa place future dans les manuels scolaires. La clarté de sa langue, la sûreté de sa manière, qui nous font voir en lui un artisan à la fois désinvolte et impeccable, sont les meilleurs garants de la qualité de sa poésie.

Il vit toujours à Sâo Paulo dans une activité toute acquise aux lettres, au journalisme et à renseigne¬ment. Il reçut le titre de « Prince des Poètes » après la mort d'Olegârio Mariano (1958).

Bibliographie : Nos (Nous), 1917; A dança das horas (La danse des heures), 1919; Livro de horas de soror Dolorosa (Livre d'heures de sœur Dolo-rosa), 1920; Era uma vez... (Il était une fois...), 1922; Meu, 1925; Raça, 1925; Encantamento, 1925; Simpli-cidade, 1929; Cartas à minha noiva (Lettres à ma fiancée), 1931; Você (Toi), 1931; Cartas que eu nâo mandei (Lettres que je n'ai pas envoyées), 1932; O anjo de sal, 1951 ; Tôda a poesia, 1953, 6 vol. — Traductions : Gitanjali (de Rabindranath Tagore) ; Toi et Moi (de Paul Géraldy) ; Poetas de França, 1936; Flores das flores do Mal (de Baudelaire), 1944; Paralelamente a Verlaine, 1944, etc.

 

TAVARES-BASTOS, A. DLa Poésie brésilienne contemporaine.  Antologie réunie, préfacée  et traduite par…   Paris: Editions Seghers, 1966.  292 p.   capa dura, sobrecapa.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

CHANT MATINAL

Je chante un chant matinal. L'herbe
est brillante de rosée :
Il semble que les étoiles sont tombées des ténèbres
sur la terre fraîche. Sur la branche
du pin, un écureuil rapide
mord la pulpe d'une pomme acide.
Les faunes sont sortis des buissons et leurs figures
jouent dans la lumière humide.
Ils portent la jeune sève dans leurs membres doubles.

Je chante un chant matinal. Seule ma voix
métallique coupe l'air froid. Les gardiennes de chèvres
sur le chemin de la montagne
se retournent au rythme de mes paroles.
La lumière horizontale trempe
leurs yeux et leurs cheveux. Toutes, eles
chantent un chant matinal. Leur chant est doux
comme la chanson des sirènes.
        Derrière elles,
comme une nef sur les vagues tranquilles,
navigue le jour aux voiles blanches.

«   A   FRAUTA   QUE   EU   PERDI »

 

MESSE NOIRE

Les bras velus d'un cactos
lèvent vers un ciel lumineux et haut
comme un autel le calice d'une fleur rouge en cuivre bruni.
        Les grillons sonnent des clochettes grêles
argentines.
        Et tout le monde se met à genoux.
Les arbres aux fichus noirs
prient au vent frappant leurs poitrines.

Et sur la fleur du cactus la lune monte
dans une blanche et muette élévation.

                   « MEU »

 

RACE
(Fragment)

Nous, donataires, caciques, zambis ? Pas du tout !
         Des poètes et des poètes, des poètes et des poètes !
Rythme du sang, rythme de la terre, rythme de la vie : —
         du sang qui coule dans les corps brûlés et sains ;
         des fleuves qui coulent dans la chair de la terre ;
         de la vie qui coule sillonnant de routes la peau
         du sol...

Rythmes blancs, rythmes verts, rythmes noirs —
         hoquets de forçats
         râle des carcans
         halètement sous le joug...

Rythmes de voix lointaines —
         chansons d'amour d'outre-mer
         trompettes fauves
         mouvements de nombrils indolents...

Rythmes de couleurs
         sur les nerfs blasonnés
         sur les armes ornées de plumes
         sur les raies des pagnes-

Rythmes de danses arrosées de sueur
         autour de la meule
         autour de la hutte
         autour du cachot...

Rythmes aux lignes tourmentées —
         épis de matures
         tatouages sauvages
         angles âpres...

Rythmes lâches de lumières —
         torches de processions
         phosphorescences de lagunes
         bûchers survolés de chauves-souris...

Rythmes courbés de tristesse —
         solitude des blancs
         nostalgie des verts
         banzo des nègres-

Rythmes de cœurs battants —
         cœurs navigateurs
         cœurs idolatres
         cœurs sorciers...

Rythmes amazoniques d'eaux impétueuses aux
         caravelles
         pirogues
         navires-négriers...

Rythmes aux vents libres qui ont rempli les voiles balancé les hamacs fouetté des reins...

 

Rythmes paralytiques  du silence  immobile étendu sur
         les capitaineries
         les huttes
         les quilombos...

Rythmes des ombres longues —
         agenouillées aux proues
         agrippées aux arbres
         accroupies dans les ténèbres désertes...

Donataires, caciques, zambis ? — Pas du tout !
         Des poètes et des poètes, des poètes et des poètes !

Je regarde, dans la nuit, la Croix du Sud :
ma croix d'étoiles, ma croix mal faite, ma croix imparfaite,
                                                                dont la lumière
dessine sur le sol de mon pays mon ombre aux bras ouverts,
                                                                 énormes, bleus,
mon ombre qui veut l'étreindre et se crucifie sur elle, ma croix
                    divinisée par le signe de la Croix...

« RAÇA »

 

PRINTEMPS

Tu arrives si printanière que les chemins
accourent en demandant des fleurs à tes pieds ;
l'amour des ailes improvise des nids
sur l'arbre plein de secrets que tu es.

Tu es aussi tout le paysage : étangs
paisibles de soleil et d'azur dans tes seuls yeux ;
dans ta pensée, rivières d'inquiétude ;
et dans ta voix des perspectives de chansons.

Tu t'en vas. Le jour embrasse l'ombre que tu effeuilles.
Des cieux du soir tombent des plumes. Et tu cueilles
la bouche d'une étoile et plonges
dans l'eau du soir le geste blanc et nu.
Tu disparais. Et de tes traces dépeuplées,
— sans fleurs, sans nids, sans eau et sans chansons,
pas même l'ombre, plume et étoile du passé —
surgissent des forêts et des constellations.

                            «   O   ANJO   DE   SAL »

 

LE DÉMON VERT

Le démon vert écaillé d'étoiles s'est endormi.
         Ses colliers de fleuves furieux
son manteau de selves hautes
ses doigts aux troncs épais
chargés de bagues aux champignons maudits
ses yeux aux marais troubles de mystère
et son haleine
rude de rafales — dorment sous le secret
silencieux du ciel blême
tout tremblant d'étoiles   et de peur.
Et sur sa tête faite de montagens
parmi les cheveux verts aux branches libres
le croissant de la lune souterraine
plante deux cornes.

                   « MEU » - 1925.

HADAD, Jamil Almansur, org.   História poética do Brasil. Seleção e introdução de  Jamil Almansur Hadad.  Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio         Abramo.  São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943.  443 p. ilus. p&b  “História do Brasil narrada pelos poetas. 

HISTORIA DO BRASIS – POEMAS

DESCOBRIMENTO DO BRASIL

AS TRÊS RAÇAS-

 


A CARTA DE PERO VAZ CAMINHA

 

..................

Cansados da singradura
do caminho que faziam
já de mui muita grandura,
e no cuidado em que se iam|
falando à ondas d´amores,
os mareantes nem viam
que da rota divergiam;
que águas arreadas de flores,
d´aves e d´ervas compridas
alvíssaras lhe traziam
de terras desconhecidas.

E acordados d´um sonho, qual se fosse,
mais do que o sonho, a realidade doce,
assi falando em gran contentamento
deram novas a El-Rei deste achamento

 

— “A terra em tal maneira é graciosa,
e é toda praia chã e tão formosa,
e o arvoredo é tão muito,
tão diverso de fruito;
e os homens e as mulheres quartejados
de cores, tão gentis  tão curados,
com seus corpos apenas
assetados de penas
como São Sebastião;
e as aves de tão vária casta são;
tamanha é a terra e de muito bons manjares,
tanta a gente, que o bem contar
fora mister usar
mais palavras que as ondas têm de bolhas,
de astros do céu, as árvores de folhas,
de areias estas praias, de lamentos
e ais o cantar guaiado destes ventos...
Alfim, tão à la vvez é boa e doce
a gente e a terra, e tal folgança causa
que, cremos,
Deus sque nos por aqui trouxe
certo que não foi sem causa”...

 

       (CANTAR DOS CANTARES – Publicado este fragmento
in “Almanaque do Estado de São Paulo” para 1940).

 

 

 

AS TRÊS RAÇAS

 

...................

 

Vieram senhores de pensão e caldeira, de baraço e cutelo,
senhores cruzados,
lavradores, Nemrods, amantes, guerreiros, vestido de ferro,
de seda, de arminho, de coiro,
que bebiam, trovavam, terçavam e tinha falcões em alcândoras
de oiro;
que foram tostar peles loira nas longes cruzadas, chapeados de
sol;
que sonharam amores e lendas dormindo com moiras no castelo
de Almourol;
que ergueram a cruz contra o crescente, em guerras valentes de
de terra e de fora;
que levaram a mão à cruz da espada quando amaram a mulher e
e amaram a glória;
que cruzaram os mares do Acaso, de braços cruzados, indiferentes
em frente da morte;
que trouxeram a cruz nos cruzados de prata, no mastro mais rijo,
na verga mais forte,
na vela mais larga da galera mais alta beijada pelo beijo das ondas
salgadas,
salgadas como os olhos inquietos das que ficaram de braços abertos,
lá longe, pregadas
na cruz da distância, no cruzeiro ingênuo do arraial, com guitarras e
fados,
chorando, chorando, chorando de —soledade  - soidade — saudade —
dos seus namorados...

 

 

 

*

 

Página ampliada e republicada em março de 2023

 

 


 

 

Página publicada em dezembro de 2008; ampliada e republicada em janeiro de 2011; amplaida e republicada em dezembro de 2012. AMPLIADA e republicada em janeiro de 2014; Ampliada em novembro de 2017



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