ELSON FRÓES
Elson Fróes nació en São Paulo en 1963. Escribe poesia y prosa, además de dedicarse a la poesía visual, participando en varias exposiciones. Traductor de cummings, Blake, Shakespeare, Plath, Ungaretti, Girondo. Actualmente mantiene en internet los sites Pop Box y Kamiquase (este dedicado exclusivamente a la obra de Paulo Leminski). Ver mais poemas do autor em
http://www.elsonfroes.com.br/efverso.htm
POESIA VISUAL DE ELSON FRÓES
Extraída de
http://www.vermelho.org.br/noticia/272185-1
Rancor, não! (1986) v.2
Autopsia das utopias (frame da animação) (1986)
Ode vertical (1991)
Este poema visual utiliza a tipografia do "Alfabeto vertical", poema de Décio Pignatari da decada de 70, que ele batizou Franklinstein. O meu poema Ode vertical pedia por uma tipografia assim, então a converti em fonte true type. Na visita que fiz ao Décio em 97 levei para ele meus poemas visuais, a animação de que fiz de seu poema Organismo e esta fonte.A secção das palavras, em blocos de três letras sobrepostos na vertical, cria um ritmo de repetições que destacam as similaridades verbo-visuais. A ‘mancha’ na página resulta num campo de tensão, pois a visualidade está voltada para a materialidade dos signos, entre a simetria e o movimento, pondo em relevo os níveis harmônicos que subjazem ocultos na grafia corrente dos vocábulos, numa sintaxe elaborada intercódigos, não decorativa, que visa criar uma semântica visual que se equipare à paronomásia e ao anagrama do código verbal ... Se tomássemos o poema por remédio, estas seriam, na bula, as ‘propriedades’... Integra minha seleção no Ubuweb.
TEXTOS EM PORTUGUÊS / TEXTOS EN ESPAÑOL
[ traducciones de R.J.]
Textos extraídos da revista TSÉ=TSÉ n. 7/8
otoño 2000. Buenos Aires, Argentina.
Inclui textos em formato bilingue de 30 poetas brasileiros.
AA BERTOLD BRECHT
Ler é questão de largura
a capacidade de enfiar milhares
de pequenas contas num único fio
O entendimento rompe-o
milhares inesperadas contas
rolam em liberdade
Pensam que o saber
é tirar contas dentre milhares
de um vidro e enfiá-las
num fio de pequenos colares
Prefere-se sabe-las rolando
ao chão
Ler é questão de largura
a capacidade de enfiar
milhares de pequenas contas
num fio imaginário
de pequenos colares
O entendimento rolando
solto em liberdade dentro
de um vidro vazio
Pensam que o saber
é tirar contas dentre milhares
de um fio imaginário
e enfiá-las num vidro
Rompendo pequenos colares
o chão rolando
sob o entendimento vazio
AA BERTOLD BRECHT
Leer es cuestión de anchura
la capacidad de hilar millares
de pequeñas cuentas en un único hilo
El entendimento lo rompe
millares inesperadas cuentas
ruedan en libertad
Piensan que el saber
es sacar cuentas de entres millares
de un frasco e hilarlas
en un hilo de pequeños collares
Se prefere saberlas rodando
al suelo
Leer es cuestión de anchura
la capacidad de hilar
millares de pequeñas cuentas
en un hilo imaginário
de pequeños collares
El entendimento rodando
suelto en libertad dentro
de un frasco vacío
Piensan que el saber
es sacar cuentas de entre millares
de un hilo imaginario
e hilarlas en un frasco
Rompiendo pequeños collares
el suelo rodando
bajo el entendimiento vacío
AFORISMOS
o obscuro é um poema de deus sem face
deus é uma face obscura do poeta
o poema é uma face obscura de deus
a face é um poema obscuro de deus
o poeta é um deus do poema sem face
AFORISMOS
lo oscuro es un poema de dios sin faz
dios es una faz oscura del poeta
el poema es una faz oscura de dios
lafaz es un poema oscuro de dios
el poeta es un dios del poema sin faz
SEM CAUTÉRIO
Aqui a ferida
respira enquanto
arde
sua metamorfose
solitária
para saber abrir
flore no ar
à flor da pele
nova
Está aqui e ferve
como se um sol
ardesse prestes
a desatá-la
dor de não saber
incerto tempo
transferir
um eu jorrado
fora
Esta que se recobre
escudo contra
casca sem fruto
polpa em brasa
labora enquanto
segrega sua cola
secreta cicatriz por
coda
Eis aqui o intato
campo de batalha
que o esquecimento
por fim ressecado
cimento tatuado
à superfície remende
e não se relembre
a fúria quando
corta
um sono profundo
SIN CAUTERIO
Aquí la herida
respira en cuanto
arde
su metamorfosis
solitaria
para saber abrir
flor en el aire
a flor de piel
nueva
Está aquí y hierve
como si un sol
ardiese presto
a desatarla
dolor de no saber
incierto tiempo
transferir
un yo manado
fuera
Esta que se recubre
escudo contra
corteza sin frutopulpa en brasa
labora en cuando
segrega su cola
secreta cicatriz por
coda
He aquí el intacto
campo de batalla
que el olvido
por fin resecado
cimiento tatuado
la superfície remienda
y no se recuerda
la furia cuando
corta
un sueño profundo
ISTO É
Se isto
não for poesia
eu insisto
até que um
deus imprevisto
diga
desisto
eu não existo
ESTO ES
Si esto
no fuese poesía
yo insisto
hasta que un
dios imprevisto
diga
desisto
yo no existo
A CIGARRA – Revista Literária. Santo André, SP. Editora: Jurema Barreto de Souza.
N. 31 – Agosto 1997 Ex. bibl. Antonio Miranda
DIMENSÃO. Revista Internacional de Poesia. Ano XV. No. 24. Editor Guido Bilharino, Uberaba, MG: 1995. 150 p.
Ex. na biblioteca de Antonio Miranda
DIMENSÃO. Revista Internacional de Poesia. Ano XV. No. 24. Editor Guido Bilharino, Uberaba, MG: 1995. 150 p.
Ex. na biblioteca de Antonio Miranda
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VEJA mais poesia VISUAL em:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/poesia_visual.html
Página publicada em maio de 2024
Página publicada em março de 2010; ampliada em junho de 2019 |