ANGELA TOGEIRO
Natural de Volta Redonda/RJ, radicada em Minas Gerais desde jovem, Angela Togeiro Ferreira, poeta e prosadora, administradora de empresas, pós-graduada em Política e Finanças das Empresas e em Administração de Recursos Humanos. Possui centenas de prêmios literários em prosa e verso em quase todo o território nacional (RS, SC, PR, SP, MG, RJ, MT, GO, DF, BA, AM, PI, PE, AL, SE, RR, PI, PB) e internacionais em Portugal, Espanha, Inglaterra, Itália, EUA, Argentina, Uruguai. Participa de antologias nacionais e internacionais em português, inglês, espanhol e francês, como convidada ou decorrente de concursos literários, lançadas no Brasil, Uruguai, Cuba, México, Canadá, EUA, Espanha, Portugal e Inglaterra. Verbete no “Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras”, de Nelly Novaes, da USP/SP, na “Enciclopédia de Literatura Brasileira”, de Afrânio Coutinho e Jô Galante de Sousa, e no Dicionário de Escritores, de Adrião Neto/PI.
É membro de diversas entidades culturais entre elas, Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, Academia Feminina Mineira de Letras, Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete, Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro, Grêmio Literário de Autores Novos/ Volta Redonda, Sociedade de Cultura Latina do Brasil/Mogi das Cruzes/SP Clube da Simpatia/Portugal e ao Proyecto Cultural Sur, sede no Brasil em Bento Gonçalves/RS.
Livros: CONTATO URBANO – poesia – premiado na Academia de Letras e Ciências de São Lourenço, e na Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, Prêmio “Poesia, prosa e arti figurative 2005”, da Academia Internazionale Il Convívio, Messina/ Itália, Premio Libro Straniero, Poesia in Língua Portughese; PUDIM DE CLARAS COM BABA-DE-MOÇA, romance, premiado na Academia Mineira de Letras e na Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais; CAVALO ALADO – contos – premiado na Academia Mineira de Letras e na Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais; TREM MINEIRO – poemas para a garotada, premiado na Academia Mineira de Letras, Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais e na Academia Feminina Mineira de Letras; NA LUZ DOS TEUS OLHOS – poesia – premiado na Academia Feminina Mineira de Letras; SOU MULHERES – poesia; O COMPOSITOR – romance. Livros premiados com edição pela FUNDAC/PIAUÍ, lançados em janeiro de 2006, nas coletâneas POESIA II e ROMANCE II; O MOLAR FUGIU DO SONHO DA MENINA – teatro infantil – projeto educativo Prêmio Álvaro Braga, do Concurso Literário Cidade de Manaus – edição 2006, da Prefeitura Municipal de Manaus/AM. Lançado em dezembro de 2007, em Manaus/AM. Clube Dos Escritores De Ipatinga – Clesi – Ipatinga/MG – 2002. 1º lugar no 3º Concurso Nacional de Textos Teatrais Inéditos do Clesi – Clube dos Escritores de Ipatinga. Premio Internazionale de Teatro “Angelo Musco”, 2007 da Academia Internazionale Il Convívio, Messina/ Itália, Premio Libro Straniero, Teatro in Língua Portughese.
Veja também: ANGELA TOGEIRO – POESIA INFANTIL
TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS
Haicais
Lágrima imatura,
quando me disseste adeus,
traiu meu orgulho.
*
Traça nas gavetas
extingue qualquer passado
roendo o inútil.
*
Cavalos selvagens
galopando contra o vento
suam liberdade.
MULHER
Sou mulher,
sou todas as mulheres:
sou Afrodite, Amélia, Angela, Eva, Diana, Joana,
Madalena, Maria, Raquel, Rita, Sara,
Salomé, Tereza, Vênus, Zênite...
Tenho na genética
a herança dos tempos,
que me dá todos os nomes,
que me tira todos os nomes,
quando me desdobro em outra mulher.
Nasci em todas as raças,
tenho todas as cores puras e miscigenadas.
Pratico todos os credos.
Nasci em todos os cantos deste planeta.
Vivi em todas as eras.
Registrei meus gritos em todos os rincões,
mesmo se expulsos da alma
no mais profundo silêncio.
Vim de todos os lugares,
nasci em berço de ouro, em choupana,
na rua, nas matas, hospitais, templos...
Fui vestida, fui enrolada,
despida, jogada.
Gerada num útero que me amou,
ou num que me recusou.
Pouco importa, se rica ou pobre,
se esculpida no Belo ou no Feio,
preciso cumprir meu destino,
meu destino de Mulher.
Se me quisesse
Queria ser uma estrela do mar
Berço onde a sonhar você adormece
Ondas de espumas para lhe acalmar
Se, longe de mim, o dia escurece.
Queria ser um pássaro e cantar
Uma canção ao dia que amanhece
Ser um som suave para lhe acordar
Ser-lhe da vida o que lhe contentasse.
Queria ser tecelã e me haver
Na malha em que seu corpo se vestisse;
Ser-lhe a alimentação que vai comer.
Queria ser metade que pudesse
(paixão embalando um sonho de ser)
Ser seu todo imortal... se me quisesse.
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TEXTOS EN ESPAÑOL
MUJER
Soy Mujer,
Soy todas las mujeres:
soy Afrodita, Amelia, Angela, Eva, Diana, Juana,
Magdalena, María, Raquel, Rita, Sara, Salomé,
Teresa, Venus, Zenit.
Llevo en la genética
la herencia de los tiempos,
que me da todos los nombres,
que me quita todos los nombres,
cuando en otra mujer me divido.
Nací en todas las razas,
tengo puros y mezclados todos los colores.
Practico todos los credos.
Nací en todos los rincones de este planeta.
Viví en todas las eras.
Registré mis gritos en todas las partes,
aunque expulsados del alma
Y en el más profundo silencio.
Vine de todos los lugares,
nací en cuna de oro, en choza,
en la calle, en las matas, hospitales, templos...
Fui vestida, fui arrollada,
desnudada, tirada.
Engendrada en un útero que me quiso,
o en otro que me rechazó.
No importa si rica o pobre
Si labrada hermosa o Fea
Necesito hacer cumplir mi destino
Mi destino de Mujer.
Centro Cultural Brasil-España Belo Horizonte/MG – 2002
Si me quisiera
Quería ser una estrella del mar
La cuna donde a soñar adormece,
Olas de espumas para le calmar,
Sí, muy lejos de mí, el día oscurece.
Quería ser un pájaro y cantar
Una canción al día que amanece
Ser un sonido suave y le acordar
Ser de su vida lo que le placiese.
Quería ser tejedora y me hacer
En estera que a su cuerpo tuviera;
Serle el alimento que va a comer.
Quería ser la mitad que pudiera
(pasión acunando un sueño de ser…)
Ser su todo inmortal… si me quisiera.
Publicado en la revista Azahar, Cádiz/ES – 2006
Haicus
Lágrima inmatura,
cuando me dijiste adiós,
traicionó mi orgullo.
Polilla en cajón
lleva cualquier pasado
roe lo inútil.
Caballos salvajes
galopando contra el viento
sudan libertad.
Página publicada em fevereiro de 2008
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