FERNANDO ORTIZ SANZ
(Chuquisaca, Bolivia, 1914-2004)
Poeta, jornalista, ensaísta e diplomata. Estudos de Ciências Sociais e Políticas na UMSFX. Diplomata junto à OEA e ONU. Membro da Academia Boliviana de la Lengua.
Poesia: Prólogo al Adiós (1954).
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
TENTATIVA
Adiós
a en donde está Dios
a los puentes de niebla
del silencio
al pas de la lluvia
a los pinares negros
al resplandor terrible
de las islas del mármol
en los mares del ébano.
Adiós
a las praderas del crepúsculo
en las regiones del lamento
después de los caminos
y las ondas
más allá de los pétalos
en la entraña de la cenizas
y los ecos.
Adiós
a las florestas sumergidas
en el agua del tempo
a las sinfonias de sombra
que palpitan
en las innumerables
catedrales del viento.
Adiós
a la paz de la noche
en granito perfecto
ese mundo de estrelas
y de sueños.
Amigo mío
esto es adiós
esta gloria dormida
entre las ondas y las sombras
de un mar amargo
lejos.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
TENTATIVA
Adeus
a onde está Deus
às pontes de névoa
do silêncio
ao país da chuva
aos pinhais negros
ao esplendor terrível
da ilhas do mármore
nos mares do ébano.
Adeus
dos paramos do crepúsculo
nas regiões do lamento
depois dos caminhos
e ondas
além das pétalas
na entranha das cinzas
e dos ecos.
Adeus
às florestas submersas
na água do tempo
às sinfonias de sombra
que palpitam
nas inumeráveis
catedrais do vento.
Adeus
à paz da noite
no granito perfeito
esse mundo de estrelas
e de sonhos.
Amigo meu
isto é um adeus
esta glória adormecida
entre as ondas e as sombras
de um mar amargo
distante.
Página publicada em março de 2019
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