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ALVARO DÍEZ ASTETE
(La Paz, Bolivia, 1949).- Poeta y novelista. De profesión antropólogo. Ocupó diversos cargos públicos entre ellos la Dirección de Investigaciones del Museo Nacional de Etnografía y Folklore. Profesor universitario.
Libros de poesia: Viejo vino, cielo errante (1981); Abismo (1988); Cuerpo presente (1989); Púrpura profunda (1993); Homo demens (2000); Sonetos bizarros y otros poemas (2003); Escritura poética elemental (obras completas, 2003).
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
El animal en la noche
El animal en la noche
sea de selva o de hotel
gime, llora, brama, grita
tan hundido con sus vísceras
aún em amor anelante
ciego de noche así vive
entre humanos
que lo cazan y lo aman
como él ama y caza:
animales en su noche.
(De Sonetos bizarros y otros poemas)
O animal na noite
O animal na noite
seja de selva ou de hotel
geme, chora, berra, grita
afundado com suas vísceras
ainda em amor arquejante
cego de noite assim vive
entre os humanos
que o caçam e amam
como ele ama e caça:
animais em sua noite.
POEMAS CORTOS
1.
Lo abstracto de mi muerte
ha regressado
y hay un dolor sutil
en mis memorias.
Se han quedado mis versos
estancados
como la blanca escarcha
en mis inviernos...
... el murmúrio del viento
que pasaba
ha dejado un vacío
en mis silencios,
y mis estrelas preñadas
de poemas
han caído poco a poco
en mis sepulcros;
allí han nacido solos
tristes cuervos
para vivir por siempre
en mis nocturnos...
2.
Aún no has florecido Amor
y ya te quema
la sed de mi imposible
en la garganta.
(Aún no quisiste decirme
esse secreto inmenso
que te renace em todos los crepúsculos).
Pero... te has insinuado a mí
en perfiles de minutos ocres
y em tus caricias lejanas, temerosas
y también em tus mutismos
proyectados a mi alma
que ya se extingue con este cigarrillo
(Aún no me conoces,
no sabes de mi muerte
y ya me amas...).
POEMAS BREVES
1.
O abstrato de minha morte
retornou
e há uma dor sutil
em minhas memórias.
Meus versos ficaram
estancados
como a branca geada
em meus invernos...
... o murmúrio do vento
que passava
deixou um vazio
em meus silêncios,
e minhas estrelas prenhas
de poemas
caíram pouco a pouco
em meus sepulcros;
ali nasceram solitários
tristes corvos
para viverem para sempre
em meus noturnos...
2.
Ainda não floresceste Amor
e já te queima
a sede de meu impossível
em tua garganta.
(Ainda não quiseste dizer-me
esse segredo imenso
que te renasce em todos os crepúsculos).
Mas... te insinuaste para mim
em perfis de minutos ocres
e em tuas carícias distantes, temerosas
e também em teus mutismos
projetados em minha alma
que já se extingue com este cigarro
(Ainda não me conheces,
não sabes de minha morte
e já me amas...).
Página publicada em julho de 2016
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