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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


RUBÉN VELA

www.rubenvela.com.ar 

RUBÉN VELA

Poeta e diplomata argentino, nasceu em Santa Fé, em 1928. Obra vasta e reconhecimento de sua obra em muitos países, inclusive no Brasil, onde foi condecorado. Iniciou na poesia com o livro “Introducción a los dias” (Buenos Aires: Botella al mar, 1953.

AMÉRICA

“Esto es América”, me decían,
mostrándome las altas cordilleras,
el suicidio del sol sobre los trópicos,
los grandes ríos furiosos.
Sólo vi pies descalzos,
criaturas americanas
sobre el hambre y el frío
como frutos desnudos.
“Esto es América”. Sobre las tierras
indias del centro y del sur
vi desolación. Y, al borde,
las grandes ciudades opulentas, sólo
al borde...


ARTE POÉTICA

 

Aquel que no

mate y resucite

que abandone el

Arte de la Poesía.

 

Aquel que mata

y resucita

es el Príncipe

del Arte.


LA PALABRA EN ARMAS

I

La palabra en armas
su porfiada vehemencia
su penetrante ardor
su insolente
su incómoda
sencillez.

La palabra en armas
tiene el sueño liviano
despierta en cualquier momento
se levanta
toma el día en sus manos
hace salir el sol
o provoca el diluvio.

Con elemental rudeza
acontece en sí misma.
Se festeja
creando la fraternidad.

Es un sólo lenguaje.
Es un viejo lenguaje.
Es el común y terrible lenguaje
de los hombres
que han sabido ganar su libertad.

(La libertad hay que ganarla
como la mujer
como los hijos
como la poesía
como la amistad.)


II

La palabra en armas
crece
en la garganta de los hombres.

Aquí allí
revienta
en estallidos
de pueblos
en salud.

Reparte
su sabia medicina
abre sus brazos combatientes
señalando el futuro.

Se entrega
en labios de amor
de fraternidad.


III

La palabra en armas
construye de escándalos
su edificio.

De escándalos certeros,
necesarios.


IV

Ver
la palabra
pesarla calibrarla
irritarla violarla.

La palabra desnuda.


V

Palabras
¿quién las dice?

Palabras
¿quién las escucha?

La palabra
corno un hueso anterior a la lengua
corno una sed anterior al agua
como una sal como un sol
anterior a la especie.


VI

Vastos desiertos
incendiados por la palabra.

Infinitos espacios
descubiertos por la palabra.

La brevedad humana
salvada
por la palabra.


VII

Y las contradicciones.

Palabras
para el amor
palabras para nacer
palabras para vivir
palabras para salvar
de morir.

Y también
palabras
para herir
para matar
para confundir.

¿Quién profana la palabra?
¿Quién hiere?
¿Quién mata?
¿Quién confunde?

No el poeta
no el hombre recolector
de los hermosos frutos
no el artesano
de la preciosa herramienta
no el tallador de la sed más antigua
no el solitario
más lleno
más repleto
más habitado
de este mundo.

Ésa no es su voz.
No es la voz del poeta.

VIII

¿Para qué sirve la palabra?

Para revelarle al hombre
su pérdida
dimensión humana.

Para devolverle
su Reino en esta tierra.

O más sencillamente
para hacer mejor al hombre.

¿Mejor para qué?

Para incendiarse
en esta pasión común
y tan distinta
este ejercicio cotidiano
que se alimenta de amor
a cada instante.

¿Y que es ese amor?

Es
estar en la casa del hombre.
Vivir en la casa del hombre.

Ser ese hombre.
Ser todos los hombres.


IX

La palabra en armas
que tiene cabida solamente
en nosotros mismos.

Nosotros,
nuestro propio alimento.

Nosotros, la palabra.


De

POEMAS
Petrópolis:Vozes, 1972.

 

ARTE POÉTICA

 

Incendiarse

en

la

palabra.

 

Crecer

en

libertad.

 

AMÉRICA

Trad. de Lélia Coelho Frota

“Isto é a América”, diziam,
mostrando-me as altas cordilheiras,
o suicídio do sol sobre os trópicos,
os grandes rios furiosos.
Só vi pés descalços,
criaturas americanas
— frutos nus —
sobre a fome e o frio.
“Isto é América”. Sobre as terras
índias do centro e do sul
vi desolação. E à margem,
as grandes cidades opulentas, somente
à margem...

 

ARTE POÉTICA

Trad. de Lélia Coelho Frota

Aquele que não
mate e ressuscite
que abandone a
Arte da Poesia.

Aquele que mata
e ressuscita
é o Príncipe
da Arte.


ARTE POÉTICA


Incendiar-se
na
palavra.

Crescer
em
liberdade.

 

A PALAVRA EM ARMAS

         Trad. de Bella Jozef

I
A palavra em armas
sua pertinaz veemência
seu penetrante ardor
sua insolente
                   sua incômoda
                                      simplicidade.
A palavra em armas
tem o sono leve
desperta em qualquer momento
levanta-se
toma a vida em suas mãos
faz sair o som
ou provoca o dilúvio.

Com elementar rudeza
acontece em si mesma.
Alegra-se
criando a fraternidade.

É uma só linguagem.
É uma velha linguagem.
É a comum e terrível linguagem
dos homens
que souberam ganhar sua liberdade.

(A liberdade deve-se ganhá-la
         como a mulher
         como os filhos
         como a poesia
         como a amizade)

II

A palavra em armas
cresce
na garganta dos homens.

Aqui  ali
rebenta
em estalos
de povos
com saúde.

Reparte
sua sábia medicina
abre seus braços combatentes
assinalando o futuro.

Entrega-se
         em lábios de amor
         de fraternidade.

III

A palavra em armas
constrói de escândalos
seu edifício.

De escândalos certeiros,
                   necessários.

IV

Ver
    a palavra
    pesá-la  calibrá-la.
    irritá-la   violá-la.

A palavra nua.

V

Palavras
       quem as diz?
Palavras
       quem as escuta?

A palavra
       como um osso anterior à língua
       como uma sede anterior à água
       como um sal como um sol
       anterior à espécie.

VI

Vastos   desertos
       incendiados pela palavra.

Infinitos   espaços
       descobertos pela palavra.

A brevidade humana
        salva
        pela palavra.

VII

E as contradições.

Palavras
         para o amor
         palavras para nascer
         palavras para viver
         palavras para salvar
         de morrer.

E também
palavras
         para ferir
         para matar
         para confundir.

Quem profana a palavra?
Quem fere?
Quem mata?
Quem confunde?

Não o poeta
não o homem coletor
dos formosos frutos
não o artesão
da preciosa ferramenta
não o gravador de sede mais antiga
não o solitário
         mais cheio
         mais repleto
         mais habitado
         deste mundo.

Esta não é sua voz.
Não é a voz do poeta.

VIII

Para que serve a palavra?

Para revelar ao homem
sua perdida
         dimensão humana.

Para devolver-lhe
seu Reino nesta terra.

Ou mais simplesmente
para tornar melhor o homem.

Melhor para quê?

Para incendiar-se
nesta paixão comum
e tão diferente

este exercício cotidiano
que se alimenta de amor
a cada instante.

E que é esse amor?

É
estar na casa do homem,
viver na casa do homem.

Ser esse homem.
       Ser todos os homens.

IX

A palavra em armas
que tem cabida somente
em nós mesmos.

Nós,
nosso próprio alimento.

Nós, a palavra.



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