RODOLFO V. LEIRO
Rodolfo Virginio Leiro, poeta argentino,. Mantém um prestigioso blog com textos seus e de convidados: http://leiropoesia.zoomblog.com/
TEXTOS EN ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS
VERBOS ESTALLADOS
(textos inéditos)
*
F A N T A S M A L
Silencio cenobial que se me adosa,
un silencio exequial que me doblega,
un silencio de espiga y de fanega,
un silencio de duelo que me acosa;
un humor de dicterio funerario,
palatino silencio inexplicable,
una sombra que vuela su insondable
sendero de infinito y de calvario.
Y me dejo llevar, con mi brevario
y este añejo designio insolidario
de conllevar la muerte en mi cantiga;.
esta sima profunda que desboca,
que desmaya después sobre su boca
el huero fantasmal de mi fatiga.
H E R E D E R O
Heredero de las pautas, las cesuras
de los tópicos del verso, del Maestro,
delfín alfa mitral médula del estro
y del mundo de paisajes y figuras;
receptor de tantas páginas maduras,
de su cósmico celaje, sutil, diestro,
fascinante filigrana de su ancestro,
de un altar de letanías sin tonsuras;
donde estallo mi prosapia de lecturas
sobre salmos impecables de ternuras
en el plexo singular de mi utopía,
y después, en raudo vuelo imperativo
me prolongo en el instante de un latido
sobre el iris impetuoso de mi día.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Versão de Antonio Miranda
F A N T A S M A L
Silêncio cenobial que me endossa,
um silêncio exequial que me domina,
un silêncio de espiga que culmina,
un silêncio de dolo que me acossa;
um humor de dictério funerário,
palatino silêncio inexplicável,
uma sombra que vôa sua insondável
vereda de infinito e de calvário.
E me deixo levar, com o breviário
e este antigo desígnio insolidário
de levar a morte em minha cantiga;
esta furna profunda que desboca,
que desmaia depois sobre sua boca
— fantasmal goro de minha fadiga.
H E R D E I R O
Herdeiro das pautas e das cesuras
dos tópicos do verso, e do Mestre,
delfim alfa mitral medula do estro
e do mundo de paisagens e figuras;
receptor de tantas páginas maduras,
de seu cósmico celeste, sutil, destro,
fascinante filigrana de seu ancestro,
de um altar de litanias sem tonsuras;
onde estalo a prosápia de leituras
sobre salmos impecáveis de ternuras
no plexo singular de uma utopia,
e depois, em vôo veloz imperativo
me prolongo no instante de um latido
sobre a íris impetuosa de meu dia.
|