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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

MARCELO JUAN VALENTI

 

 

Nació en Rosario, Argentina, 1966. Sus trabajos han aparecido en distintas revistas del país y del exterior. Se ha desempeñado como jurado de concursos, participado como lector y como organizador de distintos ciclos de lecturas. Miembro del grupo La Torre de Papel

 

Publicaciones: Paralelo Protervia, novela en co-autoría con María Luisa Siciliani, 1998; Una langosta en la casa invisible, cuentos, 1999; Presagio de la reina ciega, poemas, 2002; Caballo Bifronte, prosa poética en co-autoría con Susana Rozas 2003; Juego de abadesas, poemas, 2005.

 

Indicación de Rolando Revagliatti, página publicada em sept. 2007.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  / TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

SIN TÍTULO

 

Inmediatez.

El horizonte al alcance

de la mano.

Plumas levísimas

del instante  necesario

para recorrer

la distancia

que casi no existe.

 

-----------------------------

  

En sueños

se combinan cielos claros

con casas a oscuras,

como los pintó Magritte.

Un

paisaje

paradojal.

La contradicción se suspende,

al peregrinar

por la finura cromática

de la realización

del deseo.

 

------------------------------

 

Bosque

de rectángulos iluminados,

que avanza

hacia

mi.

Soy aldeano

de una comarca

fugaz.

 

--------------------------------

 

Ojos color sepia:

un paisaje de naranjos

se ausenta.

en el tiempo.

La exageración

de las pupilas

intenta el rescate.

Cuatro generaciones después

continúa

el extravío.

 

--------------------------------

 

Soy un vagabundo

escondido

en el territorio casual

de mis ojos

cerrados.

Oscuridad

es la palabra que me guía.

El panorama

concluye

en el párpado.

 

------------------------------

 

Vienen

de un mundo ajeno.

Para afianzar

su ser

han usurpado un vasto

espacio verde a los paseantes.

Observo,

mudo,

la mímica del juego.

 

---------------------------------

 

Salta

en su única pierna,

me conduce por los senderos umbrosos.

Mi secreto ha sido descubierto.

Las mariposas azules

crecen

conforme nos acercamos

a lo más profundo

del bosque,

no se arriesgan

a revolotear

sobre los acantilados.

Allí

reinan los lagartos.

El  recuerdo de nuestro paso

se perderá,

pronto,

en la memoria de una cascada.

 

----------------------------------------------------------------------------------- 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

SEM TÍTULO

 

Imediatez.

O horizonte ao alcance

da mão.

Plumas levíssimas

do instante necessário

para percorrer

a distancia

que quase não existe.

 

-------------------------

 

Em sonhos

combinam-se céus claros

com casas às escuras,

como os pintou Magritte.

Uma

paisagem

paradoxal.

A contradição se suspende,

ao peregrinar

pela finura cromática

da realização

do desejo.

 

------------------------------

 

Bosque

de retângulos iluminados,

que avança

para

mim.

Sou aldeão

de uma comarca

fugaz.

 

-----------------------------

 

Olhos cor sépia:

uma paisagem de laranjeira

se ausenta.

O exageração

das pupilas

tenta o resgate.

Quatro gerações depois

continua

o extravio.

 

-------------------------------

 

Sou um vagabundo

escondido

no território casual

de meus olhos

fechados.

Escuridão

é a palabra que me guia.

O panorama

termina

na pálpebra.

 

-------------------------------

 

Vêm

de um mundo alheio.

Para afiançar

seu ser

usurparam um vasto

espaço verde dos transeuntes.

Observo,

mudo,

a mímica do jogo.

 

---------------------------------

 

Salta

com sua perna única,

me conduz pelas sendas umbrosas.

Meu segredo foi descoberto.

As borboletas azuis

Crescem

conforme nos aproximamos

ao mais profundo

do bosque,

não se arriscam

a esvoaçar

sobre os alcantilados.

Ali

reinam os lagartos.

A lembrança de nossos passos

vai se perder,

logo, se perderá,

na memoria da cascata.



 

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