JORGE  CASTAÑEDA 
                  
                  
                Reconocido  escritor, poeta y periodista argentino radicado en Valcheta, provincia de Río  Negro,  Argentina. . Tiene 9 libros  publicados y ha recibido numerosos premios literarios. Es miembro de más de 30  instituciones culturales argentinas y extranjeras y su obra ha recibido  elogiosos comentarios de la crítica especializada. 
                  
                Indicación  de Rolando Revagliatti.  
                  
                  
                TEXTOS  EM ESPAÑOL  / TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                  
                  
                POEMAS  DESDE LA PATAGONIA 
                  
                  
                MI ESPERANZA BARCO SUR 
                  
                Barco herido piedra soy 
                escorial prisma de luz 
                un color una substancia 
                por mis venas sangre azul. 
                  
                Caballero solo nácar 
                corazón a contraluz 
                y una lluvia monocorde 
                de tristezas en azul. 
                  
                Soy estrella de los cielos 
                me lastima la inquietud 
                pedregal picada abierta 
                y esta pobre latitud. 
                  
                Viento torpe catedral 
                la meseta una virtud 
                caracolas y gaviotas 
                mi perdida juventud. 
                  
                Sílice soy basalto 
                fogón de lumbre a la luz 
                distancias faldeos del monte 
                sordos galopes en cruz. 
                  
                Araucaria en la espesura 
                sol amargo y lasitud 
                riscal perdido vertiente 
                busco mi escala de luz. 
                  
                Amigo soy del viento 
                peregrino y al trasluz 
                bitácora navegante 
                mi esperanza barco sur. 
                  
                  
                EL HOMBRE 
                  
                Un momento apenitas 
                como el río que se va 
                el hombre es puro paisaje 
                que camina y nada más. 
                  
                Un arbolito que crece 
                ganándole al pedregal 
                no le falta mucha tierra 
                si altura quiere ganar. 
                  
                Como la hierba que pasa 
                su verdor perecerá 
                por eso es que necesita 
                buscar en su inmensidad. 
                  
                Una nube pasajera 
                que rauda suele viajar 
                así de corta es la vida 
                su vana fugacidad. 
                  
                Un puñado de arenilla 
                que entre las manos se va 
                no se compensan las penas 
                al buscar felicidad. 
                  
                Un firmamento estrellado 
                contará su vanidad: 
                arenas que el viento lleva 
                y las cambia de lugar. 
                  
                Como cacharro de arcilla 
                es polvo y fragilidad 
                debe mirar para adentro 
                si huella quiere dejar. 
                  
                  
                RETORNO 
                  
                Retorno, 
                se me torna familiar el paisaje 
                y su contorno, 
                recuerdo de otras tardes 
                se agolpan en mis ojos. 
                  
                Retorno, 
                los conocidos sauzales 
                advierten los cascos de mi potro, 
                hasta la misma tarde  
                enmudece su asombro. 
                  
                Retorno, 
                ya el querido valle, 
                ya el viejo arroyo, 
                ya los álamos familiares, 
                ya los sabidos recodos. 
                  
                Retorno, 
                tantos años de andares 
                me han cambiado el rostro; 
                ya no soy el de antes: 
                  ¡Dios,  soy otro! 
                
                   
                TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                  Tradução  de Antonio Miranda                 
                   
                  
                 MINHA ESPERANÇA NAVIO SUL 
                  
                Navio ferido pedra sou 
                Escorial prisma de luz 
                uma cor uma substância 
                por minha veias sangue azul. 
                  
                Cavalheiro só nácar 
                coração a contraluz 
                e uma chuva monocorde 
                de tristezas em azul. 
                  
                Sou estrela dos céus 
                me machuca a inquietude 
                pedregal picada aberta 
                e esta pobre latitude. 
                  
                Vento lerdo catedral 
                a meseta uma virtude 
                caramujos e gaivotas 
                minha juventude perdida. 
                  
                Silício sou basalto 
                fogão de lume à luz 
                distâncias fraldas do monte 
                surdos galopes em cruz. 
                  
                Araucária na espessura 
                sol amargo e lassidão 
                penhascal perdido vertente 
                busco minha escala de luz. 
                  
                Sou amigo do vento 
                Peregrino e ao transluz 
                bitácora navegante 
                minha esperança navio sul. 
                  
                  
                O HOMEM 
                  
                Apenas um momento 
                como o rio que se vai 
                o homem é pura paisagem 
                que caminha e nada mais. 
                  
                Arvorezinha que cresce 
                ganhando o pedregal 
                não lhe falta muita terra 
                mas altura quer ganhar. 
                  
                Como a erva que passa 
                seu verdor perecerá 
                por isso é que necessista 
                buscar sua imensidão. 
                  
                Uma nuvem passageira 
                que veloz sói viajar 
                assim tão curta é a vida 
                sua vã fugacidade. 
                  
                Um punhado de areia 
                que entre as mãos esvai 
                não compensam as penas 
                de buscar felicidade. 
                  
                Um firmamento estrelado 
                contará sua vaidade: 
                areias que o vento leva 
                e as troca de lugar. 
                  
                Como louça de argila 
                é pó e fragilidade 
                deve mirar para dentro 
                se rastro quiser deixar. 
                  
                  
                RETORNO 
                  
                Retorno, 
                se me faz familiar a paisagem 
                e seu contorno, 
                lembrança de outras tardes 
                golpeia meu olhar. 
                  
                Retorno, 
                os conhecidos salguirais 
                advertem os cascos de meu potro, 
                até a tarde mesma 
                emudece de assombro. 
                  
                Retorno, 
                já o vale querido, 
                já o velho arroio, 
                já os álamos familiares, 
                já os sabidos contornos. 
                  
                Retorno, 
                tantos anos de vagares 
                desfiguraram meu rosto; 
                já não sou mais o de antes: 
                Deus meu, sou outro! 
                  
                  
                Página  publicada em outubro de 2008. 
                
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