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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

JORGE CASTAÑEDA

 

 

Reconocido escritor, poeta y periodista argentino radicado en Valcheta, provincia de Río Negro,  Argentina. . Tiene 9 libros publicados y ha recibido numerosos premios literarios. Es miembro de más de 30 instituciones culturales argentinas y extranjeras y su obra ha recibido elogiosos comentarios de la crítica especializada.

 

Indicación de Rolando Revagliatti.

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL  / TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

POEMAS DESDE LA PATAGONIA

 

 

MI ESPERANZA BARCO SUR

 

Barco herido piedra soy

escorial prisma de luz

un color una substancia

por mis venas sangre azul.

 

Caballero solo nácar

corazón a contraluz

y una lluvia monocorde

de tristezas en azul.

 

Soy estrella de los cielos

me lastima la inquietud

pedregal picada abierta

y esta pobre latitud.

 

Viento torpe catedral

la meseta una virtud

caracolas y gaviotas

mi perdida juventud.

 

Sílice soy basalto

fogón de lumbre a la luz

distancias faldeos del monte

sordos galopes en cruz.

 

Araucaria en la espesura

sol amargo y lasitud

riscal perdido vertiente

busco mi escala de luz.

 

Amigo soy del viento

peregrino y al trasluz

bitácora navegante

mi esperanza barco sur.

 

 

EL HOMBRE

 

Un momento apenitas

como el río que se va

el hombre es puro paisaje

que camina y nada más.

 

Un arbolito que crece

ganándole al pedregal

no le falta mucha tierra

si altura quiere ganar.

 

Como la hierba que pasa

su verdor perecerá

por eso es que necesita

buscar en su inmensidad.

 

Una nube pasajera

que rauda suele viajar

así de corta es la vida

su vana fugacidad.

 

Un puñado de arenilla

que entre las manos se va

no se compensan las penas

al buscar felicidad.

 

Un firmamento estrellado

contará su vanidad:

arenas que el viento lleva

y las cambia de lugar.

 

Como cacharro de arcilla

es polvo y fragilidad

debe mirar para adentro

si huella quiere dejar.

 

 

RETORNO

 

Retorno,

se me torna familiar el paisaje

y su contorno,

recuerdo de otras tardes

se agolpan en mis ojos.

 

Retorno,

los conocidos sauzales

advierten los cascos de mi potro,

hasta la misma tarde

enmudece su asombro.

 

Retorno,

ya el querido valle,

ya el viejo arroyo,

ya los álamos familiares,

ya los sabidos recodos.

 

Retorno,

tantos años de andares

me han cambiado el rostro;

ya no soy el de antes:
¡Dios, soy otro!

 

  

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

  

 

 MINHA ESPERANÇA NAVIO SUL

 

Navio ferido pedra sou

Escorial prisma de luz

uma cor uma substância

por minha veias sangue azul.

 

Cavalheiro só nácar

coração a contraluz

e uma chuva monocorde

de tristezas em azul.

 

Sou estrela dos céus

me machuca a inquietude

pedregal picada aberta

e esta pobre latitude.

 

Vento lerdo catedral

a meseta uma virtude

caramujos e gaivotas

minha juventude perdida.

 

Silício sou basalto

fogão de lume à luz

distâncias fraldas do monte

surdos galopes em cruz.

 

Araucária na espessura

sol amargo e lassidão

penhascal perdido vertente

busco minha escala de luz.

 

Sou amigo do vento

Peregrino e ao transluz

bitácora navegante

minha esperança navio sul.

 

 

O HOMEM

 

Apenas um momento

como o rio que se vai

o homem é pura paisagem

que caminha e nada mais.

 

Arvorezinha que cresce

ganhando o pedregal

não lhe falta muita terra

mas altura quer ganhar.

 

Como a erva que passa

seu verdor perecerá

por isso é que necessista

buscar sua imensidão.

 

Uma nuvem passageira

que veloz sói viajar

assim tão curta é a vida

sua vã fugacidade.

 

Um punhado de areia

que entre as mãos esvai

não compensam as penas

de buscar felicidade.

 

Um firmamento estrelado

contará sua vaidade:

areias que o vento leva

e as troca de lugar.

 

Como louça de argila

é pó e fragilidade

deve mirar para dentro

se rastro quiser deixar.

 

 

RETORNO

 

Retorno,

se me faz familiar a paisagem

e seu contorno,

lembrança de outras tardes

golpeia meu olhar.

 

Retorno,

os conhecidos salguirais

advertem os cascos de meu potro,

até a tarde mesma

emudece de assombro.

 

Retorno,

já o vale querido,

já o velho arroio,

já os álamos familiares,

já os sabidos contornos.

 

Retorno,

tantos anos de vagares

desfiguraram meu rosto;

já não sou mais o de antes:

Deus meu, sou outro!

 

 

Página publicada em outubro de 2008.




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