| Foto: https://www.youtube.com   VERÓNICA VIOLA FISHER ( Argentina )   Natural  de Buenos Aires, Argentina (1974).Publicou Hacer sapito, seu primeiro livro de poesia, em 1995 (Editorial  Nasud). Participou de diversas apresentações literárias, e o prestigioso  Diario de Poesía publicou vários de  seus poemas inéditos.
 É uma das coordenadoras da Casa de la Poesía, do Governo da Cidade de Buenos  Aires.
   TEXTOS EN ESPAÑOL   -    TEXTOS EM PORTUGUÊS   IARARANA – revista de arte, crítica e  literatura.  Salvador, Bahia.  No.  4 – 2000.   Adulterada  Hace tantos años que tengo  en las manosun racimo de uvas y hoy
 se escurre el vino entre mis dedos.
 ¿Habrá sido roca, la arena de mis ojos
 desparramada en nuestra cama?
 Recuerdo el sabor de una semilla oscura
 cuando mi lengua tropieza, lenta
 con la parte más vulnerable
 entre tus piernas.
 La línea del tiempopuede leerse como se lee
 la escritura china.
 Una forma de aparecer  ante el público:morisquetas con mi garganta. Pero a tu huella
 esa que guarda celoso mi cuello
 le falta un dedo.
 Nos buscamos el cuerpo  como sino tuviera sentido, el tacto. Sabemos
 que el orden de los factores
 nos altera.
   Muñeca Rusa Pasa en clave de dominó,  esta cosaque hemos construido con el sentido que la piel
 domina y me arrasa.  Después
 de haber restregado el cuerpo contra un pepino
 o una zanahoria evito mirarme al espejo,
 primero bañarse, primero olvidar la imagen
 de tus dedos agujereados en la yema
 despidiendo semen para otra vida en mi boca
 la boca de una recién nacida que debe
 alimentarse. O te arranco la uñas y en la punta
 del índice, de mayor clavo
 una aguja para que pueda salir la otra parte
 necesaria o bien dejo pasa las noches veo
 como crecen —al igual que una planta o un bebé—
 tus garras hasta volverse cascos casi
 pezuñas dulcemente y te invito a mi cuerpo
 a cabalgar lejos, muy lejos de todo para poder
 desangrarme como una mujer
 que extirpa de sí la a otra.
                           TEXTOS EM PORTUGUÊS Tradução de ANTONIO MIRANDA    Adulterada  Faz tantos anos que tenho nas mãosum cacho de uvas e hoje
 escorre o vinho entre meus dedos.
 Terá sido rocha, a areia de meus olhos
 esparramada em nossa cama?
 Recordo o sabor de uma semente escura
 quando minha língua tropeça, lenta
 com a parte mais vulnerável
 entre tuas pernas.
 A linha do tempopodemos lê-la como se lê
 a escrita chinesa.
 Uma forma de aparecer ante o público:caretas com minha garganta. Mas a tua pegada
 essa que guarda ciumenta meu pescoço
 falta-lhe um dedo.
 Nós buscamos o corpo como senão tivesse sentido, o tato. Sabemos
 que a ordem dos fatores
 nos altera.
   Boneca Russa Passa em chave de dominó, esta coisaque construímos com o sentido que a pele
 domina e me arrasa.  Depois
 de ter esfregado o corpo contra um pepino
 ou uma cenoura evito mirar-me no espelho,
 primeiro banhar-se, primeiro esquecer a imagem
 de teus dedos enfiados na gema
 desprendendo sêmen para outra vida em minha boca
 a boca de uma recém nascida que precisa
 alimentar-se. Ou arranco tuas unhas e na ponta
 do índice, de maior prego
 uma agulha para que possa sair a outra parte
 necessária ou melhor deixo passar as noites vejo
 como crescem —tal como uma planta ou um bebê—
 tuas garras até volver-se cascos quase
 cascos docemente e te convido ao meu corpo
 a cavalgar para bem longe, longe de tudo para poder
 dessangrar-me como uma mulher
 que extirpa de si a outra.
 *  VEA y LEA otros  poetas de ARGENTINA en nuestro Portal: http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/argentina/anrgentina.html    Página publicada em novembro de 2021 
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