Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS


PÉRSIO

 

 

Aulo Pérsio Flaco (em latim: Aulus Persius Flaccus; Volterra, 4 de dezembro de 34 d.C — Roma, 24 de novembro de 62 d.C.), também conhecido apenas como Pérsio, foi um poeta satírico da Roma Antiga, adepto do estoicismo.

 

De origem etrusca, mostrou em suas obras, poemas e sátiras, uma visão de mundo estoica, aliada a um senso crítico forte contra os abusos de seus contemporâneos. Seus textos, que foram especialmente populares na Idade Média, só foram publicados após a sua morte, por seu amigo e mentor, o filósofo estoico Lúcio Aneu Cornuto.

Ver biografia completa na Wikipedia

 

 

 

POESIA – 1º. VolumeSeleção e prefácio de Ary de Mesquita.  Rio de Janeiro: W. M. Jackson Inc., 1952.  392 p.  (Clássicos Jackson, volume XXXVIII) capa dura.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

                SÁTIRA IV

         (Tradução de Martins Ramos)

 

        Governas a república, ó aluno
De Péricles famoso! (O sábio mestre
De intonsa barba, que expirando a taça
Propina da cicuta, crê te fala).
Em que confias? Sabes, tem prudência
Prematura, lugar às coisas dando?
Conspira o povo, acomodá-lo sabes,
Erguendo a régia destra, e o mundo empregas?
Depois que dizes! Meus romanos julgo
Isto bem, mau aquilo, estoutro belo.
Sabes pôr na balança o justo meio;
Dos mares falha ou não a regra,
Formando sem escrúpulo a sentença
Com fatal Teta ao depravado crime?
Dessa beleza vão todo ocupado,
Por que da plebe buscas o sufrágio
Atrair desde já? Melhor fizeras,
Co´ heléboro em purgar a insânia tua,
Para ti o Bem Sumo em que consiste?
Farto viver, de unguentos delibuto,
E ao sol o corpo anunciar mimoso?
Isso mesmo te diz aquela velha.
De Dinómaques sou formosa prole,
De impostura arrotando, enche as bochechas:
Quanto ao saber estás no mesmo estado
Que a esfarrapada Baucis, que aos serventes
Manjericões lascivos apregoa.
Ninguém quer ver em defeitos próprios!
Mas no alforje repara que outro leva!
Perguntas: sabes de Vetídio os prédios?
Ah! tem ele uma herdade entre os sabinos,
Que um milhafre não vê voando um dia.
É um avaro, a si infesto e aos deuses:
Nas festas compitais, largando o arado,
Chora de abrir da antiga talha o vinho,
Dizendo: — que me faça bom proveito; —

 
Com casca  e sal devora uma cebola,
De migas e panela não falece
Que gostosos os servos muito aplaudem;
De um mau vinagre ledo esgota as borras.
De unguento odoroso, ao sol deitado,
Se tranquilos estiveres, um estranho
Virá que os podres te descubra e os vícios
Sem compaixão avilte os mais arcanos:
“Que cometendo os mais impuros actos;
De perdida mulher o sexo imitas:
De óleo cheiroso penteando as barbas,
No mais só queres parecer infante.
Sem que essa habilidade atletas cento,
Nem do mundo as torqueses e os arados
Sejam bastantes por cumprir-te os votos”.
Ferimos, lugar dando a que nos firam.
Ferimos, lugar dando a que nos firam.
Tal é do mundo a sorte! Assim te vemos!
Oculta chaga as vísceras te rasga,
Mas de ouro o rico e largo cinto a cobre;
Nega o mal teu; ilude-te se podes.
Se a vizinhança em teu louvor se esmera!
Vil: se a cor mudas, de dinheiro á vista;
Se entregue vives à torpeza infame;
Se os devedores teus oprimes tanto;
Debalde aquistarás do povo encómios.
Não sejas impostor, e à vil canalha,
Deixa infame o louvor: volve em ti mesmo,
E acharás de virtude quanto és pobre.

 

 

 

Página publicada em agosto de 2020

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar