REYNALDO JARDIM
Reynaldo é um dos mais influentes artistas gráficos do século 20 no Brasil, além de um poeta dos mais prolíficos e criativos. Conheço-o e admiro-o desde os anos 50, quando foi o responsável pela revolução transformadora do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro e, por consequência, do visual da imprensa em todo o País. Conheço-o desde o ano de 1960, quando cheguei até ele através dos amigos José Guilherme Merquior e Roberto Pontual, quando publicou artigos meus (sob o pseudônimo de Da Nirham Eros) no renomado SDJB (onde colaboraram figuras notáveis como Ferreira Gullar, Lygica Clark, Lygia Pape, Hélio Oiticica, Mário Pedrosa e Mario Faustino, entre outros). O SDBJ foi o baluarte do Concretismo e, depois, do Neocrectismo que transformou também a poesia e artes plásticas de seu tempo.
Agora vive na Capital Federal e foi um dos principais homenageados da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília (set. 2008), com uma montra individual na Biblioteca Nacional da referida cidade. Uma das peças apresentada ali foi a de um bizarro manequim, intitulado “Tatu e Moça” com o convite para que o pública fizesse suas tatuagens poéticas ou autógrafos, superfície que logo ficou totalmente preenchida. Antonio Miranda
TATU E A MOÇA
Pela de R.J. na I BIP, 2009
Toda a obra do artista e poeta está agora compilada na monumental antologia SANGRADAS ESCRITURAS (Brasilia: StarPrint, 2009), com 1170 páginas, a maioria a cores! Poemas discursivos e visuais de todas as épocas. A seguir, alguns exemplos:
MORADIA
QUE É ISSO?
íNTIMA GRAFITE
Texto e gravuras de
Reynaldo Jardim.
Projeto gráfico de Alisson Sbrana.
Brasília: FAC, 2010. 76 p. ilus.col.
Mais um livro do nosso criativo, divertido e — por que não reconhecê-lo — genial poeta Reynaldo Jardim: multifacético experimentalista das linguagens intergenéricas, que vão da poesia às artes plásticas, às artes gráficas. Íntima Grafite é um livro para o olho e para as sensações mais ingênuas e sutis de nossa percepção estética. Que será que ele estará aprontando depois desta nova revelação? Já andou pelo cordel, pela poesia lírica, pelo texto infanto-juvenil, pela multimidia e até inventou um idioma para seus poemas sdque só ele conhece, mas que ao ouví-lo, não ficamos indiferentes...
Aqui vão dois exemplos mais recentes de sua criação.
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