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ARNALDO ANTUNES

 

 

"Nome, de Arnaldo Antunes, por exemplo, está no pólo oposto ao da quietude. Participa da natureza chocante do grafismo e do ritmo frenético do clipe publicitários.Aqui, Arnaldo é o poeta-roqueiro que, em vez de nos chamar à contemplação ou à auto-reflexão, atira em nossa cara lascas e pedras. Grita em nosso ouvido. Enfim, cria choques audiovisuais, recriando a velocidade, as tensões e os traumatismo do cotidiano contemporâneo. E é um ótimo trabalho. Tudo é uma questão de adequação."  ANTONIO RISÉRIO, in Ensaio sobre o texto poético em contexto digital. (Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, COPENE, 1998. p. 172)



ARNALDO ANTUNES

 

Extraído do catálogo OBRANOME, realização da Caixa Econômica Federal e Embaixada da Espanha, no Conjunto Cultural da Caixa, Brasília 2003.

ARNALDO ANTUNES

ARNALDO ANTUNES

 


Arnaldo Antunes participou da mostra de poesia visual OBRANOME II, no Museu Nacional durante a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília – I BIP (setembro 2008), depois apresentada no Parque Lage (Rio de Janeiro, 2009) e na Fundação Jaime Câmara (Goiânia, janeiro 2010, que a foto acima registra).  Curadoria de Wagner Barja.

n.d.a.
Arnaldo Antunes
São Paulo: Iluminuras, 2010
www.iluminuras.com.br
ISBN 978-85-7521-319-5

Arnaldo Antunes é a melhor expressão do poeta-músico entre nós. Vai do texto em melopéia à infopoesia, e é o responsável pelo projeto gráfico dos próprios livros.  n.d.a.é o último título publicado, pela editora ILUMINURAS, lançado na Livraria Travessa, em São Paulo, no dia 27 de abril de 2010. Como não pude chegar até, meu amigo e escritor Sidney Rocha conseguiu um exemplar da editora para mim, que recebi com a expressiva dedicatória abaixo, em que funde o meu nome com o título da obra. Meus agradecimentos ao Sidney e à editora! 


entre os dentes restos,
como no reto, infectos
excretos, nichos
de bactérias abertos
na polpa doce
do osso exposto
em cáries
nas mini
cavernas
dos maxi
lares

 

*


o que elocubro

sobre

o que descubro

sob

o que cubro

  

WIND / MIND


 

ANTUNES, Analdo;
 XAVIER, Marcia.
 Et Eu Tu.  
São Paulo: Cosac & Naif, 2003.
 200 p. ilus. col.  ISBN  978-857-503-198-8

Este é o mais espetacular dos livros do Arnaldo Antunes, publicado com esmero pela Cosac&Naif, projeto gráfico do próprio Antunes, da fotógrafa Marcia Xavier (capa e ilustrações) e de Carlito Carvalhosa. Tipo coffee table book, peça para colecionadores.
Edição com o apoio do Centro Cultu8ral Banco do Brasil.

Aonde a porta pensa
que vai?

O que a janela está
olhando?

Por que o teto
não cai?

O que a parede
está esperando?

 

 

[ ANTUNES, Arnaldo ] ARNALDO ANTUNES: PALAVRA EM MOVIMENTO. Curadora curated by Daniel Rangel. Brasília: Museu Correios, 2015.  80 p. ilus. col. 21,5x26,6 cm.    Catálogo de exposição. Texto bilíngue Português – Inglês.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

CALIGRAFIA
tinta de carimbo sobre papel de gravura

 

ABC Acaba. 2008
Fotografia e madeira

 

MÁXIMO 2008/2015
Letras-caixa em metal

 

 

BRIC A BRAC  4 - Brasília, DF: L3/J Empreendimentos Culturais Ltda, 1990.  Editores: Luis Turiba, Luis Eduardo Resende (Resa). Lucia Miranda Leão, João dos Reis Borges.   Capa: Resa Celaví.  96 p.  ilus. Col.  23 x 31 cm.    Ex. bibl. Antonio Miranda

       

“Em combinações específicas, as letras do alfabeto podem formar os chamados caligramas, nos quais, a partir das letras, formam-se as imagens. As cultura muçulmanas, por exemplo, desenvolveram artes caligráficas em que as letras árabes são desenhadas de modo a formar figuras de tigres, pássaros, est. Uma vez escrita, a poesia, além das possibilidades de correlações também entre formas fonológicas e semânticas, próprias das semânticas verbais, permite que se formem correlações também entre formas plásticas, fazendo com que os limites entre as artes verbais se as artes plásticas seja, redimensionados no texto do poema.
Em “Nuvem luz”, de Arnaldo Antunes (2001), o autor se vale do sincretismo entre o verbal e o plástico para re-significar o título do poema, promovendo correlações entre as dimensões da escrita e o texto verbal, e, a seu modo, faz com que um caligrama surja das formas alfabéticas utilizadas:

 

Na página ao lado do caligrama estão os versos:


a lua suja
de nuvens
surja nua
de nuvens um
dia

            

                    da nuvem nua
a lua
se desnuda                  

                    de que nuvem
a nuvem
se desnuda?

 

Texto extraído do livro:


PIETROFORTE, Antonio Vicente.  O discurso da poesia concreta – uma abordagem semiótica.  São Paulo: Annablume, Fapesf, 2011.   216 p. (Col. Língua, Discurso e Literatura)           ISBN 978-85-391-0211-8-1

 

 

 

 

 

BRIC A BRAC IV -  Brasília 1990.  Produção executiva Luis Turiba.  Capa Resa Celavi.   23 x 31 cm.    Ex. bibl. Antonio Miranda


 

 

Só publicar as imagens das páginas 52 e 53... e

 

 

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Página ampliada e republicada em junho de 2019; Página ampliada e republicada em dezembro de 2020




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