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Poema de Antonio Miranda

AS ORIGENS

 

AS ORIGENS

 

Poema de Antonio Miranda

 

Ilustração de Zenilton de Jesus Gayoso Miranda

 

 

Estas terras nunca foram benfazejas.

Sem os metais preciosos,

o litoral piauiense nunca teve porto de atracação.

 

Um sol sempre vermelho e reverberante,

gado importado (quem sabe?) de Cabo Verde

nas terras novas de plantio

voltadas para o curso do rio Parnaíba.

 

Dunas e areias movendo-se em direções

azarosas, sobre lençóis movediços,

sediços, luzidios, fulgurantes, fugidios.

Os navios passam ao largo, indiferentes.

 

Léguas de terra em quadro,

fazendas criadas por Domingos Afonso Mafrense

em ciclos de crescimento e estagnação

desde a expulsão dos jesuítas.

 

(Havia ossos deles enterrados

pelos cemitérios abandonados,

adubando o chão cáustico.)

 

Trilhas mulares do sertão

pela ausência de horizontes.

Veredas infindas, chapadas rasas

e baixios ribeirinhos,

passo dos viandantes.

Carnaubais, babaçuais.

 

Cemitério marinho fossilizado

no leito de mares extintos:

um mar entranhado

que ainda ruge do fundo da terra.

 

 

Extraído de MIRANDA, Antonio. DO AZUL MAIS DISTANTE. Brasília, 2008. Edição fora de comércio de 200 exemplares.

Metadados: Piauí na Poesia. Piauí – Historia (Poesia).



 

 

 
 
 
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