LUZ
Soneto de ANTONIO MIRANDA criado aos 15 anos de idade.
Erétil sobre o solo rochoso e casto
O negro farol sombrio e desprezado
Já não mais acende, tudo é nefasto
Seu destino é frio, sempre humilhado.
Então tudo mudou, não mais é casto
aquele rincão de outrora desprezado
Transformou-se, na rocha floresceu o pasto
Outrora sozinho, agora é habitado.
Oh! Aquele asilo, calmo, era escondido
Solitário sob o céu estarrecido
Vivendo agora feliz, tudo então produz.
É este meu coração dantes esquecido
Quer o farol tão pobre e desprotegido
Que reviveu, e nas trevas nasceu luz!
Publicado no jornal A Voz da Juventude, em 28.03.1956
A VOZ DA JUVENTUDE
Eu, Antonio Miranda, morava em Nova Iguaçú, uma cidade do Estado do Rio de Janeiro, desde 1949, quando veio com a família do Maranhão (“tomou um ITA no norte
e veio para o Rio Morar” como dizia a canção da época...”)
Aos 15 anos de idade, com o estudo primário completo,
trabalhava como jornalista na Tribuna da Imprensa.
E também editava o um jornalzinho...A VOZ DA JUVENTUDE. numa gráfica, com
dinheiro arrecadado com a venda de exemplares que saía vendendo de porta em porta...
Aqui uma imagem de uma dos exemplares... com a minha
foto. Neste jornalzinho é que publicou o poema “LUZ” reproduzido aí em cima, soneto escrito quando tinha apenas 15 anos de idade...
|