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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





ISABEL DIAS NEVES
 (BELINHA)

 

Nasceu em Tocantinópolis. Graduada em Pedagogia pela Universidade Católica de Goiás. Fez mestrado na PUC/RJ e lecionou na Universidade Católica de Goiás e na Universidade Federal de Goiás. Leciona atualmente na UNITINS. Membro da UBE-GO e da Academia Tocantinense de Letras.

 

 

NEVES, Isabel Dias (Belinha).  Fardo florido. 2ª edição. Apresentação de Yêda Schmaltz. Goiânia, GO: 1998.  153 p.  “ Isabel Dias Neves “  Ex. bibl. Antonio Miranda  

 

 

P(OMAR) DE NÓS

 

        Para Marcelina Dias Neves, minha mãe

 

É doce e vão esse pomar;

sombra feita,

flores fartas,

frutos gerados

sensualizam a boca.

 

Pomar que se almeja e conta

é o que se planta.

 

Sombra firme - reduzida,

flores novas - raras,

frutos fartos - racionados.

Tudo à mão - sem suor

 nem invenção.

 

Pomar que se almeja e planta

 é o que conta.

 

o trabalho com a terra

é um gesto de promessa:

molha a raiz com pranto e riso,

canta o plantio e a colheita,

sonha e arde a todo canto.

 

Pomar que se planta e conta

é o que se canta.

 

 

 

NOS PASSOS DE EVA

 

Rasgada a grossa veste,

brinca branco o algodão

nos dedos silenciosos

que lhe deliciam o âmago.

 

Batido, vira nuvem

e se deita no balaio,

ciente do novo corte

- o seu destino rodando.

 

Roda na roda ou no fuso;

faz-se infinito em fios.

O algodão que se fia

faz a maciez das redes.

 

Trançando rendas e rodas,

Eva semeia os sumos

e cria novos rostos.

 

Muda o mundo em silêncio

com o suor dos seus restos.

 

 

 

CHAMA

 

A chama que alimenta o passo

cassa o vôo na direção do eterno.

 

É inútil traçar o mundo

que não vai fundo na vida-morte

do amor. Todos dançam. Uns se entortam

na (di)gestão do doce e do acre - na aorta.

 

 

 

EXATO MISTÉRIO

 

A rachadura exorta

o canto e a aliança

que se deixam

 

e dilacera o manto

 desse elo desvelado.

 

A racha é dura

e esmaece o gosto

desse laço

que foi denso

e misteriosamente ex(ato).

 

 

 

Extraídos de FARDO FLORIDO.  2 ed.  (Goiânia, 1998).

 


 

 

 
 
 
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