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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

FRANCISCO LEITE BITTENCOURT

 

Francisco Leite Bittecourt Sampaio nasceu em Laranjeiras, Sergipe (1 fev. 1834) e faleceu no Rio de Janeiro (10 out  1895).  Poeta, diplomado em Direito, jornalista, deputado e presidente do Estado do Espírito Santo, foi diretor da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Foi espírita ardoroso.

Livros de poesia:  Harmonias brasileiras (1859,  incluindo também Macedo Soares e Salvador de Mendonça), Flores Silvestres (1860) e Poemas da escravidão (1884).

 

Bem te vi!

 

         Debaixo deste arvoredo

         Para te olhar me escondi.

         Tu passavas; - em segredo

         Cantei baixinho com medo:

                   Bem te vi!

 

         Quis dizer-te atrás correndo:

         “Morro de amores por ti!”

         Fiquei parado, dizendo:

                   Bem te vi

 

         Junto à fonte cristalina

         Cismando chegaste ali.

         Sopra a brisa à casuarina

         Doce nome – Cipladina –

                   Bem te vi!

 

         E tu voltaste cantando,

         - Que voz tão meiga que ouvi!

         Fui então te acompanhando:

         Foste andando ... foste andando ...

                   Bem te vi!

 

 

A rosa dos bosques

 

         Andava um caçador, ao sol do meio-dia,

         Alva corça a seguir, que rápida fugia

                   Por entre um matagal:

         Ao longe ele avistou vermelha e linda rosa,

         Que excedendo a manhã na rubra cor mimosa

                   Sorria festival.

 

         “Serás minha!” bradou, e já largando

                            Arco e flecha no chão,

         Vai em busca da flor; - ela corando

                            Fez-se então mais vermelha,

                            Como se acaso abelha

         O caçador lhe fosse, ou um zangão.

 

                            Eis passa-lhe perto

                            A corça a correr;

                            E o moço inexperto

                            Ali no deserto

                            Deixou de a colher.

                            Mas voltando atrás agora

                            Seu arco e flecha apanhou;

                            Procura a flor que o enamora,

                            E de longe assim falou:

 

                            “Já que perdi minha corça,

                            Uma rosa hei de apanhar;

                            Levar-te-ei mesmo à força,

                            Que bem sei me hás de picar.”

 

                            E para a flor se encaminha,

                            Correndo alegre e infantil:

                            “Rosa! rosa! serás minha!”

                            Era a rosa Índia gentil.

 

 

A flor e a brisa

 

         Linda flor que na floresta

         Vivia triste a cismar,

         Fez-lhe um dia a brisa festa,

         E pôs-se a flor a corar.

 

         - “Que sentes, linda florzinha,

         Perguntou-lhe a brisa então,

         Dói-te o viver tão sozinha

         Nesta  erma solidão?”

 

         - “Meiga brisa, mais corada

         Respondeu-lhe a flor assim,

         Eu vivo aqui desprezada,

         Ninguém se lembra de mim!”

 

         - “Pois virei, flor de esperança,

         falar-te de amor e Deus:

         Mas dar-me-ás por lembrança

         Num beijo os perfumes teus.”

 

         E foi-se lá na floresta,

         Deixando a triste a cismar:

         E nunca mais fez-lhe festa,

         Que a flor se pôs a murchar!

 


Poemas extraídos da obra PARNASO SERGIPANO – Edição Comemorativa, de SÍLVIO ROMERO, organizada por Luiz Antonio Barreto. Rio de Janeiro: Imago Edl; Aracaju, SE: Universidade Federal de Sergipe, 2001. 516 p.  ISBN 85-312-0778-9

 

****

 

 

INCONTI, Dora. Poetas diversos. (Espíritas)  2ª. edição.  São Bernardo do Campo, SP: Edições Correio Fratern, 1999.  252 p.  14 x 21 cm.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

MARIA

Mãe bondosa da pobre humanidade
Afogada em delírios milenares,
Aplaca compassiva nossos mares
De tormentosos crimes e maldade!

Somente a tua augusta claridade
Se para nós, divina, te voltares,
Faz da nossa miséria os altares
Mais puros, em louvor da caridade!

Converte, pois, no amor que te sublima
Nossos prantos amargos, nossa treva
Em esplendores de imortais matizes;

Guiando-nos, sem trégua, para cima
Onde Deus reina e com fulgor te eleva
A soberana Mãe dos infelizes!

 

 

Página publicada em dezembro de 2018

 

 


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